terça-feira, 2 de novembro de 2010

Poesia concreta

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pandora, a primeira presidentA do Brasil


E aí vamos nós. Pela primeira vez na história do país, uma mulher foi eleita como presidente da República. Só nos resta dar um voto de confiança e acreditar que seu objetivo é - realmente - melhorar o país e não só mostrar que a mulher pode. Até porque o Estado não tem sexo. Ser homem ou mulher não deveria significar nada para a posição.

Religião também não deveria ser a questão, uma vez que o Estado deve ser laico, deve se preocupar com os DIREITOS HUMANOS E CIVIS. Mas aqui em terras tupiniquins ainda somos índios em processo de catequese. Não nos colocamos como uma nação do século XXI que respeita sexos, cores, ideais e a fé de cada um.

Precisamos de alguém que saiba governar de forma ética e correta. É alguém que saiba lidar com o poder. E aí está o problema: o PODER. E repito: isso independe do sexo. O SER HUMANO NÃO SABE LIDAR COM O PODER. Tanta gente já estudou isso, mas ninguém quer saber. Aliás, será que eles sabem fazer isso? São tantos candidatos (e presidentes vigentes) que não sabem falar, se expressar perante governos estrangeiros, se comportar com etiqueta etc etc etc. Eu lamento não confiar na presidentA eleita para me representar em qualquer lugar.

Os discursos desse reta final de campanha foram penosos. Os dois candidatos se perderam. Os eleitores fanáticos também com seus discursos cansativos e velhos. As promessas já surgiram sem qualquer credibilidade. Só me resta dar um voto de confiança. Preciso acreditar que o povo brasileiro não abriu a caixa de Pandora e libertou todos os males no mundo, deixando apenas a esperança no fundo.

PS.: Criei essa imagem sobre a foto oficial da Dilma.
PS2.: O A maiúsculo no fim de presidentA é por causa das palavras de nossa nova governantA em seu discurso pós-eleita.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Filatelia natalina

É... não tem jeito... o Natal começa dois meses antes da data real por causa das Lojas Americanas.

Mas esse post é pra falar de mais um empreitada do meu amigo Fabio Lopez. Em junho deste ano, ele participou de uma concorrência dos Correios para a criação de um bloco de selo natalinos... e ganhou! Vejam o resultado e a explicação:


O bloco mostra José e Maria reunidos em torno do menino Jesus de onde emanam raios de luz, representando o carinho e o amor familiar. Acima deles, um anjo voa trazendo consigo a estrela de Belém pendurada numa varinha. Flores e estrelas completam o cenário da noite de Natal.

As cores predominantes do bloco remetem a bandeira do Brasil: uma grande área de azul e verde, e detalhes em amarelo e branco. Essas cores apresentam tonalidades relativamente próximas, servindo para destacar os personagens e o colorido desse encontro.

Quase todos os elementos no bloco estão posicionados de forma a convergir o olhar para o acontecimento central retratado: os círculos de cor, as faixas de luz, a nuvem, as pombas e as flores dispostas simetricamente. A disposição de todos esses elementos periféricos ajuda a integrar os personagens em torno de um pequeno coração, representando o amor como o alicerce da união familiar.

O bloco foi criado com técnicas mistas de ilustração vetorial. Os recursos de volume e sombra destacam os elementos do fundo como se estivéssemos diante de uma colagem digital. A forma de representação dos elementos criados para a ilustração segue um princípio de simplificação: recurso que facilita a criação de um desenho adequado a escala do impresso. Quando o selo é destacado do bloco (ainda que isso não seja usual) a imagem principal se mantém em destaque, e as proporções continuam adequadas para essa nova dimensão.

Foi feita um tiragem de 150 mil cópias, através de um processo de impressão offset em couché gomado com fosforescência.
Como eu sempre digo, a diferença de um designer está na argumentação. Percebam que nada é gratuito ou decidido por gosto pessoal. E isso tem valor. O trabalho fica melhor, tem peso, consistência.

