quarta-feira, 5 de maio de 2010

Homem de Ferro 2... tá.


Como fã de quadrinhos, era de se esperar que fosse falar maravilhas do novo filme do Homem de Ferro (Iron man 2, 2010). Mas só vou dizer que ele é como o cinema deve ser hoje: divertido, bem dirigido e bem feito. É um dos roteiros que mais tentam se manter fiel aos quadrinhos originais, trazendo a relação de Stark com o pai, as várias armaduras, S.H.I.E.L.D., Máquina de Combate, Chicote Negro, Viúva Negra, e a clássica Guerra das Armaduras. Tem bastante ação e humor... E só.

Dito isto... posso dizer que não concordo com o endeusamento de Robert Downey Jr (Tony Stark). Ele está chatérrimo nesse filme. Não concordo com esse lado playboy mega-over que criaram pra ele. Ele é tão playboy quanto o Batman, mas o cavaleiro das trevas é mais sombrio e passa mais tempo como o vigilante que é. Stark não esconde quem é, nem seus problemas. Os coadjuvantes são bem melhores, mas mesmo assim não conseguem se destacar: Gwyneth Paltrow (Pepper Potts) está bem; John Favreau (Happy Hogan) é um bom diretor e participa bem; Don Chadle (James Rhodes) é um bom ator, mas Terrence Howard tem mais cara de Rhodes; Michael Rourke (Chicote Negro) tá desfigurado em plásticas e acaba ficando bem; Scarlet Johansson (Viúva Negra) é simples e talvez a melhor ao lado de Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Sam Rockwell (Justin Hammer). Será que isso já é dedo da Disney na Marvel?

Concluindo... vão ver no cinema... mas, se vocês tiverem um belo sistema de home theater em casa, esperem o DVD/Blu-Ray.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Quem é você em Lost?

Essa é para os fanáticos por Lost (como eu), mesmo que esteja indo para um fim melancólico. Faça esse teste e saiba qual personagem você é. Meu resultado:


Se sou um líder nato, eu não sei... encarar tudo também não é comigo... mas "chato controlador" me descreve com uma certa coerência... rsrs

Curta também as incríveis ilustrações de Michael Myers (não, não é o cara do terror Halloween...):

Jack, Katie, Sawyer, Sun, Jin e Sayid
Walt, Hurley, Charlie, Desmond, Daniel Faraday e Miles
Mr. Eko, Locke, Lostzilla (ou fumaça negra), Jacob, Richard, Ben e Widmore

A primeira impressão é a que fica

Adoro a sétima arte! E fico prestando atenção em coisas que vão além do roteiro. Não só cenários, fotografia, figurinos etc. Uma das coisas que adoro são os letterings de abertura (opening titles) que mostram animações gráficas interessantes e formas incríveis de dar continuidade à história sem ser apenas uma câmera passeando. Deviam pensar algo melhor para os créditos finais também.

Prenda-me se for capaz (Catch me if you can, 2002)


Seven - Os sete crimes capitais (Se7en, 1995)

TOP 5 dos melhores filmes que já vi na minha vida! Esse início é excelente, cheio de dicas!

Obrigado por fumar (Thank you for smoking, 2006)


Beijos e tiros (Kiss Kiss Bang Bang, 2005)


Um corpo que cai (Vertigo, 1958)


Homem-Aranha 2 (Spiderman 2, 2004)


2001 - Uma odisséia no espaço (2001 - A space odissey, 1968)

O que não faz uma música perfeita, hein?

Sin City - A cidade do pecado (Sin City, 2005)


True Blood (TV)

Muito louco! Muito bom!

Essas são algumas que foram selecionadas pelo site Smashing Magazine, entre outras. Mas tem muitas outras bem interessantes, como as clássicas do 007 ou a incrível Barbarella (que já falei aqui). Comecem a perceber isso.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como seu dinheiro funciona?

Divertido:

How Your Money Works from MUSCLEBEAVER on Vimeo.

As maravilhas do país de Alice


Ontem fui ver Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 2010). O filme é muito bem costurado. Rapidamente percebemos as semelhanças entre o mundo real de Alice e seu país das maravilhas. A tecnologia possibilitou cenários incríveis, mas não estou falando do 3D - que fica legal, mas dá pra ver sem. Estou falando do diretor Tim Burton. A estética de seus filmes é realmente "um filme a parte". Com isso, pelo menos vá ao cinema para ver o visual criado para figurinos, fotografia, maquiagem... é incrível! Tim Burton não precisa de 3D!


Mas é preciso dizer que não há momentos de grande emoção no filme - talvez, pela beleza pálida e apática da protagonista (Mia Wasikowska). Nem mesmo o final estilo Crônicas de Nárnia (que não deu muito certo). Johnny Depp e Helena Bonham Carter são sempre ótimos e merecem destaque, mas precisam tomar cuidado para não fazer tanto filme do Tim Burton (7 dele e 6 dela) que acabem com papéis parecidos. Achei Anne Hathaway chata, mas o Gato Risonho é bem legal. Talvez o melhor investimento do 3D.


Se você gosta de ler críticas de cinema, já sabe das críticas medianas. Sinceramente? Ignorem os pseudo-intelectuais e partam agora para o cinema. Mas partam sem expectativas ou pré-julgamentos. Quem espera o desenho da Disney com atores reais ou uma adaptação fiel das histórias de Lewis Caroll vai ficar balbuciando injúrias - o que é totalmente desnecessário. Ir ao cinema sempre com a pretensão de questionar tudo e todos é gastar dinheiro. Esse é um filme da Disney - repito da D-I-S-N-E-Y! -, então, de que adianta esperar um filme louco e atormentado como o livro? Vá ver o filme sabendo que é um filme de Tim Burton/Disney, muito bem costurado e que conta uma história que acontece depois dos livros, com uma Alice nos seus 20 anos.

Cinema também é - principalmente - diversão.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Imperativo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nem assim...

Chuvas vem das nuvens... então:


O Cloud Umbrella é só uma idéia conceitual do estúdio holandês Joon&Jung. Mas pra essas chuvas do Rio de Janeiro, isso é brincadeira mesmo...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Expo + expo + expo...

Estive em São Paulo no "feriadão" e mais uma vez tive a oportunidade de ver várias exposições. Teria muito a dizer sobre elas, mas serei bem suscinto:
1. ESTRELAS DO DESIGN FINLANDÊS
Exposição no Instituto Tomie Ohtake - patrocinada pela Tok&Stok sobre a produção finlandesa. Muito vidro, roupa e cadeiras. Interessante conhecer, principalmente ver móveis incríveis da década de 30.

2. HERÓI
Walter Malta Tavares leva ao Tomie Ohtake suas obras baseadas no vento. São motores e ventiladores acionados por célula fotoelétrica que produzem movimento. A peça principal, Herói, é bem interessante.

3. JOÃO LUIZ MUSA - FOTOGRAFIAS

Fotos de viagens... algumas graficamente interessantes, mas...

ANDY WARHOL - MR. AMERICA

A Estação Pinacoteca trouxe algumas das principais obras de Warhol. Imperdível! A sopa, a Marilyn, as polaróides... frases, vídeos... muito boa! Mesmo! Se vier para o Rio, acho que verei de novo!

4. LAM - OBRA GRÁFICA

Também está na Pinacoteca uma grande exposição do cubano Wilfredo Lam e seus monstros. Alguma coisa me disse que eu já tinha visto aquela exposição, mas estavam dizendo que era a primeira individual. Talvez seja porque todos os seus trabalhos se parecem...

5. NITSCHE E TOZZI - A POP ARTE BRASILEIRA

Me surpreendi. Em um foyer de um prédio bancário, uma exposição com obras bem interessantes de pop arte feitas por Marcelo Nitsche e Claudio Tozzi. Tipo de exposição que eu gosto: pequena e interessante.

6. HÉLIO OITICICA - MUSEU É O MUNDO

O Itaú Cultural traz três andares com obras do artista brasileiro. Sua fase concreta e geométrica me fazem entrar naquele estado "ainda vou entender isso", pois acho bem interessante mas não consigo alcançar. Se querer blasfemar, mas algumas outras coisas são bem desinteressantes.

