No último domingo, terminou a exposição O retorno do desejo proibido, de Louise Bourgeois no MAM-RJ. Apesar de ter ficado conhecida por aqui por suas grandes aranhas, suas esculturas tem um tom abstrato-expressionista interessante. Me lembrei o tempo todo do Museu de Imagens do Inconsciente, já que suas obras transitam pelo simbolismo de suas emoções e estados psicológicos, como medo, compulsão, culpa e agressão.
A artista defendia sua arte como uma forma de psicanálise e garantia de sua sanidade (vide obra acima) e essa é a base curatória da exposição. Bourgeois lia Freud, Jung, Lacan, e se inspirava nas possibilidades plásticas do imaginário dos sonhos surrealistas para uma visão singular da conexão entre seu processo criativo e sua função catártica em temas como maternidade, paternidade, sexo, amor e morte. Ao lado, a bela obra em bronze Arco de Histeria (1993).
Maman, sua aranha gigante, é uma metáfora da maternidade que faz
referência à linha de fiação e à proteção e alimentação dos filhotes.
referência à linha de fiação e à proteção e alimentação dos filhotes.
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