Há um tempo atrás, postei os cartazes minimalistas que o designer gráfico e ilustrador americano Justin Van Genderen fez sobre os mundos de Star Wars. E ele fez mais três:
Mas não parou por aí... Resolveu fazer também cartazes para as cidades fictícias das HQs: a Gotham City do Batman (DC Comics), a Metrópolis do Superman (DC Comics), a New York cheia de super-heróis da Marvel Comics (representada pelo Edifício Baxter do Quarteto Fantástico e pelo Clarim Diário do Homem-Aranha) e a Neo Tokyo do mangá Akira. Vejam:
E pra fechar, ele resolveu fazer dois importantes carros do entretenimento: O DeLorean, da série De Volta Para o Futuro e K.I.T.T., o carro da Super Máquina!
Demais!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Thor Old Style
Olly Moss é um designer inglês incrível que gosta de se inspirar no ainda mais incrível Saul Bass para fazer cartazes ótimos. Inclusive foi convidado pela Marvel Studios para criar um cartaz especial do filme Thor (que estreia por aqui 29 de abril) para distribuir unicamente à equipe e ao elenco do filme. O resultado é esse:
Já falei sobre Olly quando ele fez cartazes minimalistas de filmes e um cartaz para Lost com direito a camisa.
Acho que farei um post sobre Saul Bass em breve. Ele foi conhecido por seu trabalho de design gráfico no cinema e abertura de filmes, pelo qual é considerado por muitos como um paradigma dessa atividade.
Já falei sobre Olly quando ele fez cartazes minimalistas de filmes e um cartaz para Lost com direito a camisa.
Acho que farei um post sobre Saul Bass em breve. Ele foi conhecido por seu trabalho de design gráfico no cinema e abertura de filmes, pelo qual é considerado por muitos como um paradigma dessa atividade.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A marca Rio
Demorei um pouquinho para falar da marca das Olimpíadas do Rio em 2016, porque queria acompanhar as repercussões e descansar do reveillon. Mas vamos lá...
Nascida em uma concorrência entre 139 agências e escritórios, a marca escolhida foi criada pela Tátil Design e lançada em Copacabana, pouco antes da virada do ano, com direito a um sigilo digno de tramas conspiratórias e espionagens. O designer Fabio Lopez - que tanto falo por aqui - fez parte da equipe de criação junto com Raphael Abreu (que também estudou na nossa turma da ESDI).
Acho que vale a pena ver o vídeo da Tátil antes de qualquer coisa:
Tenho que confessar que não foi amor à primeira vista pra mim, não. Achei a história de ler RIO na marca uma forçada braba, a tipografia meio desconexa (perdão...) e a "cabeça" do personagem azul ainda não finalizada. Também li as palavras do enebriado Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e fiquei ainda mais cabreiro:
O fato de ser uma "marca-escultura" mostra uma urgência em ser tridimensional que precisa de cuidados, já que uma marca precisa ser bidimensional antes de ser 3D por causa de suas inúmeras aplicações. E, na minha opinião, ela também precisar funcionar em monocromia, mesmo que as cores tenham um peso grande. Por isso, estou louco para ver cartazes, uniformes, medalhas, mascote...
Mas - como digo hoje para os meus alunos - uma argumentação bem estruturada é TUDO em um projeto. Por mais que você force uma barra aqui ou ali, se você souber vender seu peixe, nada te segura. E é isso que a Tátil fez: um projeto de marca excelente que realmente concentra os ideais do evento, tem um potencial identitário incrível e uma tipografia exclusiva (melhorou?). Já estou até lendo o RIO na marca! E digo mais: coloquei o título do post sem o 2016 porque acho que esse símbolo tem grande chance de se tornar a marca não-oficial do estado do Rio de Janeiro! Serão 6 anos (ou mais!) vivendo essa marca que foi amplamente abraçada pela população em seu lançamento e está tendo um repercussão mundial excelente.
O melhor mesmo é ver a auto-suficiência do design nessa marca. Isso engrandece a minha profissão. Não podemos esquecer que, em comparação ao fiasco da marca para a Copa do Mundo de 2014, essa marca é absolutamente incrível! Aliás... se compararmos com as outras marcas de Olimpíadas, só adicionamos vantagens. E agora os ingleses resolveram soltar os cachorros por causa da marca "estranha" das Olimpíadas de 2012 criada pela grande Wolff Olins. Obrigado por isso, Tátil! Ponto pra gente!
Agora... anda aparecendo um questionamento de plágio na internet por causa da marca da Telluride Foundation e do quadro "A dança" de Henri Matisse. Eu não vou usar a frase batida (e errônea) de que "no design nada se cria, tudo se copia". Isso é um exagero. Mas é preciso entender que estamos inseridos em uma cultura visual global e que, portanto, é possível encontrarmos traços semelhantes em inúmeras criações. Inclusive, podemos ver no vídeo da Tátil um enorme mural de referências durante o processo de criação. Como Fred Gelli, sócio fundador da agência disse:
É válido dizer inclusive que todo o processo de concorrência, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com assessoria da Associação de Designers Gráficos (ADG Brasil), foi elaborado com base nas recomendações do Icograda (conselho internacional de associações de design gráfico) e supervisionado com regras claras e justas. Ou seja, chamar de plágio é boçalidade. Além disso, percebe-se que era possível fazer algo bem melhor para a Copa, não?
É a hora do design brasileiro!
PS.: Espero que a marca das Paraolimpíadas tenha essa mesma força!
Nascida em uma concorrência entre 139 agências e escritórios, a marca escolhida foi criada pela Tátil Design e lançada em Copacabana, pouco antes da virada do ano, com direito a um sigilo digno de tramas conspiratórias e espionagens. O designer Fabio Lopez - que tanto falo por aqui - fez parte da equipe de criação junto com Raphael Abreu (que também estudou na nossa turma da ESDI).
Acho que vale a pena ver o vídeo da Tátil antes de qualquer coisa:
Tenho que confessar que não foi amor à primeira vista pra mim, não. Achei a história de ler RIO na marca uma forçada braba, a tipografia meio desconexa (perdão...) e a "cabeça" do personagem azul ainda não finalizada. Também li as palavras do enebriado Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e fiquei ainda mais cabreiro:
A marca tem um desenho leve, que parece flutuar na água. Lembra-me estar velejando. É muito estética, inovadora e criativa. É possível ver várias coisas nela: Rio, montanha, sol, Copacabana.
O fato de ser uma "marca-escultura" mostra uma urgência em ser tridimensional que precisa de cuidados, já que uma marca precisa ser bidimensional antes de ser 3D por causa de suas inúmeras aplicações. E, na minha opinião, ela também precisar funcionar em monocromia, mesmo que as cores tenham um peso grande. Por isso, estou louco para ver cartazes, uniformes, medalhas, mascote...
Mas - como digo hoje para os meus alunos - uma argumentação bem estruturada é TUDO em um projeto. Por mais que você force uma barra aqui ou ali, se você souber vender seu peixe, nada te segura. E é isso que a Tátil fez: um projeto de marca excelente que realmente concentra os ideais do evento, tem um potencial identitário incrível e uma tipografia exclusiva (melhorou?). Já estou até lendo o RIO na marca! E digo mais: coloquei o título do post sem o 2016 porque acho que esse símbolo tem grande chance de se tornar a marca não-oficial do estado do Rio de Janeiro! Serão 6 anos (ou mais!) vivendo essa marca que foi amplamente abraçada pela população em seu lançamento e está tendo um repercussão mundial excelente.
O melhor mesmo é ver a auto-suficiência do design nessa marca. Isso engrandece a minha profissão. Não podemos esquecer que, em comparação ao fiasco da marca para a Copa do Mundo de 2014, essa marca é absolutamente incrível! Aliás... se compararmos com as outras marcas de Olimpíadas, só adicionamos vantagens. E agora os ingleses resolveram soltar os cachorros por causa da marca "estranha" das Olimpíadas de 2012 criada pela grande Wolff Olins. Obrigado por isso, Tátil! Ponto pra gente!
Agora... anda aparecendo um questionamento de plágio na internet por causa da marca da Telluride Foundation e do quadro "A dança" de Henri Matisse. Eu não vou usar a frase batida (e errônea) de que "no design nada se cria, tudo se copia". Isso é um exagero. Mas é preciso entender que estamos inseridos em uma cultura visual global e que, portanto, é possível encontrarmos traços semelhantes em inúmeras criações. Inclusive, podemos ver no vídeo da Tátil um enorme mural de referências durante o processo de criação. Como Fred Gelli, sócio fundador da agência disse:
Pessoas se abraçando e dançando é algo universal, vem desde as pinturas rupestres. De alguma forma, o movimento das pessoas dançando está no inconsciente coletivo.Dizer que plágio é demais... beira o ridículo. Criancice por não ter feito (ou por ter perdido as Olimpíadas pra gente, né, americanos invejosos?).
É válido dizer inclusive que todo o processo de concorrência, promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) com assessoria da Associação de Designers Gráficos (ADG Brasil), foi elaborado com base nas recomendações do Icograda (conselho internacional de associações de design gráfico) e supervisionado com regras claras e justas. Ou seja, chamar de plágio é boçalidade. Além disso, percebe-se que era possível fazer algo bem melhor para a Copa, não?
É a hora do design brasileiro!
PS.: Espero que a marca das Paraolimpíadas tenha essa mesma força!
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Tron - um legado?
Ontem fui ver o filme Tron - O legado (Tron Legacy, 2010), que é a sequência de Tron - Uma odisséia eletrônica (Tron, 1982). Como tenho o primeiro filme em DVD, aproveitei o domingo para vê-lo antes do cinema. A sinopse do novo filme é a seguinte:
Bom... o que era quadradão e opaco ganha transparências, níveis e texturas, uma evolução impressionante, esperada e coerente com a temática. Mas me chame de saudosista, nostálgico, oitentista, purista, minimalista... o que quiser: a identidade visual de 1982 cheia de cores vivas, pendendo para os games de 8-bits era muito melhor. A diferença entre o mundo real e o mundo virtual era maior. Eu realmente sentia que estávamos em um computador. Tá... eu sei... que o mundo mudou coisa e tal, mas acho que o excesso de realismo pecou um pouco. Queria mais essa fantasia aí abaixo:
Mas o que importa mesmo são os visuais criados pelo gênio Moebius. Essa estética neon foi revolucionária e anda reaparecendo com força. A Marvel (que foi comprada pela Disney, dona do filme) lançou capas de seus heróis tronizados:
Vale dizer pela enésima vez que 3D ainda não serve. OK... não vi o filme em 2D para ver a diferença, como fiz com Avatar. Mas não vi em nenhum momento (talvez na batalha dos light cycles) um importância fundamental dessa tecnologia. Parecia que era só pra botar as legendas em primeiro plano... aliás, antes do filme começar, nós somos avisados que o 3D é só um mero detalhe. Já viu isso? Pois é... pague caro a toa. Porém, tem um ponto que a tecnologia impressiona: em Clu, para ser mais preciso, a versão jovem de Jeff Bridges. É INCRÍVEL! Claro que dá para perceber algumas questões de timing da voz com a boca e na musculatura facial, mas é de arrepiar.
Sobre o filme em si, então... achei a história melhor amarrada que a de 1982, mas nenhum primor, até porque, em 82 todo esse universo tecnológico era inovador. Hoje, com iPads e wi-fis, nada nos impressiona tanto. Acabamos tendo alguns lampejos de Matrix, principalmente com a participação de Michael Sheen como Castor/Zesu (ou seria uma mistura do Merovíngio com David Bowie e o Charada de Jim Carrey?). O contexto é importantíssimo: o filme de 82 era para o futuro; o de 2010 é para o presente... é um presente nada animador. Talvez seja por isso que prefiro com as versões originais de Star Wars e Superman, sem tanta tecnologia e amargura.
Vale um destaque para a trilha sonora da dupla de DJs franceses do Daft Punk, que fazem até uma ponta no filme. É pra quem gosta de música eletrônica, com direito a um Sweet Dreams, do Eurythmics para agradar a minha geração!
Sugiro, então, que você alugue o original antes de correr para o cinema, desligue seus nerônios intelectuais e abra bem os olhos e os ouvidos!
Sam Flynn (o péssimo Garrett Hedlund), especialista em tecnologia e filho de Kevin Flynn (o ótimo Jeff Bridges), busca por seu pai e acaba caindo no mesmo mundo onde esse tem vivido pelos últimos 25 anos. Junto da fiel Quorra (a bela Olivia Wilde), pai e filho partem em uma jornada de vida e morte através de um universo cibernético que se tornou muito mais avançado e perigoso.
Bom... o que era quadradão e opaco ganha transparências, níveis e texturas, uma evolução impressionante, esperada e coerente com a temática. Mas me chame de saudosista, nostálgico, oitentista, purista, minimalista... o que quiser: a identidade visual de 1982 cheia de cores vivas, pendendo para os games de 8-bits era muito melhor. A diferença entre o mundo real e o mundo virtual era maior. Eu realmente sentia que estávamos em um computador. Tá... eu sei... que o mundo mudou coisa e tal, mas acho que o excesso de realismo pecou um pouco. Queria mais essa fantasia aí abaixo:
Mas o que importa mesmo são os visuais criados pelo gênio Moebius. Essa estética neon foi revolucionária e anda reaparecendo com força. A Marvel (que foi comprada pela Disney, dona do filme) lançou capas de seus heróis tronizados:
Vale dizer pela enésima vez que 3D ainda não serve. OK... não vi o filme em 2D para ver a diferença, como fiz com Avatar. Mas não vi em nenhum momento (talvez na batalha dos light cycles) um importância fundamental dessa tecnologia. Parecia que era só pra botar as legendas em primeiro plano... aliás, antes do filme começar, nós somos avisados que o 3D é só um mero detalhe. Já viu isso? Pois é... pague caro a toa. Porém, tem um ponto que a tecnologia impressiona: em Clu, para ser mais preciso, a versão jovem de Jeff Bridges. É INCRÍVEL! Claro que dá para perceber algumas questões de timing da voz com a boca e na musculatura facial, mas é de arrepiar.
Sobre o filme em si, então... achei a história melhor amarrada que a de 1982, mas nenhum primor, até porque, em 82 todo esse universo tecnológico era inovador. Hoje, com iPads e wi-fis, nada nos impressiona tanto. Acabamos tendo alguns lampejos de Matrix, principalmente com a participação de Michael Sheen como Castor/Zesu (ou seria uma mistura do Merovíngio com David Bowie e o Charada de Jim Carrey?). O contexto é importantíssimo: o filme de 82 era para o futuro; o de 2010 é para o presente... é um presente nada animador. Talvez seja por isso que prefiro com as versões originais de Star Wars e Superman, sem tanta tecnologia e amargura.
Vale um destaque para a trilha sonora da dupla de DJs franceses do Daft Punk, que fazem até uma ponta no filme. É pra quem gosta de música eletrônica, com direito a um Sweet Dreams, do Eurythmics para agradar a minha geração!
Sugiro, então, que você alugue o original antes de correr para o cinema, desligue seus nerônios intelectuais e abra bem os olhos e os ouvidos!
sábado, 1 de janeiro de 2011
Em 2011... seja mais!
Depois do agitado ano de 2010, teremos um ano calmo da Lebre e do Coelho de Metal no horóscopo chinês a partir do dia 3 de fevereiro. Harmonioso para o mundo, respeitoso nas relações humanas e curativo para aqueles que enfrentaram longas batalhas. Mas será um ano tão calmo que poderemos facilmente cair na rotina, no marasmo, deixando as oportunidades passarem.
Ah... eu não vou ficar parado, não. Ainda mais agora que o quebra-cabeça do ano passado parece mais completinho. Meu objetivo agora é ser mais...
Claro que quero uma certa calmaria, porque 2010 teve de tudo: nascimentos, mortes, casamentos, separações, desemprego, emprego, casa, viagem... quase tudo ao mesmo tempo!
2011 é também ano de Mercúrio, de Obaluaê com Oxum, do Imperador (do Tarô, não do Adriano), da cor Madressilva (Honeysuckle da Pantone), do número 4 e da primeira mulher presidente do Brasil (ai... ai...)! Isso tudo significa que o ano estará voltado para a saúde (nos dois sentidos, tanto o da cura, quanto o da doença), para as comunicações, os transportes, a inteligência, os bens materiais, as relações fraternas (eu vou ser tio em 2011!!!), as lideranças dinâmicas e o trabalho perseverante.
Parece que o primeiro semestre ainda terá um restinho de 2010 no ar. Somente, em junho que as coisas vão aparentar esse novo ritmo. Mas o que vale mesmo é o que disse Carlos Drummond de Andrade:
Ah... eu não vou ficar parado, não. Ainda mais agora que o quebra-cabeça do ano passado parece mais completinho. Meu objetivo agora é ser mais...
Claro que quero uma certa calmaria, porque 2010 teve de tudo: nascimentos, mortes, casamentos, separações, desemprego, emprego, casa, viagem... quase tudo ao mesmo tempo!
2011 é também ano de Mercúrio, de Obaluaê com Oxum, do Imperador (do Tarô, não do Adriano), da cor Madressilva (Honeysuckle da Pantone), do número 4 e da primeira mulher presidente do Brasil (ai... ai...)! Isso tudo significa que o ano estará voltado para a saúde (nos dois sentidos, tanto o da cura, quanto o da doença), para as comunicações, os transportes, a inteligência, os bens materiais, as relações fraternas (eu vou ser tio em 2011!!!), as lideranças dinâmicas e o trabalho perseverante.
Parece que o primeiro semestre ainda terá um restinho de 2010 no ar. Somente, em junho que as coisas vão aparentar esse novo ritmo. Mas o que vale mesmo é o que disse Carlos Drummond de Andrade:
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.Amén! Axé!
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