7. VERSÕES DO MODERNISMO
O Instituto de Arte Contemporânea traz Goeldi, Tarsila, Rego Monteiro, Iole de Freitas, Guignard... quer mais?

8. ROMANTISMO: A ARTE DO ENTUSIASMO
Leu em cima? Então imagine agora Van Gogh, Picasso, Cezanne, Matisse, Rodin, Goya, Rembrandt, Portinari, Modigliani... e muito... mas muito mais! Que coleção do MASP!

9. A ARTE DO MITO
Belíssimo, porém pequeno acervo. Também no MASP e - por enquanto - sem previsão de tempo.

10. OLHAR E SER VISTO - RETRATOS E AUTO-RETRATOS
Não sou fã de retratos, mas sabe aqueles nomes que citei na exposição do Romantismo? Agora coloque todos eles aqui! Incrível!
E eu ainda perdi uma individual do Portinari e outra do Max Ernst. Será que elas vem pro Rio? Acho difícil... lá em São Paulo já estão inaugurando outro Centro Cultural público. Por que essas iniciativas não acontecem aqui?

Desce quadrada!?


O estudante Andrew Seunghyun Kim resolveu mudar bastante as emblemáticas garrafas de Coca-Cola. Buscando um ganho significativo de espaço de armazenamento e eficiência para a reciclagem, ele criou garrafas quadradas feitas de derivados de cana-de-açúcar!


A idéia pode até ser boa, mas a garrafa de Coca-Cola é um clássico que tornou-se um dos ícones mais reconhecidos em todo o mundo. Baseada na forma da noz, foi redesenhada em 1915 pela Root Glass Company de Terre Haute, em Indiana (EUA), permanecendo praticamente inalterada até hoje. Pelo menos, a identidade visual dos produtos foi mantida. É um exercício muito válido, mas continuo achando que a Coca-Cola não vai mudar.

Os gatos também sonham

Duas animações divertidas:

The Tail Gunner from tokyoplastic on Vimeo.


Catzilla from tokyoplastic on Vimeo.

A Tokyo Plastic desenvolveu o Kitteh Kitteh para ser uma série de curtas sobre esse gatinho fofo, sonhador e cruel. Legal!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Visual das Copas

Que tal vermos um pouco das identidades visuais das Copas do Mundo de Futebol? Os cartazes existem desde a primeira Copa, em 1930, no Uruguai. Já marcas propriamente ditas, só a partir de 1950 no Brasil, começando por uma forma de selo. Já os mascotes, só em 66 na Inglaterra.

Em 28 de maio de 1928, a FIFA decidiu pela criação do campeonato mundial, iniciando a partir de 1930 no Uruguai, na seqüência das comemorações do centenário da independência do país, aliada às conquistas olímpicas de seu futebol. Treze países participaram e o Uruguai sagrou-se campeão sobre a Argentina por 4 a 2. O grafismo - criado pelo artista Guillermo Laborde - que remete ao goleiro é muito legal, mas a tipografia art decó deixou a desejar.


Em 1934, na primeira Copa européia - cheia de política -, 16 times participaram e novamente os donos da casa se tornaram os campeões: Itália 2 x 1 Tchecoslováquia. Cartaz interessante que parece mostrar as influências gráficas da época (como a tipografia sem serifa). Lembrem-se que a Bauhaus (escola de design) foi fechada em 1933, mas o fascismo e o nazismo aproximavam a Itália da Alemanha.


A Itália venceu novamente, em 38, na França. Foi um campeonato tenso, por conta da situação internacional (que posteriormente levaria à Segunda Guerra Mundial). Aliás... vocês não acham que esse cartaz mostra bem isso? Um homem que pisa na bola, que pisa no mundo, tudo com tons de vermelho... bem agressivo, imperativo, forte, nazista! Arte do francês Henri Desmé, famoso por cartazes de cinema.


Após um intervalo de 12 anos por causa da guerra, a Copa precisava mostrar a união dos povos e acontecer fora do continente europeu. E isso está na meia do jogador muito bem ilustrado, passando também uma descontração - hoje já desgastada - do nosso país. A Copa de 50 tem um final que todos nós - infelizmente - sabemos o resultado: vitória do Uruguai sobre o Brasil no Maracanã(zo)... Uma redução e simplificação do cartaz foi usada como selo / marca.


