O planejamento do dia era conhecer a Praia da Atalaia no Mar de Fora (fora = lado da África... aliás, por essa razão, a música Mama África não me saiu da cabeça... se quiser ouvir, clique AQUI). Na noite anterior, fiquei sabendo que existe a trilha curta (que vai até a piscina natural e volta) e a trilha longa (que depois segue até o Buraco da Raquel). Apesar de cansativa, todos diziam que a trilha longa era imperdível. Eu tinha agendado a trilha curta, mas pude mudar na hora... e não me arrependi!
DICA 4: A Trilha do Atalaia é um passeio OBRIGATÓRIO, porém complicado. Por ser uma área protegida, é preciso agendar o passeio com alguma antecedência. Portanto, assim que você chegar na ilha, já o marque. O guia precisa avisar ao IBAMA, que irá marcar a hora com ele dependendo da Tábua das Marés. Esse passeio só pode ser feito pela manhã e cada guia só entra com um grupo de seis pessoas no máximo. É proibido ficar em pé na piscina por causa dos corais, então, é imprescindível o uso de colete. Repito: programe-se! Não deixe para fazer de um dia para o outro, porque você pode ficar sem passeio (e isso aconteceu com alguns hóspedes do hotel). E eu estou falando da trilha curta, hein?O que falar da Atalaia? Nada... vejam as imagens a seguir. A cidade maravilhosa do Rio de Janeiro tem um Dedo de Deus na área serrana. Tenho certeza que a Ilha do Frade na Atalaia é a outra mão de Deus (ou seria da deusa?).
Infelizmente só podemos ficar 30 minutos mergulhando. Mas tudo bem... ainda tínhamos bons quilômetros para andar. Dei a sorte de ir sozinho com o guia do hotel (grande Tubarão!) e fiz a caminhada no meu tempo... digo isso porque é uma caminhada tensa. O início é tranquilo com paisagens de cair o queixo no Mirante da Pedra Alta e no Mirante da Pontinha. Cada parada é um flash! Mas depois chegamos na Enseada das Caieras... e aí... a coisa encrencou!
DICA 5: Vai fazer a Trilha Longa? Então vá de tênis! E tem mais: faça aulas de equilíbrio ou de Pilates antes da viagem. É sério! Ficar andando por quilômetros de pedras vulcânicas soltas é angustiante. A chance de uma torção ou queda sérias é de uns 80%. Em grupos grandes, fica ainda mais complicado. Sugiro paradas no caminho para apreciar a beleza do local e desanuviar a tensão. Ah... e protetor... MUITO protetor!!! Sugiro novamente um boné virado pra trás.Sorte que o lugar é absolutamente lindo e ainda temos a oportunidade de ver outras piscinas naturais sem regulamentação ambiental, ou seja, podemos mergulhar a vontade. Aliás, numa delas nadei com uma tartaruguinha (!!!):
Paramos para ver a Caverna do Capitão Kid. Pra quem não sabe, a ilha de Fernando de Noronha já foi uma penitenciária! Dizem que nessa caverna existe uma grande jaula com um grande cadeado que só pode ser acessada em marés muito baixas e que os prisioneiros que ali ficavam sempre morriam na maré alta. Eu fiquei mais intrigado com os platôs vulcânicos que esguichavam água pelo mesmo sistema do Rugido do Leão (água entra por baixo e expele o ar por cima):
O árduo e cansativo caminho termina no Buraco da Raquel / Museu dos Tubarões, que já conhecia. Ainda bem que o guia era do hotel e o transfer de lá vinha nos buscar! Cheguei no quarto do hotel e apaguei! Foi a primeira tarde que dormi! Feliz demais, diga-se de passagem...
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