quarta-feira, 26 de junho de 2013

Copa das Confederações - Primeira Semifinal

Eu avisei que ia ser jogo de Libertadores, não avisei?


O Uruguai fez o típico jogo de time sulamericano que joga fora de casa: se compacta atrás para aguentar a pressão adversária e parte para o contra-ataque na catimba. Se toma um gol, o time sai; se faz um gol, o time se fecha ainda mais. Esse ano, por exemplo, somente um time brasileiro (Atlético-MG) conseguiu sobreviver e somente porque conseguiu um milagre. Todos os outros foram surpreendidos em casa por times medianos que souberam jogar dessa forma.

Cabe aqui uma ressalva: a seleção foi muito criticada pela falta de criatividade coisa e tal (já havia dito que Oscar não estava jogando...). No entanto, não podemos esquecer das qualidades do adversário que veio com uma marcação fortíssima e um toque de bola que mostra o entrosamento de alguns anos. A Celeste tem um bom time e não merece estar penando nas eliminatórias para a Copa no Brasil.

Esse jogo foi interessante para observarmos a inexperiência da equipe e, por causa dela, entendermos a razão de Júlio César ser o goleiro. Como havia dito na postagem anterior, mesmo que os goleiros reservas estejam em um momento melhor, é preciso alguém com bagagem para agarrar um pênalti no início de uma partida de semifinal. Pênalti esse que foi feito por uma bobagem típica de zagueiros brasileiros que se acham craque e malandros (ou alguém aí se esqueceu da cagada do Júnior Baiano na Copa de 98?).

Ainda falando da defesa, Thiago Silva esteve irreconhecível, nervoso, perdido. Algo deve ter acontecido ao Daniel Alves taticamente, porque sua presença no jogo agora é muito mais defensiva, deixando as jogadas de ataque para o Marcelo. No meio, Luiz Gustavo foi o centro do time no primeiro tempo e isso mostra o quanto Oscar esteve ausente. Paulinho vem mostrando que é o cara do time e não teme a responsabilidade: mesmo escondido no primeiro tempo, foi o responsável pelo início da jogada do primeiro gol brasileiro, e fez o gol da classificação no segundo tempo. Hulk foi o jogador de sempre e Neymar mais uma vez mostrou que ainda não é um jogador completo. E o Fred... é o Fred.

Um pequeno adendo sobre Felipão: ele não mudou seu estilo, mas me parece estar evoluindo bem ao ouvir sua comissão técnica. Seus discursos tem sido inteligentes, traz a torcida para si e para a seleção.

E agora... EU VOU VER A SELEÇÃO BRASILEIRA NA FINAL DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES NO MARACANÃ! E provavelmente contra a Espanha! Independente do resultado, eu já ganhei!

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