Essa frase é ótima para aqueles que acham que a vida não é boa com eles, que só exsitem obstáculos e nada para ajudá-los. Na verdade, quem deve fazer alguma coisa somos nós mesmos. Não podemos esperar que venha tudo de mão beijada.
Mas e quando as coisas são tiradas repentinamente de nós?
A crise americana fez com que mais de 70 mil agências de publicidade e design demitissem e reduzissem as áreas de criação. Com um monte de criativos soltos na praça, limonadas tinham que aparecer... Um deles (Erik Proulx, autor do blog Please feed the Animals, inciado após sua demissão da Arnold Boston em 2008) tornou-se documentarista e resolveu mostrar como a vida de 15 "desafortunados" se transformou e de como eles passaram a usar a criatividade deles para seguir novos rumos e cuidar da vida. Desde já, vale a reflexão: temos capacidade de mudar? Sabemos fazer uma limonada?
A direção é de Mark Colucci, da Park Pictures, mas ainda não tem data de lançamento. AQUI tem uma entrevista com Erik.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Independência ou...?
Independência ou Morte! (Pedro Américo, óleo sobre tela, 1888), quadro sobre o famoso mas duvidoso Grito do Ipiranga.
Em sete de setembro de 1822, o Brasil iniciava sua autonomia política mundial: era o Dia da Independência do Brasil.
Acho que a independência completa é virtualmente inexistente. Seremos sempre dependentes de algo para sobreviver em sociedade, e não estou falando das necessidades básicas do ser humano como comer, respirar etc. Falo dos contatos humanos, das emoções, do maldito dinheiro, das telecomunicações (TV, rádio, internet etc.). A figura do eremita não possui mais base... ser um indivíduo que vive isolado é (hoje) fatal e quase impossível. Até mesmo os lugares mais distantes do planeta já possuem a ciência do homem. Por essa razão que questiono a independência do nosso país, principalmente naquela época.
Mas resolvi virar essa pergunta pra mim mesmo. Desde que me entendo por gente (adoro essa frase, mas não faço idéia do momento exato), busco minha independência. Mas independência de quê, afinal? Na adolescência, é óbvio que é independência dos pais e da escola... fazer o que der na telha, sem controle, sem responsabilidade. Mas é bom não adquirir a independência nessa época ou muitas besteiras virão pela frente. Até podem ser besteiras que levam a acertos, mas o caminho fica muito mais duro.
O ideal não é ficar sem controle e sem responsabilidades, mas TER o controle e DOMINAR suas responsabilidades. É escolher por conta própria quais serão as suas dependências. Se você já tem isso, sua independência está logo ali na esquina. Talvez você até já a tenha.
Porém, tem dois elementos fundamentais e contraditórios – pois também são responsáveis por criar novas dependências: o DINHEIRO e as EMOÇÕES. Ambos potencializam tudo, podemos dar asas aos mais profundos desejos (e aos mais sombrios também). São difíceis de controlar, de dosar... mas são a chave para o que considero uma verdadeira independência hoje. Pra finalizar essa conquista, só faltaria se libertar de antigos e ultrapassados conceitos, verdades que aplicamos a nós mesmos e que já perderam o significado, mas continuam como tradição e se tornam preconceitos. Abrir a cabeça para novas opiniões e enxergar por novos olhos é encontrar a independência (e por que não, a felicidade?) a cada momento.
Dessa forma, vejo que a vida tem vários momentos de independência. Mesmo tendo que fazer concessões e criar algumas novas dependências, estou vivendo um momento importante. Agora são as dependências que EU escolhi. Por exemplo, na escola nós TEMOS que estudar, agora eu QUERO estudar. Diferença total. Acho que estou dando passos largos para tentar encontrar minha felicidade.
Então, fica a pergunta: quando você se viu independente?
Em sete de setembro de 1822, o Brasil iniciava sua autonomia política mundial: era o Dia da Independência do Brasil.
Acho que a independência completa é virtualmente inexistente. Seremos sempre dependentes de algo para sobreviver em sociedade, e não estou falando das necessidades básicas do ser humano como comer, respirar etc. Falo dos contatos humanos, das emoções, do maldito dinheiro, das telecomunicações (TV, rádio, internet etc.). A figura do eremita não possui mais base... ser um indivíduo que vive isolado é (hoje) fatal e quase impossível. Até mesmo os lugares mais distantes do planeta já possuem a ciência do homem. Por essa razão que questiono a independência do nosso país, principalmente naquela época.
Mas resolvi virar essa pergunta pra mim mesmo. Desde que me entendo por gente (adoro essa frase, mas não faço idéia do momento exato), busco minha independência. Mas independência de quê, afinal? Na adolescência, é óbvio que é independência dos pais e da escola... fazer o que der na telha, sem controle, sem responsabilidade. Mas é bom não adquirir a independência nessa época ou muitas besteiras virão pela frente. Até podem ser besteiras que levam a acertos, mas o caminho fica muito mais duro.
