sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O Mistério Magenta


Dizem que Magenta é rosa. Que Magenta está no cartucho das impressoras. Ou seja... Magenta é cor.

Será?


Se vocês clicarem para ampliar a imagem acima, verão que não existe o Magenta (e nada parecido com rosa) no espectro de luz vísivel ao homem – que são ondas eletromagnéticas variando em freqüência, da mais baixa (à direita, onde adentra o infravermelho, o microondas e o rádio) à mais alta (na esquerda, onde avança sobre o ultravioleta, raios-x e raios gama). Aliás, isso mata com os famosos discos cromáticos porque o espectro de luz não dobra! Ele é linear!

Mas, segundo Liz Elliot, o Magenta seria uma mistura dos dois extremos do espectro, violeta e vermelho. Como nosso cérebro não é capaz de somar as duas frequências, ele faz um truque com sua cor complementar e "inventa" o Magenta.

Então, a luz não tem todas as cores? Daonde vem o Magenta afinal? Seria ele o Flicts?

Calma... É uma questão de compreender o que é a cor cientificamente. As cores que percebemos não são determinadas apenas por sua frequência no espectro eletromagnético, e sim em como estimulam nossa retina, sensível a três cores primárias (RGB). Não temos um sensor ótico capaz de medir a frequência exata da luz que entra em nossos globos oculares, e sim três tipos de células sensíveis a cor que reagem apenas a três pequenas fatias desse espectro, localizadas aproximadamente em sua metade e dois extremos.

Em 1931, a Comissão Internacional sobre Iluminação (CIE) fez diversos experimentos para criar um diagrama de cores a partir do que percebemos. No espaço "ferradura" de cores, o espectro de luz visível está na curva. Todas as cores dentro da "ferradura", incluindo o Magenta, são construídas em nosso cérebro combinando os diferentes estímulos captados por nossos três tipos de células cromáticas. Então, elas realmente “não existem”, pois não são frequências eletromagnéticas definidas.

Mas não para por aí: o espaço de cores do CIE não é completo, porque nenhum monitor no mundo é capaz de representá-lo da forma perfeita! Ainda precisaria de um eixo para representar a intensidade da cor, variando do preto ao branco (imagine essa "ferradura" estendendo-se tridimensionalmente, variando seu brilho).

As cores em si mesmas, incluindo as espectrais, são a rigor todas construções mentais. É só eu falar a palavra "tomate" que você logo imagina sua cor vermelha. A maior dificuldade de um daltônico de nascença não é somente não ver a cor, mas nem conhecer o seu significado.

Agora, o Magenta está na sua cabeça.

PS.: Esse post também poderia se chamar "O Mistério Marrom". 

(Via 100nexos)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Música pictográfica


Tente entender a sequência de pictogramas acima antes de ler o resto deste post. Se ficou difícil, veja o clipe da música Friday, I'm in love, da banda The Cure:



Entendeu? Não ainda? Leia a letra da música:
I don’t care if monday’s blue / Tuesday’s grey and wednesday too / Thursday i don’t care about you / It’s friday i’m in love
Monday you can fall apart / Tuesday wednesday break my heart / Thursday doesn’t even start / It’s friday i’m in love
I don’t care if monday’s black / Tuesday wednesday heart attack / Thursday never looking back / It’s friday i’m in love
Monday you can hold your head / Tuesday wednesday stay in bed / Oh thursday watch the walls instead / It’s friday i’m in love
Agora sim... excelentes pictogramas, não? E virou camisa que você pode comprar aqui por U$12 mais taxas! Legal!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

"Criatividade" nos cartazes de Hollywood

Que Hollywood já está sem ideias há algum tempo, a gente já sabe, né? E mesmo que eu coloque aqui vários cartazes interessantes de filmes feitos de forma "amadora", veremos que, para o mercado cinematográfico, eles são sempre iguais (clique para aumentar):


A comparação foi feita no 9gag. Tanto designer bom fazendo coisa boa de bobeira por aí e eles ficam na mesmice... lamentável.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"Arte é uma garantia de sanidade"


No último domingo, terminou a exposição O retorno do desejo proibido, de Louise Bourgeois no MAM-RJ. Apesar de ter ficado conhecida por aqui por suas grandes aranhas, suas esculturas tem um tom abstrato-expressionista interessante. Me lembrei o tempo todo do Museu de Imagens do Inconsciente, já que suas obras transitam pelo simbolismo de suas emoções e estados psicológicos, como medo, compulsão, culpa e agressão.

A artista defendia sua arte como uma forma de psicanálise e garantia de sua sanidade (vide obra acima) e essa é a base curatória da exposição. Bourgeois lia Freud, Jung, Lacan, e se inspirava nas possibilidades plásticas do imaginário dos sonhos surrealistas para uma visão singular da conexão entre seu processo criativo e sua função catártica em temas como maternidade, paternidade, sexo, amor e morte. Ao lado, a bela obra em bronze Arco de Histeria (1993).

Maman, sua aranha gigante, é uma metáfora da maternidade que faz
referência à linha de fiação e à proteção e alimentação dos filhotes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CASA Cor

Em 2008, foram os lofts, os papéis de parede e a falta de novidades em uma linda casa em Laranjeiras. Em 2009, foi a sustentabilidade, os excessos e a falta de novidades num lugar bacana como o Jóckei. E, em 2010, os excessos, os papéis de parede e a falta de novidades em um lindíssimo palacete em Laranjeiras.

Adivinhem como foi o Casa Cor de 2011? Pois é... o lugar é maravilhoso por si só. A 21ª edição do maior evento de decoração do país ocupa até o dia 16 de novembro o belíssimo Palacete Linneo de Paula Machado, em Botafogo. É uma propriedade em estilo renascentista/francês com 54 ambientes assinados por 86 arquitetos, decoradores e paisagistas.



O resto é fraco (como sempre). Nada de novidades. Somente os excessos... de tamanhos e estilos. Até o espaço de picnic (de Alessandro Vieira Sartore) tem uma placa gigante de concreto que fica suspenso por um guindaste sobre a sua cabeça!!! Pelo menos dessa vez não tem televisão na geladeira, no teto, no armário, no box...

Bom... os papéis de parede continuam interessantes e há um destaque grande nos ambientes para obras de arte. Como no ano passado, o quarto das crianças (de Juliana Neves de Castro, Luciana Nasajon e Mabel Graham Bell) vale a visita pelo aproveitamento de espaços.

Outro espaço muito bom é a sala de banho do casal, porque o arquiteto Luiz Fernando Grabowsky fez de tudo para valorizar a já maravilhosa arquitetura do ambiente (assim como o solarium de Anna Luiza Rothier e Angela Frota).

Repito: vá pela CASA. Curta a arquitetura original escondida no meio de tanta coisa ruim.

(Fotos de divulgação)