quarta-feira, 1 de abril de 2009

Esquizofrenia plena!

Na minha defesa de mestrado, fui chamado de esquizofrênico. E não é a primeira vez. Lembro-me que na minha adoescência eu falava sozinho sem parar... mas não era com vozes na minha cabeça ou com um amigo imaginário. Era comigo mesmo. Eu fazia o processo de verbalizar e ouvir sem precisar da ajuda de ninguém. O problema era andar na rua discutindo comigo mesmo... Era uma prévia do comportamento contemporâneo baseado em iPods e microtelefonia.

Mas o tempo passa e comecei a verbalizar pra todo mundo ouvir. Era preciso me fazer presente e assumir posturas e atitudes frente ao mundo. Mas o mundo reagiu. Me respondeu. E nem sempre gostei da resposta (na verdade... detestei na maioria das vezes).

Aí fui pra terapia... pagar alguém pra ouvir o que eu tenho a dizer. Mas me dei conta que a pessoa que está sendo paga também fala, também responde. Às vezes é bom... às vezes dá vontade de quebrar tudo. E novamente me dei conta que as respostas podem não ser do meu agrado.

O que fazer? No momento, cheguei a conclusão que falar sozinho era bom. Eu dava a resposta que eu queria! Tem coisa melhor? E agora que estou morando sozinho tenho a oportunidade de exercitar toda a minha esquizofrenia! Viva eu!

3 comentários:

Graça disse...

Minha avó dizia que "falar com os próprios botôes" era muito saudável pois permitia a organização de pensamento.
Definitivamente ouvir vozes é uma coisa, pensar alto é outra muito positiva e nada esquizofrênico

Anônimo disse...

Humm, morando sozinho que ótimo.É uma das melhores esperiências para o ser humano.Amadurece muito principalmente os homens.
Agora, falando francamente, todos nós somos um pouco esquizofrênicos,quem nunca falou sozinho, riu sozinho e falou na frente do espelho que atire a primeira pedra. Quem, se não nós mesmos para ouvir as nossas idéias ou imaginações um pouco assustadoras.rsrsrs...Eu penso cada coisa...Bjs

Silvia Muniz disse...

Esqueci de me identificar ontem, Silvia Muniz. Bjs Filpi.