E tem mais: o interesse do Fabio por selos vem da infância, mas o interesse adolescente se perdeu em meio a outros até retornar no mestrado "sob o disfarce do design gráfico", como ele mesmo diz. Deslumbrado com o que encontrou - principalmente no design holandês -, começou o blog design e filatelia, escreveu um artigo na Revista Tupigrafia e ministrou uma palestra na ESDI que o levou a novos rumos e à concorrência aqui postada.

Isso mostra que gostar do que se faz é definitivamente o diferencial. É o que te leva a buscar mais e mais e mais. Uma lição do Fabio.

domingo, 24 de outubro de 2010

E ela escalou!


E Luisa escalou gente! Deu uma merda do cacete, mas ela foi! Eu vi no Odeon (por isso as fotos horríveis!)! E vocês vão ver quando?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Totalmente foto-GRÁFICO!

O fótografo ítalo-suíço Patrizio di Renzo é o responsável pelo conceito, grafismos, pintura e direção de arte deste ensaio fotográfico da coleção 2009 de jóias da designer Majo Fruithof.


Pra mim, de uma beleza ímpar!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Arma branca, enfim!

Eu sempre disse que os guarda-chuvas eram armas brancas à solta nas ruas, não disse? Pois, então, os japoneses concordam comigo: é o Samurai Umbrella!


O que mais dizer?

Arte contra o tédio

Em um final de semana tomado pela preguiça (e pela alergia), só a arte poderia me salvar...

ISLÃ
A exposição Islã no CCBB precisa ser visitada, principalmente para reduzir preconceitos e apresentar uma cultura riquíssima de rara beleza. São mais de 300 obras em uma cenografia bem trabalhada (destaque para as vitrines em estrela, os painéis inclinados e as cores e adesivos nas paredes) que contam a história, a religião e a arte da cultura islâmica em 14 séculos! O CCBB botou uma fonte no pátio de sua clarabóia e a entrada do auditório ganhou cenografia árabe também. Atentem para as filigranas, os detalhes que aparecem em TUDO! A área de caligrafia é um show a parte com destaque para a brincadeira no título da exposição, assim como o estudo geométrico que mostra a intencionalidade dos desenhos (meu lado designer explica esse comentário).

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos". (Texto de Moafak Dib Helaihel em estilo diwani jali. Séc. XXI, Líbano. Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes / BibliASPA). Bonito, não?

É um exposição grande, quase didática, densa de informações no início. As ressalvas vão para as legendas em adesivo metalizado que refletem a luz e dificultam MUITO a leitura, o aproveitamento de alguns espaços em nome da cenografia e o som ambiente da última sala que deveria estar em toda a exposição. A mostra vai até 25 de dezembro e é GRATUITA, portanto, não tem porquê não ir.

KEITH HARING - SELECTION WORKS
Desde que soube que essa exposição viria para cá, eu me agendei. A mostra traz mais de 90 obras para celebrar a vida desse artista engajado com as causas sociais. Keith buscou uma arte verdadeiramente coletiva, inspirada no graffiti para criar obras de linhas grossas, cores vibrantes e figuras características que se tornaram uma linguagem visual do século XX. Pop Art pura!

Muito interessante a última sala da exposição, do Arquivo Pessoal. Além de dois vídeos, vemos fotos e produtos de Keith, com destaque para sua relação com o Brasil em polaróides e uma divertidíssima carta. Fica até 28 de novembro na Caixa Cultural e também é GRATUITA!


Faço um comentário aqui: ao lado de Keith, a Caixa Cultural colocou uma mostra de xilogravuras de Márcio Pannunzio. O contraste é absurdo! Keith tem uma obra vibrante, colorida, aberta. Márcio faz um trabalho monocromático de preto, pesado, erótico, confuso. Por isso, sugiro que você veja as xilogravuras primeiro. Você vai se sentir outra pessoa ao entrar no mundo de Keith.

ARQUIVO GERAL
A mostra Arquivo Geral foi criada para aproveitar a ferveção artística gerada pela Bienal Internacional de Artes em São Paulo. Onze galerias liberaram obras de mais de 70 artistas para várias mostras no Centro do Rio de Janeiro - capitaneado pelo Centro Cultural da Justiça Federal -, com o objetivo de colocar a cidade no circuito mundial das artes.

Fui em dois lugares que não conhecia: o Centro Municipal de Artes Helio Oiticica e (pasmem!) o Centro Carioca de Design, ambos nos arredores da Praça Tiradentes. Gostei bastante dos espaços e vi muita coisa interessante na difícil arte contemporânea:

Holothuria, de Alessandra Vaghi (2010).

Caixa Árvore e Caixa Escada, de José Bento (2009).

Uns trocados, de Rodrigo Torres (2010)

Repito, então: só a arte salva!

sábado, 16 de outubro de 2010

Que assim seja!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Aos mestres com humor

Nada como o humor do Dr. Pepper pra comemorar o dia de hoje:


Parabenizo, então, aqueles que transmitem conhecimento como forma de vida.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Procure o visível invisível

Vi esse post do designer João Faraco, no blog Caligraffiti, em 29 de agosto, e achei fundamental colocar aqui:

Estação de metrô de Washington (EUA) em uma manhã fria de janeiro de 2007. Um homem tocou violino por cerca de uma hora. Durante esse tempo, cerca de 2 mil pessoas passaram pela estação, a maioria deles no seu caminho para o trabalho.

Após três minutos, um homem de meia idade percebeu que havia um músico tocando. Ele diminuiu o passo e parou por alguns segundos e, em seguida correu para cumprir sua agenda... Quatro minutos depois, o violinista recebeu seu primeiro dólar: uma mulher jogou o dinheiro no chapéu e continuou caminhando. Pouco depois. um jovem encostou na parede para ouvi-lo, mas logo olhou para o relógio e começou a andar novamente. Dez minutos depois de ter começado a tocar, o violonista foi apreciado por um menino de 3 anos, mas sua mãe puxou-o junto às pressas. O garoto parou para olhar para o violinista novamente, mas a mãe pressionou a criança que continuou a caminhada, virando a cabeça o tempo todo. Essa ação foi repetida por vários outros filhos. Todos os pais, sem exceção, forçaram seus filhos a passar rapidamente.

O músico tocou continuamentem por uma hora. Apenas seis pessoas pararam e escutaram por algum tempo. Cerca de 20 deram dinheiro, mas continuaram andando. O homem reuniu um total de US$32. Ao terminar de tocar, o silêncio tomou conta. Ninguém notou. Ninguém aplaudiu, nem houve qualquer reconhecimento.

O violinista era Joshua Bell, um dos maiores músicos do mundo. Ele tocou uma das peças mais complexas de Bach, com um violino de US$3,5 milhões. Dois dias antes, Joshua esgotou os assentos de um teatro em Boston, com convites a partir de US$100. Esse evento foi organizado pelo Washington Post como parte de um experimento social sobre a percepção, o gosto e as prioridades das pessoas, levantando questões como: em um ambiente comum em uma hora imprópria, percebemos a beleza? Paramos para apreciá-la? Reconhecemos o talento em um contexto inesperado? Uma das conclusões foi que provavelmente estamos perdendo muito em nosso cotidiano por não termos mais tempo de apreciação.

João ainda termina o post com uma excelente frase que ele ouviu do designer americano Joshua Davis: É difícil enxergar o seu ambiente quando você está no seu ambiente. Procure o visível invisível.

Reflitamos bastante sobre isso. Mesmo.

Ps.: Valeu por compartilhar esse post, Michel!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A lenda dos guardiões

Estava sentindo falta de ir ao cinema. Mas, por causa do alto preço, só tenho ido ver filmes que valham a pena ser vistos no cinema, ou seja, que a imagem e o som sejam preponderantes para o sucesso do filme. Por isso, filmes de comédia, drama e romance ficaram para TV. Filmes de ação, ficção, fantasia e animações ficam pra telona.

Sendo assim, fui ver A Lenda dos Guardiões (Legend of the guardians - The owls of Ga'Hoole, 2010). O filme segue todas as regras mitológicas de uma aventura fantasiosa a la Joseph Campbell: arquétipos clássicos, jornada do herói que começa com uma ruptura e por aí vai, o vilão, o herói. Mas não achei um filme infantil não... afinal, existe bastante violência entre as aves, com direito a crianças (filhotes) em situações de torturas, seqüestro, lavagem cerebral, recrutamente à guerra e treinamento de combate. A sinopse diz:
Soren (Jim Sturgess) é uma corujinha que passou toda sua vida idolatrando os Guardiões de Ga´Hoole, mítico grupo de corujas guerreiras que venceram uma grande ameaça. Kludd (Ryan Kwanten) é o invejoso e ciumento irmão de Soren, que não acredita nas lendas e vive tentando atrair a atenção de seus pais a qualquer custo. Enquanto treinam seu vôo, ambos acabam capturados pelos Puros, um grupo de elite de corujas que pretende dominar toda a espécie. Enquanto Kludd é seduzido pelo poder dos Puros, Soren encontra alguns aliados para buscar a ajuda dos Guardiões e salvar o futuro das corujas.


Por ser um filme de vôo, vale a pena ser visto em 3D. Mas independente desses efeitos visuais, o filme é belo. Cenas e mais cenas que deveriam ganhar um prêmio de fotografia, se não fossem criadas por computador. Os animais estão muito bem feitos com um nível de realidade nas texturas impressionante. Por ser do mesmo estúdio do Happy Feet (Happy Feet, 2006) em vários momentos me lembrava desse bom filme. O diretor Zack Snyder mostrou que sua marca é usar câmeras em slow motion máximo - que ele usou em 300 (2006) e Watchmen (2009). Vale ver no cinema. E em 3D.




PS.: Destaco aqui o excelente curta de animação com Papa-Léguas e Coiote em 3D que vem antes do filme. Viva a evolução tecnológica!

sábado, 9 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um outubro rosa pra todos!

Não me esqueci, não: todo mês de outubro é mês de lutarmos contra o câncer de mama! Por isso meu blog passa a ficar com fundo rosa e ainda mostro pra vocês essa iniciativa incrível dos funcionários, pacientes e doutores do Providence St. Vincent Medical Center da cidade americana de Portland, estado do Oregon. Eles gravaram o vídeo viral Pink Glove Dance ao som de "Down" de Jay Sean:



Ache bobo. Ache surreal. Mas entre na luta contra o câncer de mama. AGORA!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fazendo limonada suíça de limões...

Pegar o simples e comum e transformar em arte é talento. Por isso achei geniais essas duas manifestações de talento.

Primeiro, a inglesa Keira Rathbone de 25 anos que produz essas incríveis ilustrações usando uma máquina de escrever antiga! Ela usa os tipos das máquinas de escrever para produzir desenhos complexos e sensacionais de paisagens, edificações e retratos de celebridades como Nicole Kidman e Obama. E, em muitas vezes, ela faz isso na rua com uma multidão em volta!


E que tal o artista alemão Heike Weber que usa canetinha - isso mesmo, canetinha! - para decorar ambientes de forma surpreendente! Claro que "decorar" é uma palavra menor neste caso, porque o que ele faz mesmo é arte, pura e simples ARTE!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Essa imagem vale mais do que 1 milhão de votos...


Aplausos para o ilustrador Orlandeli por essa charge - partir da obra "Operários" de Tarsila do Amaral - que resume absolutamente tudo.