Na minha defesa de mestrado, fui chamado de esquizofrênico. E não é a primeira vez. Lembro-me que na minha adoescência eu falava sozinho sem parar... mas não era com vozes na minha cabeça ou com um amigo imaginário. Era comigo mesmo. Eu fazia o processo de verbalizar e ouvir sem precisar da ajuda de ninguém. O problema era andar na rua discutindo comigo mesmo... Era uma prévia do comportamento contemporâneo baseado em iPods e microtelefonia.
Mas o tempo passa e comecei a verbalizar pra todo mundo ouvir. Era preciso me fazer presente e assumir posturas e atitudes frente ao mundo. Mas o mundo reagiu. Me respondeu. E nem sempre gostei da resposta (na verdade... detestei na maioria das vezes).
Aí fui pra terapia... pagar alguém pra ouvir o que eu tenho a dizer. Mas me dei conta que a pessoa que está sendo paga também fala, também responde. Às vezes é bom... às vezes dá vontade de quebrar tudo. E novamente me dei conta que as respostas podem não ser do meu agrado.
O que fazer? No momento, cheguei a conclusão que falar sozinho era bom. Eu dava a resposta que eu queria! Tem coisa melhor? E agora que estou morando sozinho tenho a oportunidade de exercitar toda a minha esquizofrenia! Viva eu!
3 comentários:
Minha avó dizia que "falar com os próprios botôes" era muito saudável pois permitia a organização de pensamento.
Definitivamente ouvir vozes é uma coisa, pensar alto é outra muito positiva e nada esquizofrênico
Humm, morando sozinho que ótimo.É uma das melhores esperiências para o ser humano.Amadurece muito principalmente os homens.
Agora, falando francamente, todos nós somos um pouco esquizofrênicos,quem nunca falou sozinho, riu sozinho e falou na frente do espelho que atire a primeira pedra. Quem, se não nós mesmos para ouvir as nossas idéias ou imaginações um pouco assustadoras.rsrsrs...Eu penso cada coisa...Bjs
Esqueci de me identificar ontem, Silvia Muniz. Bjs Filpi.
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