sábado, 23 de junho de 2018

COPA 2018: Nos eixos?


O grupo G sempre foi óbvio. Bélgica e Inglaterra venceriam seus jogos contra Tunísia e Panamá e disputariam a liderança no confronto direto. Caberia saber como as seleções europeias se comportariam. Só que a Tunísia não veio à passeio: embalada por uma torcida apaixonada, fez jogo duro contra os ingleses e não temeu os diabos belgas, mas pecou em erros bobos e condicionamento físico (antes e durante a competição). A Bélgica mostrou que sua geração de ouro veio mesmo marcar seu nome nessa Copa. Precisa acertar as ausências por lesão na defesa, mas deve chegar fácil nas quartas (onde pode cruzar com o Brasil, dependendo dos resultados).

Lukaku e De Bruyne
Quero ressaltar aqui o atacante belga Lukaku. Filho de imigrantes congoleses, teve uma infância extremamente difícil e sofreu MUITO preconceito dentro do futebol. Na escolinha de futebol, teve pai querendo tirá-lo de campo porque não o queria perto de seu filho. No profissional, era belga quando estava em alta, mas era congolês quando estava em baixa. Hoje é o maior artilheiro da seleção belga com uma história de luta contra o preconceito a partir de sua perseverança. Acho a Bélgica uma excelente seleção, mas não curto a postura de alguns jogadores. Porém, passo agora a torcer pelo Lukaku nesta Copa. Além disso tudo, ele não cava pênalti, curte o Brasil e fala português.

Enquanto isso, o grupo F (que cruza com o grupo do Brasil)...


Depois da vitória na primeira rodada contra a Alemanha, o México (e sua torcida) veio embalado contra uma fraca Coréia do Sul. Com maior controle do jogo, os mexicanos foram criando jogadas e amadurecendo seus gols, enquanto os coreanos corriam e batiam no meio de alguns poucos bons lances (o coreano Son é uma daquelas andorinhas). México se credenciou como uma força nessa competição.


Depois da derrota na primeira rodada para o México, esperava-se que a Alemanha viesse engolindo a bola. Até começou bem, mas teve bastante dificuldade para furar a barreira sueca e não se preparou para os contra-ataques. Alguns dizem que a Alemanha cansou de ganhar e perdeu o foco, outros que a renovação não está sendo bem feita, principalmente no setor defensivo. A Suécia eliminou Holanda e Itália (repescagem) nas eliminatórias, mas ganhou com um pênalti da Coréia na primeira rodada. O que ela tem então? Força de conjunto em marcação fechada. Os suíços ensinaram ao mundo como fazer um ferrolho e os suecos replicaram muito bem. Mas correr o tempo inteiro para se defender é exaustivo! E se defender da Alemanha? Tirando os problemas de arbitragem, esse jogo vai ser falado por anos pelos seus gols.

Isso deu uma sobrevida à Alemanha no grupo. Entendam: na próxima rodada, os alemães pegam os coreanos já eliminados, ou seja, dependem somente deles. Já México vs. Suécia será um jogo à flor da pele... A vitória do México deve levá-lo à liderança do grupo com Alemanha em segundo. Uma vitória da Suécia embola tudo, pois os três ficarão com 6 pontos e o saldo de gols fará toda a diferença. Será que México e Suécia farão um "jogo de compadres" para empatar e passar abraçados, eliminando a Alemanha? Veremos... e acompanharemos de perto porque, quem passar, vai trazer problema para o Brasil (SE a gente passar).

Nenhum comentário: