quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Saudade da chuteira à alma

Há um mês acabava a Copa do Mundo no Brasil. A BBC de Londres fez um vídeo de despedida pelo término de sua cobertura dos jogos. Força no passinho!


Que saudade... e o vídeo ainda termina com imagens do Campeonato Inglês, quando eu tenho que ver Flamengo vs. Chapecoense, ou Goiás vs. Bahia... dureza...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Copa tipográfica

A Copa acabou. Infelizmente. Mas nesse blog, futebol e design são assuntos constantes. Por exemplo, vejam as famílias tipográficas criadas pela Nike para as camisas das seleções que patrocinou.

Stu McArthur, diretor de design da Nike chamou alguns designers famosos para ajudar. É o caso da Case Crouwel da Holanda (Wim Crouwel) e Case Brody da Inglaterra (Neville Brody). No caso da AvantGarde da seleção francesa, foi a estilização de uma fonte já existente.

E não pensem que é simples, Stu diz que encontrar o equilíbrio entre originalidade e legibilidade dentro dos padrões da Fifa é um árduo e longo processo.

Fundição Brasil: Inspirada em grafites e tipografias vernaculares.
Case Crouwell: Inspirada na fonte típica holandesa Gridnik, do designer Wim Crouwel.
Case Brody: Inspirada em stencils com caraterísticas geométricas e inovadoras.
ITC AvantGarde: Estilização de fonte já existente.
Ronaldo: Inspirada em tipografias art decó de sinalizações portuguesas.
Rex: Inspirada nos uniformes de outros esportes americanos. (Adquira AQUI)

Bacana, não? Se quiser, leia a entrevista de Stu no Designboom.

sábado, 9 de agosto de 2014

Coleções inusitadas do século XX

Picasso
Duas exposições que passaram pelo Brasil mostraram um número impressionante de importantes obras do século XX em diferentes movimentos e estilos artísticos.

A exposição Visões na Coleção Ludwig apresentou 70 trabalhos provenientes da coleção do empresário alemão, sediada no Museu Estatal Russo de São Petersburgo. Contou com Pablo Picasso, Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Roy Lichtenstein, Jeff Koons, Jean-Michel Basquiat, Joseph Beuys, Gerhardt Richter, Anselm Kiefer e George Baselitz, entre outras obras da arte pop, do neoexpressionismo alemão, do fotorrealismo e de outros movimentos internacionais de arte, dos anos 1960 aos dias de hoje.

Basquiat e Warhol

Keith Haring
A mostra A Inusitada Coleção de Sylvio Perlstein é a primeira feita no Brasil a partir do acervo do brasileiro de origem belga. Cerca de 150 obras foram selecionadas pelos curadores para a mostra que se resume nas palavras do próprio:
“Eu não sei o que é arte. Eu não sei o que é ‘bom’ ou não. Eu passeio. Eu flano. Eu não quero nada em particular. Eu não sei exatamente o que eu fiz. Eu não sei exatamente como tudo começou. Há coisas que me intrigam e me perturbam. Para que algo se ative, é preciso que seja enigmático. E difícil, também. Senão não é interessante. Não é excitante”
Roy |Lichtenstein
Pensada de forma a oferecer um passeio livre do olhar pela produção do século XX, a exposição é dividida nas seções: Dada / Surrealismo; Fotografia Vintage; Novo Realismo / Pop Art; American Painting; Minimal Art; Arte Conceitual / Land Art / Arte Povera. Sim... tem Dalí, Man Ray, Roy Lichtenstein, Magritte, Tunga, Rauschenberg, Jasper Johns, Kandinsky, Bresson, Vik Muniz e muitos outros.

O interessante em ambas é ver como a arte mudou drasticamente no século passado em busca de novos padrões estéticos que determinaram a arte contemporânea. É o momento onde se fica perguntando "tá... mas isso é arte?" e a resposta se torna complexa e tão inusitada quanto as coleções. A primeira já terminou, mas a segunda ainda fica no MASP até amanhã.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Guaxinim da Galáxia Musical

Antes de qualquer coisa, dê play aí embaixo para tocar uma música que precisar ser ouvida enquanto você lê o que escrevi. É pra entrar no clima, mas sinta-se à vontade para pausá-la.



Agora vamos lá. O novo filme da Marvel foi uma aposta e tanto, afinal quem já ouviu falar nos Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy, 2014)? A trama do filme é a seguinte:
Peter Quill foi abduzido da Terra quando ainda era criança. Adulto, fez carreira espacial como saqueador e ganhou o nome de Senhor das Estrelas. Quando rouba uma esfera, na qual o poderoso vilão Ronan, da raça kree, está interessado, passa a ser procurado por vários caçadores de recompensas. Quill acaba unindo forças com quatro foras-da-lei: a árvore humanóide Groot, a sombria e perigosa Gamora, o guaxinim rabugento Rocket Racoon e o vingativo Drax. Juntos eles descobrem que a esfera roubada possui um poder capaz de mudar os rumos do universo. Será que serão capazes de proteger o objeto e salvar o futuro da galáxia?
Peraí... Senhor das Estrelas? Gamora? Drax? Rocket Racoon? Groot? Ronan? Já ouviu falar? Duvido. Sendo mais um filme da Marvel e esses heróis descritos como "Os Vingadores do Espaço" com direito a grande possibilidades de um cruzamento cinematográfico entre as equipes (atenção ao vilão roxo), quem não iria ver? E digo que o tiro foi certeiro por duas razões: um guaxinim falante rouba TODAS as cenas e a trilha musical é absolutamente fantástica e fundamental à trama.

Talvez, ao dizer que a trilha é fantástica, eu tenha entregado minha idade. Não... não sou tão velho (apesar de saber que na imagem ao lado tem uma fita K7 em seu tocador), mas quem não gosta de Jackson Five, Marvin Gaye e David Bowie, entre outros? Nesse filme a música não é só um pano de fundo. Ela é uma escada para os atores. Veja que até a identidade visual da trilha não é o convencional cartaz reduzido e sim um dos acessórios mais importantes da galáxia Marvel! Show!

Mas vamos ao tal guaxinim...


Rocket Racoon é um experimento científico que parece um guaxinim, mas não é (hã? Dane-se!). Ele não é vendido como o personagem principal e, quando aparece na tela, muitos devem pensar "isso aí não vai me convencer". Só que aí entra um texto excelente e um trabalho de computação gráfica incrível. Chego a dizer que a voz de Bradley Cooper não acrescenta muito: qualquer um com esse texto e esse visual conseguiria o mesmo resultado. Não há uma cena sequer de Rocket que não te divirta. Quando ele se junta, então, com seu parceiro Groot (voz de Vin Diesel), não há pra ninguém. Nem para o carismático Chris Pratt (Senhor das Estrelas) ou para sexy poderosa Avatar-agora-verde / trekker Uhura, Zoe Saldana (Gamora).


Sobre a assassina, vale dizer que fico na torcida para ver a luta entra Gamora e a Viúva Negra, caso os Guardiões encontrem os Vingadores. E imaginem o choque das personalidades de Rocket Racoon e Tony Stark! Tem que acontecer! O filme ainda tem Glenn Close (Nova Prime) e Benício del Toro (Colecionador), mostrando que todo mundo quer uma pontinha em qualquer filme da Marvel. É certeza de dinheiro (até agora) — indo na direção contrária de sua concorrente (DC), que está tendo dificuldades de transformar os super-heróis com poderes em versões excessivamente realísticas.

Entenda a magia:


Cartaz da Mondo
UAU! (limpa as lágrimas de alegria...) UFA! Bom... Existem várias questões quadrinísticas/cinematográficas a se considerar:
  • A Tropa Nova é beeem diferente, mas ficou melhor assim do que inserir mais um tipo super-heróico na história.
  • Youndu (Michael Rooker) foi totalmente descaracterízado (a flecha foi mantida)! Ele é o oposto do que foi feito! Será que não teria outro personagem?
  • Drax é um misto de sua versão "bombado imbecil" com sua versão "bombado com um propósito", porém, num nível de força bem baixo, se considerarmos que ele é o destruidor de Thanos! Dave Bautista dá conta e -até- surpreende positivamente.
  • O cão Cosmo merecia um melhor destaque. Mas ficou bacana.
  • Luganenhum e a história das jóias do infinito ficaram 10!
  • Algumas motivações ficaram superficiais e participações ficaram mínimas.
  • A vilã Nebula prestou pra quê? e Korath?
  • Finalmente um primeiro filme de uma franquia que não foca na origem dos personagens, mas também não deixa de dar explicações sobre eles. (by the way... a cena de descrição do grupo na prisão é bem legal).
  • A primeira cena pós-crédito é engraçadinha e divertida. A segunda... sinceramente... não acrescentou nada. É uma piadinha para os fãs.
  • E NÃO... NÃO É MELHOR DO QUE OS VINGADORES! Claro que um filme que as pessoas vão sem expectativa nenhuma e se surpreendem pode chamar a atenção, mas nada conseguiu (ainda) barrar a estreia da equipe de Homem de Ferro, Capitão América e Thor juntos!
No entanto, junta isso tudo, bota num canto do cérebro e vá se divertir pacas no que deve ser o blockbuster do momento e de durante algum tempo!

PS.: Se você acompanha a série Agents of S.H.I.E.L.D da Marvel sabe que ela anda estreitando laços com os filmes. SPOILER: Por um acaso você se deu conta que o alien azul que é fundamental para o retorno do Agente Phil Coulson é um kree, raça de Ronan?

sábado, 2 de agosto de 2014

Dalí aqui

O CCBB do Rio está comemorando seus 25 anos com a mais significativa retrospectiva de Salvador Dalí do país, com cerca de 150 obras do artista, entre pinturas, gravuras, documentos, fotografias e ilustrações. A mostra abrange as diversas fases criativas do pintor (temos um autorretrato cubista logo no início, por exemplo), com ênfase no período surrealista, que o consagrou e no qual refletiu seu imaginário singular. No entanto, não são as obras mais conhecidas (como os relógios d'A persistência da memória). São obras menos óbvias que fazem não só a gente ter uma ideia do escopo do trabalho do artista como também da sua importância.

Mesmo com significativos trabalhos envolvendo o mundo ilusório de Dom Quixote, destaco duas séries impressionantes: suas ilustrações para "Alice no País das Maravilhas" e suas impressões botânicas em flores e frutas surreais. Na primeira, Dalí e Alice parecem ter sido feitos um para o outro. Talvez o pintor tenha vindo do País das Maravilhas! São imagens incríveis! Quem viu a animação que Dalí e Disney quase fizeram, vai reconhecer a personagem de Alice nas pinturas abaixo.

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As flores e frutas demonstram a criatividade frenética de Dalí. Talvez algumas delas façam você realmente acreditar que o bigodinho do pintor seria um traço de loucura. Engano: é genialidade.

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Genialidade essa que fica muito clara nas obras, mas não na exposição. Falta bastante informação sobre o pintor e sobre o período vivenciado. Documentos e revistas com grande importância artística são dispostos apenas como ilustrações sem qualquer relevância editorial. Uma sala com capas de revista e até anúncios de TV que Dalí participou, mostram um lado comercial importante do pintor que fica só como um registro que ele era excêntrico. Mas ele era mais do que isso. Sua postura artística tinha um significado até político.

Mesmo assim, ver Dalí é mais do que importante. É ver sonhos, metáforas e novos mundos se realizarem numa tela. Fica até setembro.

domingo, 20 de julho de 2014

Gurda-chuva-poste

Vocês sabiam que todo ano os japoneses inventam alguma novidade em relação à guarda-chuvas? A última é o guarda-chuva iluminado!


Afasta perigos de noites escuras de temporal com duas pequenas lâmpadas que podem ser avistadas a 30 metros de distância! Só vende no Japão em seis modelos diferentes, mas não consegui descobrir nem o preço nem como funcionam ou onde ficam as lâmpadas. Acredito que deva ser algo no cabo.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Benévola


Só essa imagem aí em cima já diz tudo: Angelina Jolie É Malévola, a bruxa do conto da Bela Adormecida, a responsável por fazer a princesa dormir pra sempre só porque não foi convidada para festa, aquela que vira dragão e criar muros de espinhos. E ela realmente está a cara e o jeito da vilã da Disney (aí do lado).