Com essa cruz vermelha em uma marca milimetricamente desenhada, alguém tinha dúvida que a Copa de 1954 foi na Suíça? Era o ano do 50º aniversário da FIFA, portanto era apropriado que a competição máxima do futebol fosse jogada no país de seu órgão maior. No cartaz de 30, o goleiro consegue agarrar a bola... nesse o goleiro está fazendo aquela cara de "putz, franguei!". É o único cartaz que mostra o momento exato do gol. Não descobri informações sobre o tipo de ilustração quase primitivista. Ah... a Alemanha Ocidental levou o título sobre a Hungria.


O Brasil conquistou seu primeiro título mundial na Copa de 1858, na Suécia, com um sonoro 5 a 2 sobre a seleção da casa. Pelé já fazia arte. Nada muito inovador no cartaz de fundo amarelo: é a primeira vez que o nome do país-sede aparece em outros idiomas. A bola da Copa anterior se repetiu com uma faixa de bandeiras (que lembra a meia de 1950 como o símbolo de união mais presente). A marca seguiu o padrão-selo de 50.


Vários países se candidataram a sede da Copa de 1962, mas a FIFA não queria outro país europeu. Então, o Chile ganhou a chance. Mas dois anos antes do evento, um terremoto de 9,5 detonou o país! Com o slogan não-oficial "Porque nada tenenos, lo haremos todo" (porque nada temos, faremos tudo), o Chile conseguiu sediar o campeonato que o Brasil levou ao derrotar a Tchecoslávquia por 3 a 1. Interessante a ideia desse cartaz que coloca a bola como um satélite da terra e destaca o Chile no planeta, numa referência a corrida espacial que acontecia pelo mundo. Já a marca... ruiiiiim! Imaginem as reduções dela! As coisas boas na marca são tão poucas que nem merece comentários.


A Inglaterra foi escolhida como anfitriã de 1966 pela FIFA para celebrar o centenário da codificação do futebol na Inglaterra. E a seleção inglesa levou o caneco ao bater a Alemanha Ocidental por 4 a 2. O cartaz - quase minimalista - serviu apenas para introduzir World Cup Willie, o primeiro mascote da história das Copas e um dos primeiros a serem associados com uma competição esportiva importante. O leão é o símbolo do Reino Unido. A marca é ruim como a do Chile... nem a Union Jack salva.


Essa foi a copa da seleção mágica do Brasil. Final incrível com a bomba de Carlos Alberto Torres fechando os 4 a 1 sobre a Itália. Foi a primeira Copa do Mundo da famosa bola de pentágonos pretos e hexágonos brancos, a Telstar da Adidas. E toda a identidade visual seguiu essa novidade de forma impactante e pregnante. Bem legal. Não sei se o autor foi Lance Wyman, responsável pela marca olímpica de 68. A cor rósea também foi colocada como uma forma de chamar atenção: uma ruptura dentro do universo masculino do futebol. E o que dizer de Juanito? Mascotes definitivamente são para crianças... ou não?


A Weltmeisterschaft (Copa do Mundo, em alemão, sendo WM sua abreviatura) teve a Alemanha Ocidental ganhando de 2 a 1 da Holanda na final. Os bobos mascotes Tip e Tap usam o WM74 da marca. Muito legal esse cartaz de pinceladas rápidas - que, por mais oposto que seja, vai ter uma referência no movimento geométrico da bola na marca - em fundo preto que aumenta seu contraste.


Nossos hermanos levaram sua primeira Copa na casa deles com várias polêmicas políticas (e futebolísticas... que diga o Peru!). Gosto da marca numa simplificação geométrica do ato de segurar uma bola. A comemoração no cartaz reticulado em estilo pop pode parecer não tão bem resolvida, talvez por querer também parecer um homem sendo preso na ditadura em que os argentinos viviam. Gauchito foi o mascote com seu olhar arrogante.


