A Igreja me incomoda. Seus rituais, suas necessidades, suas exigências, suas manipulações. Estudar a História do mundo nos coloca frente a frente com uma instituição politicamente incorreta e economicamente desleal (o que falar da Inquisição? E as indulgências abusivas?) Bom... mas também não vou discursar sobre os malefícios dessa igreja.
O filme de Helvécio Ratton baseado no livro homônimo de Frei Betto nos revela a ação dos frades dominicanos durante a ditadura brasileira. Confesso aqui minha surpresa. Não tinha a mínima ideia dessa presença ativa e fundamental em favor da democracia no país.
No meio do filme, aparece um cardeal que reprova as ações do frades, representando a posição que eu imaginava da Igreja. Mas uma missa dentro do presídio do DOPS, realizada pelos quatro frades com Tang sabor uva como vinho e biscoito Maria como hóstia quebrou esse meu paradigma. Na verdade, meu antigo ponto de vista é abalado desde o início quando acompanhei os frades envolvidos em reuniões estudantis e fuga de líderes do movimento libertário.
A missa. |
Caio Blat como Frei Tito |
Sendo assim, creio que esse filme não deve ser apenas um registro do passado: precisa ser ensinado. Em aulas de História, de Política e, principalmente, de Religião.
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