Mas prestem atenção: se vocês esperam um filme de princesa, esqueçam. Esse é um filme da bruxa! Essa não é uma versão com humanos do desenho da Disney... portanto, não fiquem rabugentos, puristas! E não é um filme mulherzinha, porque também tem um daqueles combates que viraram obrigação em filmes de fantasia entre homens e criaturas.

Estamos no século XXI e todas as menininhas perdem suas inocências bem antes do esperado/desejado. Rapidamente elas ficam sabendo que todo mundo é capaz de ser bom e mal, principalmente, se for por amor (a eterna razão pra tudo...). Não é à toa que uma novela como Avenida Brasil ou uma série como Revenge fazem sucesso. Então, Malévola não poderia ter feito tudo que fez somente por não ter sido convidada. A Disney precisava dar motivos para suas ações.

Peraí... a Disney querendo justificar maldades? Claro que não, né! Ela a transformou numa fada/bruxa que tem seu coração partido e fica amarga, raivosa e terrível. Com grandes diferenças do desenho, acabamos nos apiedando de Malévola e ficando do lado dela ao invés das fadinhas Fauna, Flora e Primavera, que acabaram com seus péssimos nomes originais e um jeito demasiado trapalhão. O rei é o ambicioso vilão, o verdadeiro Malévolo. Nem quando a princesa bocó entra em cena, mudamos de lado: a fada/bruxa fica com a nossa torcida.

Na minha sessão, o final (mais fantasia, menos humano) arrancou aplausos. Não acho que tenha sido pra tanto, mas acho muito bom quando os estereótipos femininos de final feliz são reconstruídos. Principalmente pela Disney, a grande construtora desse estereótipo princesinha. Ao lançar Valente (Brave, 2012), a Casa do Mickey criou uma forte figura feminina que não quer casar de forma arranjada e quer viver sua vida com seus desarrumados cachos vermelhos. Mas uma boneca da valente Princesa Merida de cabelos alisados colocou em dúvida o que a Disney estava fazendo.


O ilustrador inglês David Trumble resolveu até recriar mulheres famosas em princesas para questionar esses estereótipos. Além da humilde e corajosa Rosa Parks (que você vê aí embaixo), ele recriou outras que você pode ver aqui.


Concluo dizendo que Malévola (Maleficent, 2014) é um filme da época em que vivemos, cheia de "jogos vorazes" e "mulheres divergentes"que não aceitam seu destino e tentam reescrever sua história.

PS.: Eu vi esse filme antes da Copa, mas não dava pra parar tudo por causa de uma princesa... oops... bruxa, né?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Realidade anamórfica

Você já ouviu falar em tipografia anamórfica? São aqueles textos escritos em paredes que você só consegue ler em um determinado ponto de vista. Tem um exemplo aqui no blog. Agora imagine um clipe de música todo feito a partir dessas mudanças de ponto de vista e perspectiva, deixando você sem saber o que é real. E numa única tomada!


A banda Ok Go é incrível mesmo. Já fiz uma postagem sobre os clipes deles que vale a pena sempre ver de novo, porque são sensacionais! E até a música é boa!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A Copa das Copas

É impressionante como a expectativa é capaz de levar alguém do céu ao inferno e vice-versa. Atentem para o seguinte:
  • DO CÉU AO INFERNO: A maioria dos brasileiros acreditavam que o Brasil chegaria à final com um futebol maravilhoso capitaneado por Neymar. A expectativa era tanta que a humilhação se tornou histórica. Nosso futebol está sendo corretamente questionado e esperamos boas consequências disso, de preferência, sem expectativas...
  • DO INFERNO AO CÉU: A imprensa mundial e nacional deixaram bem claro que o Brasil não estava pronto para um evento dessa proporção, porque mantinha seus estereótipos de selva, bunda e violência. A expectativa era tão baixa que o próprio país se tornou o melhor da Copa. Esqueceram que a gente entende é de festa, ou alguém aí duvida do Carnaval no Rio, de Parintins, dos Festas de São João no Nordeste e por aí vai?

Em relação à competição, o número de recordes batidos foi enorme! Primeira seleção europeia a vencer na América, Klose como maior artilheiro das Copas e por aí vai... Tivemos a maioria dos jogos com muita emoção e uma chuva de gols (171 no total, como em 1998 na França). A classificação geral ficou assim:
  1. Alemanha
  2. Argentina
  3. Holanda
  4. Brasil
  5. Colômbia
  6. Bélgica
  7. França
  8. Costa Rica
  9. Chile
  10. México
  11. Suíça
  12. Uruguai
  13. Grécia
  14. Argélia
  15. EUA
  16. Nigéria
  17. Equador
  18. Portugal
  19. Croácia
  20. Bósnia
  21. Costa do Marfim
  22. Itália
  23. Espanha
  24. Rússia
  25. Gana
  26. Inglaterra
  27. Coréia do Sul
  28. Irã
  29. Japão
  30. Austrália
  31. Honduras
  32. Camarões
Pra mim, o futebol mediano equalizou essa Copa e acabou nos proporcionando uma emocionante competição. Grandes potências europeias, como Espanha, Itália e Inglaterra, foram superadas por Bélgica, Suíça e até mesmo a Grécia na sequência da competição. Nas Américas, tivemos a ascensão de Colômbia, Costa Rica e Chile, com destaque para EUA e México, sem que isso signifique que haja uma real evolução. Tirando a Argélia, os times africanos continuaram decepcionando, só que dessa vez com notícias de corrupção e até mesmo o banimento da Nigéria de competições da Fifa. E na Ásia/Oceania o futebol continua muito ruim...

Dar o título de melhor jogador da Copa para o Messi foi absolutamente ridículo. Sim, ele é craque e decidiu alguns jogos para a Argentina, mas ele não jogou nem 1/5 do que sabe em nenhum dos jogos. Isso é a prova de que o futebol é só resultado. Fez gol? Então você é o melhor. Seguindo esse critério Müller (Alemanha) e Robben (Holanda) mereciam muito mais. O goleiro alemão Neuer também não deveria ter sido escolhido o melhor goleiro. Ele é excelente, mas nessa Copa tivemos melhores: Navas (Costa Rica), Bravo (Chile), Ochoa (México), Howard (EUA) e Ospina (Colômbia), por exemplo. Neuer foi beneficiado por uma defesa sólida e acabou fazendo poucas defesas importantes. Talvez tenha despontado por ter jogado como líbero em vários momentos.


Que venha a Rússia! Mas antes... o Brasil tem a Copa América, as Olimpíadas no Rio de Janeiro (título ainda inédito para nós) e, dessa vez, tem que passar pelas eliminatórias, ou seja, precisa conquistar uma das 4,5 vagas que América do Sul oferece. Lembrando que além de Colômbia, Chile, Argentina, Uruguai e Equador, teremos que enfrentar Paraguai, Bolívia, Venezuela e Peru. Será que ficaremos na repescagem? Veremos.

domingo, 13 de julho de 2014

Danke!

Em minhas análises antes da Copa começar, já tinha dito que o título ficaria entre Alemanha e Argentina.


Impressionante como a Argentina se reconstruiu durante a competição. A saída de dois ou três jogadores e uma nova arrumação dentro de campo levaram a seleção albiceleste à final. E sem medo da Alemanha, que manteve o seu jogo vertical de maior posse de bola. Com isso, pela primeira vez os alemães tiveram um verdadeiro adversário (mesmo tendo sofrido pressões de Gana e Argélia). A Argentina montou certo a equipe: bem fechada para conter a estratégia alemã e partir em contra-ataques ousados (entendeu, Brasil?). Isso deu uma confiança que ofereceu as melhores oportunidades de gol a eles porque expôs as falhas da seleção alemã. Foi interessante ver, no início do segundo tempo, uma Alemanha não superior, tendo que lidar com a catimba argentina, a tensão do jogo e a prorrogação iminente. Seja condicionamento físico ou emocional, ficou claro que o planejamento alemão deu certo quando em 2006 e 2010 chegaram na semifinal e agora levaram o título mais do que merecido. Parabéns a Argentina que não se amedrontou.