Primeira Copa com 24 países e uma seleção brasileira inesquecível (Voa, canarinho, voa...). Pena que foi o terceiro título italiano. Sendo na Espanha, sigamos Miró! É o que faz o cartaz: segue seu incrível estilo, mas que não é apreciado por todos. A ideia era estabelecer o futebol como arte. Ah, o Laranjito... eu adorava! E essa marca funciona sem as bandeiras no fundo, com um resultado simples e excelente.


A Copa de 86 era pra ser na Colômbia. Mas graves problemas econômicos fizeram a FIFA levar o campeonato para o México novamente (porque que o Sarney recusou essa Copa... sem comentários). Maradona estava mais uma vez sem controle e levou o título (na mão) pra casa. O cartaz tentou mostrar a grandiosidade da civilização asteca através da fotografia com sombra e perspectiva forçada. Chegou perto... mas prefiro os cartazes ilustrativos. A marca tentou, mas não conseguiu ficar tão boa quanto a de 68: separou o mundo em dois blocos e eliminou grande parte da Ásia. Pique, a pimenta jalapeño, tentou seguir o Laranjito espanhol e ficar melhor do que Juanito mexicano, mas não teve o mesmo apelo.


Marca? Cartaz? Pra quê se existe o Ciao (saudação italiana)? O mascote da Copa de 90 é talvez o mais marcante, exatamente por fugir do ideário infantil que permeia esse assunto. Ciao foi adorado por todos. E diga-se de passagem: marca bem legal também, usando de perspectiva e tridimensionalidade induzidas! O cartaz ficou meio sombrio com a ideia do campo de futebol dentro do Coliseu, em um paralelo da arena de gladiadores. A Alemanha venceu pela terceira vez.


É TETRA! Me arrepio até hoje ao ver o Baggio perdendo o pênalti... Gosto da marca da Copa de 94 nos EUA. Acho simples, objetiva, bem resolvida, lembrando a bandeira americana. Já o cartaz... seguiu uma linha tão diferente que se perdeu. Bolas formando o ano, com linhas marcando as sedes, o eterno patriotismo exacerbado em cores e formas, sei lá... e por que um cachorro (Striker) de mascote? Não sei.


Tremeu, perdeu. A França levou sua primeira Copa em casa sobre o Brasil. Nem preciso/quero lembrar. A marca é simples como a dos EUA (a bola como o sol no horizonte circular do planeta sobre a França), mas não gosto tanto, pois me parece desequilibrada. O cartaz ficou meio over num excesso de experimentalismos visuais e tipográficos. O galo Footix - um dos símbolos nacionais da França - tem seu nome como uma junção de "football" e "-ix" de Asterix. Ficou parecendo o Pica-Pau...


Para a primeira Copa do século XXI e primeira na Ásia (Japão e Coréia do Sul), a FIFA criou um modelo de marca que passou a ser imposto: uma taça da Copa geometricamente estilizada. Não curto essa regra, mas a solução dada pelos designers Sogen Hirano (Japão) e Byun Choo Suk (Coréia do Sul) no cartaz é excelente: pinceladas rápidas como os ideogramas orientais. Nada a declarar sobre esses mascotes bizarros: Ato, Kaz e Nik foram gerados por computador para serem "átomos de bola". Tá... mas não querem dizer nada. Ah... a gente levou o penta com o Ronaldo cascão.


Odiei essa marca. Com força! Nem quero falar sobre ela. Sobre o mascote, também não... (Goleo e Pille, o leão e a bola falante...). Gosto somente do cartaz representando a constelação de jogadores que estariam presentes numa Alemanha finalmente unificada. A Itália ganhou o tetra sobre a França.


A primeira Copa do Mundo no continente africano teve o cartaz mais belo de todos, criado pelo Switch Design Group! A silhueta do pescoço e cabeça do menino formando a África... muito bom! E o legal é que fizeram várias cartazes pra essa Copa, lembram? Não sou um fã da marca que também tem o "modelinho FIFA", mas usa a ideia de pinceladas geométricas para novamente criar o formato do continente (colorido ao fundo) bem como do jogador (preto na frente). O leopardo dourado de cabelos verdes, Zakumi, representa as cores do uniforme da equipe Sul Africana. Seu nome vem de "ZA", o código padronizado da África do Sul (ISO 3166-1 código alfa-2), e "kumi", uma palavra que significa "dez" em vários idiomas africanos. A Espanha finalmente conseguiu seu título mundial.


A Copa retornou ao Brasil em um momento complicado com manifestações políticas e uma identidade visual questionável. A marca geometrizada da FIFA foi eliminada, mas a taça em si passou a ser o foco com um resultado péssimo (já falei AQUI e AQUI sobre ela). O tatu-bola foi o mascote Fuleco, que tem uma boa ideia mas um nome ruim escolhido em votação pelo público. Sobre o cartaz, já comentei AQUI e acho bacana lembrar que tivemos cartazes para cada sede (veja AQUI). Um inesquecível 7 a 1 e os alemães levaram seu tetra merecidamente.



Para a Copa na gigante Rússia, a marca virou um barbeador elétrico. Brincadeiras a parte... a marca/taça ficou meio alienígena com todas as decorações russas. Já o cartaz ficou muito bem pensado por Igor Gurovich, seguindo a estética russa (e dos antigos cartazes), tendo o incrível goleiro Aranha Negra (Lev Yashin) como destaque. Remete ao primeiro cartaz de 30, com um goleiro agarrando a bola. O lobo siberiano Zabivaka foi o mascote.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

H+MIN+SEC

Chega de falar de relógios... por aqui! Acabo de inaugurar um novo blog - o H+MIN+SEC (hora+minuto+segundo) - pra falar exatamente sobre isso! Lá o importante será o QUANDO e o COMO!


Com o tempo, vou passar os posts daqui pra lá. Talvez o layout mude também... veremos.

Espero a minha vez

Muita gente tem preconceito com um cantor ou com um estilo musical e acabam perdendo a oportunidade de conhecer uma letra e uma melodia que podem dizer muito mais do que soam. Ainda bem que NÃO sou um desses... e foi assim que me permiti ouvir a música "Espero a minha vez" da banda NX Zero (clipe oficial AQUI.). É música positiva e ainda carrega uma frase que gosto muito de repetir: "o mundo gira". Então, percam 4 minutos do dia de vocês ouvindo essa letra:


Se o medo e a cobrança / tiram minha esperança / tento me lembrar / de tudo que vivi / e o que tem por dentro / ninguém pode roubar

Descanso agora / pois os dias ruins / todo mundo tem / já jurei pra mim / não desanimar / e não ter mais pressa / pois sei que o mundo vai girar / o mundo vai girar / eu espero a minha vez

O suor e o cansaço / fazem parte dos meus passos / o que nunca esqueci / é de onde vim / e o que tem por dentro / ninguém pode roubar

Descanso agora / pois os dias ruins / todo mundo tem / já jurei pra mim / não desanimar / e não ter mais pressa / eu sei que o mundo vai girar / o mundo vai girar / e eu espero a minha vez

E eu não to aqui pra dizer o que é certo e errado / ninguém tá aqui pra viver em vão
Então é bom valer à pena / Então é pra valer à pena, ou melhor não

Os dias ruins / todo mundo tem / já jurei pra mim / não desanimar / e não ter mais pressa / pois sei que o mundo vai girar / o mundo vai girar / e eu espero a minha vez.

Tenho meus dias ruins... dias que tenho pressa e que o medo e a cobrança acabam comigo e me desanimam. Mas sei do meu suor, do meu cansaço, de tudo que eu vivi, de onde eu vim e de quem eu sou. Espero a minha vez enquanto o meu mundo gira e eu giro com ele.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Como usar bem a gestalt

Quem anda acompanhando os posts sobre cartazes que tenho feito, já deve ter percebido o quanto eu gosto do simples, do minimalista. É por isso que falo hoje sobre o ilustrador isralense Noma Bar (da Dutch Uncle Agency de Londres), que faz uma brincadeira gestaltiana de figura e fundo e consegue resultados pra lá de bons e significativos. Formas simples e cores fortes são o instrumento para Noma dissertar sobre causas sociais, políticas e religiosas com interesse e humor.

Grande parte destes trabalhos fizeram parte de uma exposição em Londres e estão no seu livro "Negative space". Tem uma entrevista dele em inglês aqui.