O ideal não é ficar sem controle e sem responsabilidades, mas TER o controle e DOMINAR suas responsabilidades. É escolher por conta própria quais serão as suas dependências. Se você já tem isso, sua independência está logo ali na esquina. Talvez você até já a tenha.
Porém, tem dois elementos fundamentais e contraditórios – pois também são responsáveis por criar novas dependências: o DINHEIRO e as EMOÇÕES. Ambos potencializam tudo, podemos dar asas aos mais profundos desejos (e aos mais sombrios também). São difíceis de controlar, de dosar... mas são a chave para o que considero uma verdadeira independência hoje. Pra finalizar essa conquista, só faltaria se libertar de antigos e ultrapassados conceitos, verdades que aplicamos a nós mesmos e que já perderam o significado, mas continuam como tradição e se tornam preconceitos. Abrir a cabeça para novas opiniões e enxergar por novos olhos é encontrar a independência (e por que não, a felicidade?) a cada momento.
Dessa forma, vejo que a vida tem vários momentos de independência. Mesmo tendo que fazer concessões e criar algumas novas dependências, estou vivendo um momento importante. Agora são as dependências que EU escolhi. Por exemplo, na escola nós TEMOS que estudar, agora eu QUERO estudar. Diferença total. Acho que estou dando passos largos para tentar encontrar minha felicidade.
Então, fica a pergunta: quando você se viu independente?
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Blog Day!
Dia 31 de agosto é considerado o "Dia Mundial do Blog", em uma referência à linguagem dos programadores, onde 3108 significa "blog" (veja a semelhança na imagem). Dizem que a história é a seguinte:
Um belo dia um israelense resolveu escrever numa folha de papel a data de 31 de agosto. Ao escrever a data na forma dia/mês/ano, percebeu que, graças à caligrafia dele, 3108 se assemelhava à palavra blog.Comemora-se da maneira que os dias atuais exige: com a indicação de cinco blogs. Desde a entrada do Google Reader na minha vida, tenha lido inúmeros blogs. O sassuntos são variados! Então, minhas indicações heterogêneas são:
- Bem Legaus!: Essa indicação é óbvia. Já está até nos links do meu blog. mas o site vale muito a pena por todas as descobertas que els fazem de coisas incríveis.
- De(coeur)ação: Como me mudei recentemente, tenho lido alguns blogs de arquitetura e decoração. Este é muito legal pelas idéias simples e originais que podem ser feitas por todos.
- Melhores do Mundo: Alguns devem saber que sou fã de quadrinhos e afins. Esse blog é divertido e tem notícias atualizadas.
- Hollywoodiano: Cinema também é minha paixão. E nas minhas navegações descobri que um amigo meu de escola virou expert e possui um blog que é referência no assunto!
- Humor é coisa séria (ou Comédia em Blog): Meu primo Kiko está morando em Aracaju e resolveu nos brindar com suas eternas pérolas em divertidíssimos posts sobre o cotidiano em geral. Risadas reflexivas certeiras.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
O preço do efêmero
Tenho pensado muito na efemeridade. Papo existencialista, não? Pois é... A semente já estava plantada, mas depois de participar da exposição do centenário de Roberto Burle Marx, – obviamente – essa semente germinou. Não vou me estender muito por aqui porque pretendo escrever um pouco mais sobre isso.
Depois de ler o livro conseqüente da exposição percebi que Burle Marx sempre trabalhou com a efemeridade dos fenômenos naturais que incidem sobre sues jardins. Ele planejava em função disso. E me dei conta de quão designer ele era. E dos bons. Burle Marx sabia dos ciclos, contava com as mudanças climáticas, se preparava para o sol e para a chuva. Seu trabalho ia do belo ao sublime.
Um dos questionamentos dessa exposição é exatamente a capacidade de Burle Marx eternizar em seu trabalho o que é efêmero. Foi nesse ponto que me dei conta que esse é o grande objetivo do design contemporâneo: ser eterno em sua efemeridade. Cartazes, folders, filipetas, sites, produtos, carros, celulares... o mundo de hoje incentiva e intensifica o consumo do novo sem se preocupar com o registro do velho. E olha que isso vem desde a década de 50 com o baby boom e a obsolescência planejada do pós-Segunda Guerra (leiam mais sobre isso na minha dissertação! hehehe).
Conseguimos traçar estilos por décadas, mas será que conseguiríamos pensar em um estilo deste novo milênio? É difícil. Voltando os olhos para o design, percebi que não se formam mais grandes nomes da área como Wollner, Burton, Aloísio, João Leite, como um dia estiveram juntos Orcar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Marx, entre muitos outros gênios como Portinari e Afonso Reidy. Dessa forma, pergunto: como se faz um grande designer hoje que será a referência do amanhã?
Quanto maior a urgência de um projeto de design, menor será o tempo para criação e muito menor ainda será o tempo de vida do projeto. Pensem, por exemplo, em design de publicações periódicas, como jornais e revistas mensais. Imaginem todo o mês (ou todo dia) ter que criar algo com resultado satisfatório em um tempo inexistente para trabalhar junto com revisores, fotógrafos, editores e muitos outros profissionais que sugam os últimos minutos de tempo para entregar o trabalho na hora, deixando uma nesga de medíocres segundos para o design. Mas e daí? Eles já fizeram a parte deles, não foi? Agora é o deisgner que se vire, certo? Sorte a nossa que ainda podemos culpar a gráfica... que claramente culpa o designer... E todo esse stress se perpetuará por todo o mês (ou todo dia) exatamente da mesma forma por algo que será descartado em poucos instantes. Esse vício da profissão é ainda pior quando os próprios designers se permitem ficar nessa situação por questões financeiras compreensíveis, porém descarregam em seus colegas de profissão. Parece que vou voltar ao meu discurso de "coloque-se no lugar do outro"... vale a pena pagar esse preço?
Estudar, pensar, registrar, escrever pode ser uma luz no fim do túnel. O design enquanto área de conhecimento precisa disso. Mesmo que o mercado não seja favorável. Para o mercado, restam as premiações como lembranças do que é bom e que pode dar mais dinheiro ou tentar entrar no mundo acadêmico com sua cultura da "quantidade sobre a qualidade" – que, ao invés de enriquecer, empobrece e emburrece.
Aos designers que passam por aqui: reflitam. Burle Marx lida com essa efemeridade com uma naturalidade ímpar, sendo capaz até de usá-la em benefício próprio. Essa virtude, pode ser a verdadeira resposta para o futuro.
Depois de ler o livro conseqüente da exposição percebi que Burle Marx sempre trabalhou com a efemeridade dos fenômenos naturais que incidem sobre sues jardins. Ele planejava em função disso. E me dei conta de quão designer ele era. E dos bons. Burle Marx sabia dos ciclos, contava com as mudanças climáticas, se preparava para o sol e para a chuva. Seu trabalho ia do belo ao sublime.
Um dos questionamentos dessa exposição é exatamente a capacidade de Burle Marx eternizar em seu trabalho o que é efêmero. Foi nesse ponto que me dei conta que esse é o grande objetivo do design contemporâneo: ser eterno em sua efemeridade. Cartazes, folders, filipetas, sites, produtos, carros, celulares... o mundo de hoje incentiva e intensifica o consumo do novo sem se preocupar com o registro do velho. E olha que isso vem desde a década de 50 com o baby boom e a obsolescência planejada do pós-Segunda Guerra (leiam mais sobre isso na minha dissertação! hehehe).
Conseguimos traçar estilos por décadas, mas será que conseguiríamos pensar em um estilo deste novo milênio? É difícil. Voltando os olhos para o design, percebi que não se formam mais grandes nomes da área como Wollner, Burton, Aloísio, João Leite, como um dia estiveram juntos Orcar Niemeyer, Lúcio Costa e Burle Marx, entre muitos outros gênios como Portinari e Afonso Reidy. Dessa forma, pergunto: como se faz um grande designer hoje que será a referência do amanhã?
Quanto maior a urgência de um projeto de design, menor será o tempo para criação e muito menor ainda será o tempo de vida do projeto. Pensem, por exemplo, em design de publicações periódicas, como jornais e revistas mensais. Imaginem todo o mês (ou todo dia) ter que criar algo com resultado satisfatório em um tempo inexistente para trabalhar junto com revisores, fotógrafos, editores e muitos outros profissionais que sugam os últimos minutos de tempo para entregar o trabalho na hora, deixando uma nesga de medíocres segundos para o design. Mas e daí? Eles já fizeram a parte deles, não foi? Agora é o deisgner que se vire, certo? Sorte a nossa que ainda podemos culpar a gráfica... que claramente culpa o designer... E todo esse stress se perpetuará por todo o mês (ou todo dia) exatamente da mesma forma por algo que será descartado em poucos instantes. Esse vício da profissão é ainda pior quando os próprios designers se permitem ficar nessa situação por questões financeiras compreensíveis, porém descarregam em seus colegas de profissão. Parece que vou voltar ao meu discurso de "coloque-se no lugar do outro"... vale a pena pagar esse preço?
Estudar, pensar, registrar, escrever pode ser uma luz no fim do túnel. O design enquanto área de conhecimento precisa disso. Mesmo que o mercado não seja favorável. Para o mercado, restam as premiações como lembranças do que é bom e que pode dar mais dinheiro ou tentar entrar no mundo acadêmico com sua cultura da "quantidade sobre a qualidade" – que, ao invés de enriquecer, empobrece e emburrece.
Aos designers que passam por aqui: reflitam. Burle Marx lida com essa efemeridade com uma naturalidade ímpar, sendo capaz até de usá-la em benefício próprio. Essa virtude, pode ser a verdadeira resposta para o futuro.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Mãe, quero brócolis!
Essa propaganda da Sustagen Kids feita pela F/Nazca é talvez a mais engraçada que já vi na minha vida. O garotinho Rafael Miguel dá o tom certo! E a chicória, pra mim, é perfeita! Excelente! E ainda fizeram um outro que não tem a mesma força, mas também é divertido:
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