No entanto, quero deixar claro que não venceu somente o melhor futebol dessa Copa. Venceu quem veio com vontade de ganhar, quem tem um time inteiro de craques e não só um, quem se permitiu ser abraçado pela cultura local, quem conquistou a torcida e o país com atos de humildade e amizade.

PS.: Precisava agradecer esse título da Alemanha. Seria absolutamente insuportável ver um título da Argentina no Brasil, no Maracanã, depois do massacre que passamos. Não teríamos mais argumentos para discutir e talvez até a rivalidade acabaria: eles sempre estariam na frente. Agora voltamos a supremacia dos argumentos pelo menos. Continuamos com 5 títulos, o Rei do Futebol e a esperança de melhores tempos.

sábado, 12 de julho de 2014

No lugar certo


Foram 10 gols em 2 jogos. Uma regularidade impressionante, mas não de forma positiva: o Brasil mostrou o mesmo esquema tático ruim trocando jogadores. A quantidade de faltas que fizemos e o novo "apagão" no início do jogo só mostraram que o erro não foi um acidente da semifinal. O juiz era péssimo e ainda contribuiu para ficarmos mal. A melhora no segundo tempo não significou muita coisa.

  • GOL: Júlio César perdeu toda sua segurança na semifinal. Novamente não teve culpa nos gols, mas sua credibilidade foi pro espaço junto com sua confiança no(do) time.
  • DEFESA: Nossos melhores jogadores esqueceram o futebol em casa. Thiago Silva fez uma falta boba (que deram pênalti) porque não houve cobertura. Depois tentou comandar um time perdido. E David Luiz de "herói do povo" poderia sair como "trem desgovernado", porque cismou que era o único que poderia fazer alguma coisa com arrancadas inúteis e lançamentos no vazio.
  • LATERAIS: Nesse jogo ficou claro que o problema não é só do meio de campo, não. Nossas laterais estão muito mal servidas. Temos jogadores que ficam do meio de campo pra frente e esquecem a defesa, desguarnecendo a zaga e deixando avenidas. Não entendi a escalação do Maxwell. Era só pra jogar e queimar o cara?
  • MEIO DE CAMPO: Oscar resolveu jogar logo hoje, mesmo assim, 10% a mais. William estava perdido e acabou deixando Ramires (pouco) sobressair. E Paulinho entrou novamente abaixo das expectativas e sobrecarregou o Luiz Gustavo. Mas alguém pode me explicar as substituições? A saída do Paulinho para entrada do Hernanes, eu até entendi. Mas tirar o Luiz Gustavo para a entrada do Fernandinho... por quê? Fernandinho mostrou incompetência no último jogo e só entrou pra bater nesse! E pra quê tirar o Ramires e colocar o Hulk? Eles são muito diferentes, não são substitutos! Meio de campo improdutivo e sem criatividade que obriga os zagueiros a saírem.
  • ATAQUE: Hoje o Fred se deu bem. Eu sei que ele não jogou, mas ficou provado que o esquema tático não ajuda ninguém. É fato que o Jô tocou mais na bola do que ele em 45 minutos, mas, sem um atacante de referência que coloque medo na zaga adversária, não dá. E fica a pergunta: por quê os dois não foram escalados juntos nesse jogo? Já que não se tinha nada a perder...
  • TÉCNICO: Felipão perdeu seus méritos todos hoje. Escalou mal, substitui mal, provou que não tem esquema tático e – PIOR! – ainda deixou os jogadores reservas darem mais pitacos do que ele! Até acho que o trabalho tem que ser longo e ele só teve 1 ano e meio pra treinar esse grupo, mas não sei se tivesse mais 2 anos se teria feito tanta diferença. Mesmo assim, fico na dúvida se um outro técnico conseguiria tirar muito mais desses jogadores que ganham milhões, mas esqueceram como se dá um passe.
É isso, Brasil. Que fique bem claro: a quarta posição é o melhor lugar que poderíamos conseguir haja vista que grandes seleções ficaram pelo caminho. E outra: só o Brasil é pentacampeão, independente do vexame.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Seleções seladas

O estúdio português Maan criou selos com reinterpretação gráficas das bandeiras dos países que estão na Copa do Mundo. O World Cup Stamps é um projeto conceitual interessante. Chega a confundir um pouco por serem utilizados somente as cores das bandeiras, com alguns poucos elementos (como estrelas), às vezes tendo que tuilizar outras questões cromáticas (como, por exemplo, o azul da seleção italiana). Nas imagens abaixo, organizei pelos grupos da Copa (o que facilita a identificação e reduz um pouco a confusão).

Grupo A: Brasil, Croácia, México e Camarões
Grupo B: Espanha, Holanda, Chile e Austrália
Grupo C: Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão
Grupo D: Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália
Grupo E: Suíça, Equador, França e Honduras
Grupo F: Argentina, Bósnia, Irã e e Nigéria
Grupo G: Alemanha, Portugal, Gana e EUA
Grupo H: Bélgica, Argélia, Rússia e Coréia

Também criaram a papelaria da série com conceito gráfico complementar aos selos.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Gols icônicos animados

And What a Great Goal That Was é uma animação sobre gols icônicos da Copa do Mundo feita por Richard Swarbrick.


Bacana! E dessa copa? Qual entraria?

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ironias do destino


A ressaca do jogo de ontem se espalhou para o jogo de hoje: duas seleções com medo de dar espaços, num jogo truncado e chato. Pouco se criou porque os principais jogadores estavam presos. Messi e Robben quase não apareceram. A prorrogação era iminente, assim como os pênaltis, porque ninguém iria se arriscar no tempo extra. Aí ninguém entendeu nada... no jogo anterior, o técnico da Holanda foi elevado à gênio porque ele substituiu goleiro antes das penalidades por um goleiro preparado para isso que acabou agarrando duas cobranças. E por quê ele não fez isso dessa vez? Por quê manteve o goleiro principal? Bom... acabou que foi o goleiro argentino que apareceu agarrando duas cobranças e levando a Argentina para a final.

Vai dizer que não é ironia do destino tomarmos uma sapatada num dia e vermos nossa arquirrival chegar à final na nossa casa? Os argentinos agora tem 50% chance de levar o título no Brasil! Isso praticamente acabaria com a rivalidade, porque os brasileiros não teriam mais argumentos para contestá-los! Sorte a nossa que a seleção alemã é forte e vai pra cima deles. Seremos Alemanha desde pequenos.

Enquanto isso... Brasil e Holanda vão disputar um jogo que nada vale. Para o Brasil, é claro que esse jogo é importantíssimo! Não só para recuperar o mínimo de honra como para vingar a última copa, mas é uma posição que não significa nada. Vale ressaltar que mesmo com tudo que aconteceu a seleção brasileira sairá como uma das 4 melhores seleções do mundo, na frente de Itália, França, Inglaterra, Uruguai, Portugal etc etc.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Resultado óbvio e lógico

Eu avisei.


Claro que eu não esperava 5 gols em 20 minutos no primeiro tempo, mas eu esperava uma vitória com placar largo. O resultado foi óbvio. O Brasil jogou o mesmo futebol que vem jogando só que o adversário era a Alemanha. E não venham me dizer que os alemães jogaram um futebol perfeito, porque eles jogaram exatamente o que vem jogando (muito bem e sempre pra frente, mesmo ganhando)... só que o adversário era o Brasil. Além disso, o esquema tático do Brasil era exatamente o mesmo da Alemanha! Ou seja, a qualidade técnica do elenco faz/fez MUITA diferença.
  • TÉCNICO: Vou colocar o Felipão primeiro, porque acho que 50% do placar de hoje é dele. É impossível que ele tenha estudado a Alemanha. Não se entra com Bernard num jogo desse. O brasileiro não gosta de três volantes, mas era pra gente ter começado com Paulinho, Fernandinho e Luiz Gustavo. Só assim para diminuir a força ofensiva do meio de campo alemão. Aí ele coloca um jogador que é mais magro e mais fraco que a perna do Neymar? Era melhor ter colocado o William. Errou feio. 30% da culpa é dos jogadores que vou falar abaixo, afinal... errar a quantidade de passes que eles erraram é inadmissível para atletas que ganham milhões só pra fazer isso. Os outros 20% ficam com a torcida e com a imprensa que encheram a bola de uma seleção que desde o início não vem jogando nada. Essa frustração de agora não era pra ser uma surpresa.
  • GOL: Julio César não teve culpa em absolutamente nenhum dos gols. Chegou a fazer ótimas defesas, em chutes à queima roupa. Nem Ospina (Colômbia), Bravo (Chile), Eneyama (Nigéria) ou Ochoa (México) fariam melhor. Sem defesa e meio de campo não tem como um goleiro fazer milagres.
  • LATERAIS: Uma avenida dos dois lados. Erro de esquema tático. Ambos acreditaram que podiam avançar e deixaram espaços. Maicon ainda foi mais discreto, mas Marcelo vive de uma arrogância futebolística.
  • DEFESA: Fica difícil falar bem de uma defesa que toma sete gols, mas o problema maior sempre foi o meio... David Luiz não é craque. Se inspira no Lúcio em saídas desgovernadas para o ataque (porque o meio não cria) e acaba deixando buracos que não foram descobertos. Dante estava perdido, como se nunca tivesse treinado ou jogado do lado de David. Aliás... tinha tanta gente perdida em campo que parece que não houve treinamento algum.
  • MEIO DE CAMPO: Aqui reside o problema desde o início. Luiz Gustavo era o único que estava jogando bem antes, com boa marcação. Paulinho estava mal e entrou Fernandinho que hoje estava emocionalmente abalado, porque entregou 2 ou 3 gols. Luiz Gustavo não podia fazer proteção para um meio de campo passivo, uma defesa que não tinha laterais e um dos zagueiros indo para o ataque. Oscar não jogou DE NOVO! Foda-se que ele fez o gol (que de honra não tem nada) porque não fez nada desde o primeiro jogo da copa! Hulk não funcionou taticamente, porque está pesado fisicamente. Ficou perdido com a entrada do Bernard... e desse eu não tenho nada a falar porque ele nem deveria ter entrado. Essa papo de "alegria nas pernas" é coisa da imprensa. A entrada de Paulinho e Ramires no segundo tempo deram uma ilusão de que tínhamos melhorada porque surgiram oportunidades, mas, na verdade, foi a Alemanha que tirou o pé do acelerador.
  • ATAQUE: Repetitivo falar do Fred. Faço até uma ressalva: claro que ele é péssimo e não sabe armar jogo, nem servir de pivô ou qualquer outra função que um atacante pode ter, mas ele não é servido! Novamente: culpa do meio de campo inoperante! Revejam os jogos e contem quantas bolas o Fred recebeu com chances de fazer gol. Continuo dizendo que ele é péssimo e poderia ter criado situações melhores.
Costa Rica e Colômbia se sobressaíram porque o futebol mundial não é mais amor e paixão. É planejamento, treinamento e habilidade. O Brasil ainda acha que o melhor no futebol quando tem um campeonato ridículo e infra-estrutura péssima. E não estou falando de política. É de futebol mesmo. Vale deixar registrado: não acredito que o Neymar (e o Thiago Silva) mudaria a situação. Talvez o placar fosse menos largo, mas dificilmente venceríamos. Claro que a entrada de Neymar mexeria na marcação alemã e no emocional brasileiro, mas não no futebol.

A atitude da seleção alemã durante toda a Copa tem sido digna de estudos. Em 2006, eles perderam a final da copa em casa para a Itália. Agora é hora de aprender e revolucionar.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ingressos da Copa

Não dei sorte de ter sido um dos escolhidos pela Fifa para conseguir comprar um ingresso sequer e assistir a um jogo da Copa do Mundo no meu país. Chato... mas fazer o quê? Não compro com cambistas e não pago além do valor real. Sendo assim, só me resta mostrar pra vocês os ingressos de todas copas passadas.

By the way... esse é "meu". Comprei de um amigo pelo mesmo preço!

Nostalgia e design!