
...o problema é lidar com adolescentes!











Quem compra o jornal O Globo aos domingos TEM QUE ser fã da tirinha Gente Fina, de Bruno Drummond que sai na Revista de Domingo. Eu sou tão fã que comprei um livro dele no lançamento (esse aí ao lado), com direito a autógrafo e tudo! E nem sabia que ele tinha as divetidas tirinhas DEScolados na Revista Oi e o Cleyton Ltda, na Você S.A. que mantém o humor ácido.

A partir desse mês de agosto, Bruno irá reproduzir as páginas de seus diários de referência (vulgo sketch book ou os atuais moleskines) no blog Anotando Gente - Sorria! Você está sendo desenhado. Nas palavras dele para o blog Gibizada:Nestes pequenos cadernos que surgiram como uma etapa na criação de cartuns, registro possíveis personagens criando um vocabulário visual ao qual recorro quando necessário. Com o tempo, a coisa virou um vício e passei a usá-lo diariamente. Meu caderninho virou um espaço para desenhar sem compromisso ou preocupação. Voltei a usar aquarela, fiz marcas com café, com cinzas de cigarros e restos de embalagens. Comecei a copiar letras num exercicio tipográfico sem sentido e a anotar conversas que não me diziam respeito.Achei o máximo! Vou acompanhar isso sempre que possível!






















Depois da surpresa com a exposição do Ziraldo no CCBB, fui na vernissage de Toys é Nóis, de Claudia Hersz, nesta última quarta-feira. Minha amiga Isabel Sanson Portella é a curadora dessa exposição que me deixou com a impressão de que o lúdico é a tendência atual. As obras de Claudia são cheias de questionamentos que levam o espectador a auto-reflexões e resgates mnemônicos incríveis! Não guardei o nome das obras, mas destaco o avestruz (eese aí ao lado que me fez viajar), o rei leão (que eu quero!), o bobo da corte e a incrível moldura que todo mundo ficava boquiaberto e perguntava como era feita! A expoisção tem um tamanho ótimo, pois é pequena, mas permite que você perca o devido tempo refletindo sobre cada obra.
O CCBB está se tornando meu ponto preferido. Eles estão com três exposições de tirar o fôlego: Anita Malfatti: 120 anos de nascimento, Expedição Langsdorff e Zeróis: Ziraldo na tela grande! Todas obrigatórias!ANITA MALFATTI: 120 obras, entre pinturas, gravuras e desenhos com algumas inéditas. O homem amarelo, A boba (imagem), Retrato de Mário de Andrade, A estudante... ainda preciso escrever mais? Uma beleza de passagem pela obra dessa artista moderna brasileira que afirma: "procurei por todas as técnicas, até me achar na simplicidade". Fica até 26 de setembro.EXPEDIÇÃO LANGSDORFF: Na continuação da Anita, a gente já cai nessa interessante e educativa exposição. Ela é bem grande, mas a qualidade do material de Rugendas, Taunay e Hercule Florence vale a passada. São centenas de desenhos belíssimos de uma técnica apuradíssima que retratam a natureza e os tipos brasileiros encontrados pelos caminhos. Até os inacabados são lindos! Fiquei de queixo caído em alguns momentos! Fica até 26 de setembro.
ZERÓIS: IMPERDÍVEL! Sério! Sempre achei o trabalho do Ziraldo ótimo, mas fiquei meio preso com O Menino Maluquinho e os eternos cartazes da Feira da Providência. De repente, me deparo com 44 quadros incríveis, de humor perfeito e técnica admirável (ainda não sei como ele consegue fazer degradés!). Pra quem é fã de quadrinhos de super-heróis e arte, é um show! Suas releituras de obras famosas são educativas! E seus estudos, inspiradores! Fica até 19 de setembro!
Em seguida fui para o Centro Cultural dos Correios que sempre abriga várias exposições interessantes. Dessa vez só vi Goeldi - O encantador de sombras, cerca de 120 obras, entre xilogravuras, ilustrações, livros e desenhos, para homenagear o cinquentenário de morte desse grande artista. Confesso que é meio excessiva, beirando o cansativo, mas é um excelente registro. Fica até 5 de setembro.
Fechei meu domingo no Caixa Cultural com uma ótima exposição Sérgio Rodrigues: um designer dos trópicos, com inúmeros móveis desse grande designer e artista brasileiro. Fiquei feliz em ver que fui usuário de alguns dos móveis que ele fez e me orgulhei ao ter idéia da importância desse brasileiro no cenário do design mundial. Ponto pra nós!


Em um mundo onde é possível entrar na mente humana, Cobb (DiCaprio) está entre os melhores na arte de roubar segredos valiosos do inconsciente, durante o estado de sono. Além disto ele é um fugitivo, pois está impedido de retornar aos Estados Unidos devido à morte de Mal (Cotillard). Desesperado para rever seus filhos, Cobb aceita a ousada missão proposta por Saito (Watanabe), um empresário japonês: entrar na mente de Richard Fischer (Murphy), o herdeiro de um império econômico, e plantar a ideia de desmembrá-lo. Para realizar este feito ele conta com a ajuda do parceiro Arthur (Levitt), a inexperiente arquiteta de sonhos Ariadne (Page) e Eames (Hardy), que consegue se disfarçar de forma precisa no mundo dos sonhos.



No entanto, confesso ter esperado algo muito maior em termos visuais já que estamos falando de sonhos! Me lembrei do filme A Cela (The Cell, 2000), com Jennifer Lopez e Vincent D'Onofrio, que possui um roteiro ao menos semelhante: entra-se na cabeça do psicopata em coma para saber onde ele deixou sua última vítima. O visual desse filme é muito louco! Entendo que no A Origem era necessário um sonho mais real com o objetivo de enganar os outros. Sobrou pra gente as incríveis escadas escherianas, alguns movimentos em câmera lenta e a excelente luta com a sala girando. Achei simples tudo em relação à arquitetura... dobrar uma rua? Andar no teto? Prédios em ruínas na beira do mar? Isso não é nada demais com os efeitos que temos hoje. Os belos cartazes já mostravam o que íamos ver:
Além do sensacional cartaz que começa esse post (labirintos de cabeças dentro de labirintos de cabeças dentro de...), fica aqui esse outro do designer americano Trent Walton. Só vai entender os "totens" - objetos que os invasores de sonhos usam no filme como link com a realidade - quem viu, mas é legal: