domingo, 10 de janeiro de 2010

Cores e mais cores

Quem trabalha com imagens no computador sabe que a combinação das cores CMYK (cyan, magenta, yellow e black, ou ciano, magenta, amarelo e preto, as cores dos cartuchos das impressoras) se transformam em 16,7 milhões de cores RGB! Como assim??? Eu sempre desconfiei disso... afinal... eu nunca vi ou ouvi o nome desses milhões de cores e, como nossa visão é em RGB (red, green e blue, ou vermelho, verde e azul), as coisas sempre iriam funcionar diferente.

Também tem a Escala Pantone (já falei aqui) com várias cores... mas eu sou um designer, então eu queria poder usar essas cores... e não é que já estão pensando nisso? Pelo menos o designer curitibano Fernando Almeida Cavalcanti está! Ele desenvolveu uma proposta para Canetas BIC Pantone! Seria ótimo!
Mas aí eu descobri que já existe algo próximo. Bom... não chega perto de milhões de cores, mas é uma caixa de lápis de cor com 500 cores! A coleção 500 Colored Pencils foi criada pela Social Designer e possui nomes individuas e criativos para cada cor, como alface, tragédia ou chá com leite. Inclusive, existem vários brancos como o Icicle, o Cashmere ou o Névoa de Outono. Saiba que para comprar, a forma de entrega - vem do Japão - é feita em partes, 25 lápis de cada vez com diferentes soluções criativas de armazenamento que podem criar obras de arte na sua casa! Quem não quer?
Vale uma ressalva: a Faber-Castell, velha conhecida dos brasileiros, chega 120 cores e ainda tem versões metalizadas!

E vocês sabiam que a internet tem cores chamadas Websafe Colors, que são vistas da mesma forma na maioria dos computadores? São 216 cores em código que garantem uma uniformidade cromática para os sites. Para você saber se o seu site está garantido, você pode entrar no Check My Colours, uma ferramenta virtual de validação de cores do seu site. Basta colocar o endereço do site e aparecerá em segundos uma tabela mostrando todas as combinações de cores, informando se o contraste e luminosidade dos elementos estão ok e se a diferença de cor e brilho entre os elementos estão adequados. Muito legal.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Design de produto por aí

Apesar de não ser muito a minha área dentro do design, tenho que dar o braço a torcer para alguns projetos incríveis. Por exemplo:

TALHERES COM APOIADORES: A linha Elevate da Joseph Joseph é daquelas "como nunca ninguém pensou nisso?" (ou pior... como EU, designer, nunca pensei nisso???). Ao invés de apoios e suportes especiais para colocar os talheres usados durante a preparação de pratos, os irmãos Anthony e Richard Joseph criaram seis utensílios como espátulas e colheres que possuem um pequeno apoio integrado; uma espécie de degrau que mantém cada talher distante o suficiente da superfície de mesas, pias e balcões. (Do BemLegaus)

TECLADO PERSONALIZADO:
Olha onda da customização aí, gente! O Ergodex DX 1 Input System possui 25 teclas móveis possíveis de reposicionar e configurar cada uma delas como quiser. Tenho que confessar que não sei se ia funcionar tão bem assim, uma vez que já somos condicionados aos teclados QWERTYs, mas que a idéia é boa é. Principalmente para os gamers. (Do EuQueru)
CÍRCULO DE VENTO:
A Dyson resolveu mudar os ventiladores pensando fisicamente num novo sistema centrífugo. Visitem o site da empresa para entender melhor como funciona, mas que o Wind Circle Table Fan da designer Zizi Chen é bonito e diferente, ah isso é. (Do Yanko Design)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Bem-vinda, Estrela Dalva!

No início da semana, eu falei sobre a minissérie da Globo, Dalva e Herivelto, que terminou hoje. Quero repetir aqui a minha satisfação por ter acompanhado esse maravilhoso projeto. Achei tudo excelente. E o melhor foi poder conhecer mais sobre a história da música brasileira e essa incrível personagem de amor. Um amor forte, incontrolável, único, daqueles que constroem, mas também destroem. Parabéns novamente. E bem-vinda, Dalva! Que sua voz e suas músicas nos encantem novamente.

Tentando... (finalmente!)

Guarda-chuvas são meus inimigos (leia aqui). É um objeto ultrapassado, que não sofre inovações... uma arma na mão dos ébrios.

Mas parece que andam tentando - finalmente! - melhorar a peça. Vejam esse "guarda-chuva cego", criado pelo estúdio Blunt Umbrellas. Eles arredondaram as pontas pra reduzir o efeito "arma branca" que o guarda-chuva usualmente tem. Além disso, diz que aguenta ventos de 120km/h sem quebrar! Tem nas cores azul, preto e cinza, no tamanho convencional, extra large e carrinho de golfe, por uma média de 100 reais!Será que vou conseguir levantar uma bandeira branca pra isso? Vou ficar atento.

Coca-Cola é isso aí!

Ano passado falei sobre a Coca-Cola azul, uma mudança que a empresa estava fazendo para investir em um determinado público. Com isso, quis mostrar que as identidades visuais hoje em dia devem ser repensadas constantemente ao invés de seguirem os paradigmas fixos criados no século passado. E não é que a Coca-Cola continua fazendo isso, provando que realmente está bem a frente de seus concorrentes?

O escritório de design Ryan Harc (dos coreanos Ryan Yoon e Harc Lee) desenvolveu a proposta Coke Colourless em tempos do blá-blá sobre sustentabilidade e ecodesign. Uma lata sem cores (somente com relevos) economizaria na produção e na reciclagem, sem perder na beleza do produto. Se realmente preservar o planeta poderia ser uma medida PROMOCIONAL interessante, já que a Coca-Cola JAMAIS abandonará suas cores por completo. A Coca-Cola Light (prateada) e Coca-Cola Zero (preta) mantém ao menos a tipologia da marca em vermelho.Durante o Fashion Rio, agora em janeiro, a Coca-Cola Company do Brasil (braço nacional da empresa) irá lançar um novo produto com ares de inovação e evolução do mercado de refrigerantes: a Coca-Cola Light Plus. Ela terá três grandes novidades: sua composição química, o formato sleek (fino e longo com 310ml, semelhante aos energéticos) e a inserção de azul na lata prateada. Com identidade visual do escritório Ana Couto Branding Design, a lata recebeu um PLUS em azul e uma faixa da mesma cor com os dizeres "Aproveite o que você gosta. Hoje e sempre". Mas a grande evolução está no fato do produto ser vitaminado (fonte de vitaminas B3, B6 e B12 e dos minerais magnésio e zinco) e talvez, por essa razão, tenha sido alterado o formato da lata. O blog Design Informa tem mais informações sobre esse lançamento.

Não tomo refrigerantes, mas a Coca-Cola merece aplausos.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ano de Copa!

De quatro em quatro anos, o mundo fica melhor... tem COPA DO MUNDO! E esse ano tem! Um mês inteiro com as seleções do mundo disputando a taça! Por isso, resolvi postar os 16 cartazes criados por celebridade internacionais, como Marlene Dumas, William Kentridge e Romero Britto, para o Official Art Poster Edition da Fifa. Cliquem para aumentar e curtam (ignorando o specimen que aparece escrito):



Estão a venda, mas são caríssimos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Viajando na reforma ortográfica...

Continuo perdido na reforma ortográfica, mas sempre me perguntei sobre a nossa amada língua pátria. Pra enrolar mais ainda, queria divulgar a teoria de que todas as palavras terminadas em US precedido por consoante deveriam ter plural com I, assim como CAMPUS tem o plural CAMPI. Dessa forma, teríamos:
  • um ÔNIBUS = dois ÔNIBI
  • um ÔNUS = dois ÔNI
  • um TÔNUS = dois TÔNI
  • um BÔNUS = dois BÔNI (dá-lhe BBB!)
  • um ÂNUS = dois ÂNI
  • um PUS = dois PI (= 3,14...)
  • um OBUS = dois OBI (wan kenobi)
  • uma LÓTUS = duas LÓTI
  • um VÍRUS = dois VÍRI
  • fazer JUS = fazer JI
E por aí vai! Mas se querem a explicação de porque não é assim, cliquem aqui ou aqui pra entender de latim.

Cartazes sonoros

Ainda na minha luta pelo uso consciente do cartaz, achei esses incríveis cartazes feitos pela DM9DDB para a divulgação da produtora de sons Saxsofunny. Vejam o vídeo:







Bom demais!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Calendários para 2010

Vamos inovar nos calendários para este ano?
Com essa camisa, você vai marcando os dias que você a usou. Curti! (veio do Objetos de Desejo e pode ser comprada aqui)

E que tal esse com plástico-bolha, para ir estourando os dias? O problema seria querer estourar vários dias de uma vez! (veio do EuQueru e pode ser comprado aqui)

Estilo Ray-Ban

Lembra que falei aqui da customização do All Star e que agora já acontece com as Havaianas? Então... na verdade, essa onda de customização vem acompanhando os novos desejos do mercado de singularidade ao invés dos produtos de massa: é o público DIY (Do It Yourself). Quem tá nessa também é a Ray-Ban com a linha Wayfarer Colors.

A primeira linha contava com a colaboração de artistas em armações coloridas diversas. Mas agora a empresa lançou o Colorize Kit, um óculos escuro com armação branca com 4 canetinhas para customizar a armação de acordo com o estilo pessoal do comprador. E essa linha chegou ao Brasil através da Fundação Dorina Nowill para cegos. A instituição fez um leilão com modelos personalizados por artistas convidados, como Alexandre Herchcovitch, Nando Reis, João Gordo e Marina Person, entre outros. Entre no site e curta!

MITO + GRAPHOS


Tô na ativa agora com o MITO+GRAPHOS, um blog sobre mitologia mundial. Visitem-no!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Nota feliz sobre a TV aberta

Desde que surgiu a TV a Cabo e fui apresentado aos inúmeros seriados americanos, os canais da TV aberta só serviram para ver programas esportivos... até a chegada dos canais ESPN e SporTV que também reduziram meu apreço aos canais mais populares do país. Os primeiros reality shows me despertaram curiosidade suficiente para voltar a sintonizá-los... até que a internet chegou e tirou a temporalidade da programação.

No entanto, um ou outro programa especial me levava de volta (principalmente programas que envolviam humor, música ou esporte). Antigamente algumas novelas tinham temas interessantes, mas a enrolação por Ibope ou os horários que batiam com os da TV a Cabo rapidamente mudavam o meu foco. Mas nesse início de ano fiquei surpreso com dois programas da Rede Globo.

Logo no primeiro dia do ano, fui agraciado com Programa Piloto, tendo Andréa Beltrão, Alexandre Borges, Fernanda Torres e grande elenco. A sinopse:
Uma novela, seus bastidores e o tênue limite entre a ficção e a realidade. O programa vai mostrar um folhetim passado no Paquistão e seus bastidores nos estúdios de uma emissora brasileira fictícia. "Nosso objetivo é mostrar a novela dentro da novela. Queremos apresentar o trabalho que dá colocar uma história de pé, retratar esse dia a dia de uma produção. Podemos considerar o programa um filho do TV Pirata, com o mesmo tom cínico de humor", conta o autor Cláudio Paiva. Programa Piloto tem a autoria de Cláudio Paiva, colaboração de Nilton Braga, direção-geral de Maurício Farias e direção de núcleo de Guel Arraes.

O trio principal é ótimo, mas é a dupla feminina que se destaca! Fernanda Torres - apesar de seus momentos Vani (d'Os Normais) - é sempre um prazer de ver e garantia de alegria. Mas é Andréa Beltrão que mostra que tá na hora dela. Seja no teatro, no cinema ou na TV, ela dá um show imperdível. E deixa a gente com gostinho de quero mais... mas quer saber? Não quero mais não. A não ser que seja um episódio por ano, ou semestral no máximo. Se virar diário, semanal ou até mensal, pode ficar chato, gasto, sem graça.

Na semana seguinte (ontem, pra ser mais exato), a mesma emissora brindou a todos com a minissérie Dalva e Heriberto: Uma canção de amor. Um primor de adaptação, com interpretações excelentes... e isso só no primeiro capítulo! Vou acompanhar e creio que não vou me decepcionar.

As músicas são ótimas, os espetáculos tem a coordenação dos mestres Charles Moeller e Claudio Botelho, e Adriana Esteves... bom, Adriana Esteves é Dalva de Oliveira! Parabéns, Maria Adelaide do Amaral. Aliás, aqui vale uma ressalva: ela é responsável por incríveis produções, como A Casa das Sete Mulheres, A Muralha, Os Maias, JK e Queridos Amigos, entre muitos outros trabalhos. Ela tem uma novela chamada O Mapa da Mina... espero que a Rede Globo saiba que ela É a mina.

Recado a todos os canais, abertos ou não: ao invés de investir em novelas de longo prazo, invistam em produções menores e melhores. É certeza de boa audiência.

Erick Grigorovski entre nós! [atualizado]

Já falei inúmeras vezes sobre o curta de animação Uruca do meu amigo Erick Grigorovski (esse aí do desenho auto-retrato!). E falarei quanto mais for necessário porque começou querendo animar a platéia do Odeon durante a 8ª Mostra de Filmes de Montanha no Rio. O filme acabou levando dois prêmios no festival, incluindo o de melhor filme, o que motivou a tentativa em outros festivais. Resultado? A aventura foi exibida em mais de trinta festivais em 15 países, foi premiado 7 vezes (4 internacionais), recebeu 23 indicações a prêmios, além de ser a primeira produção nacional selecionada para a Banff World Tour, o que pode significar exibições em todo o planeta chegando a 577 mostras! Veja o que eu escrevi sobre o Uruca aqui e depois entre no site dele pra poder ver ainda mais!

Agora ele tá trabalhando numa nova animação chamada Entre nós, no mesmo estilo do Uruca, que está sendo produzido desde setembro de 2008, e também retrata o mundo do montanhista, mas de uma forma bem diferente da anterior. Veja o trailer:

A pedidos, a sinopse:
Entre nós narra o drama vivido pela adolescente Luísa, durante o feriadão em que seu pai e parceiro de escalada, Aurélio, sofre um sério acidente, enquanto os dois escalavam uma grande montanha na serra. O experiente escalador despenca por centenas de metros, e some no meio da vegetação e da neblina. Longe de auxílio, sozinha e no meio de uma tempestade gelada, a menina precisará reunir todas as suas forças para escapar com vida. O filme busca narrar em seus 15 minutos a história da forma mais universal possível, com as imagens e a música, eliminando os diálogos e as barreiras da língua.
Show! Fique ligado para saber mais sobre essa nova animação desse talentoso designer.

Pássaros gráficos

O designer americano Josh Brill criou cartazes de pássaros para catálogo e identificação. Mesmo que não possuam todos os requisitos técnicos de uma ilustração científica, as imagens são graficamente lindas! São três séries: Flora Fauna: Birds editions, Flora Fauna: Winter editions e Extinct editions.




As imagens estão a venda pelo site de sua empresa a Lumadessa - que significaria "aventura iluminada" (mistura de luminous e odissey) - e 5% dos lucros vão para instituições de proteção aos animais. Continuo dizendo: cartaz é especial. Nesse caso, é arte.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Já vou começar o ano com design, porque é assim que deve ser... Vejam esses cartazes do designer turco Ersin Han Ersin. Sua série I hate 2D posters utiliza dobras e cortes para dar tridimensionalidade ao que é usualmente bidimensional:

Incrível, não? Acho cartaz uma mídia excelente, mas muito pouco trabalhada no Brasil. Os investimentos e os espaços de divulgação são poucos. Acho que cartazes como esses poderiam despertar ou reavivar um desejo por aqui.

Deus é carioca e o Cacique Cobra Coral é sinistro!

Esqueci de falar duas coisas sobre esse fim de ano: primeiro, que Deus deve ser carioca... afinal, mesmo com todos os problemas, o Rio de Janeiro se tornou a cidade mais alegre, a cidade olímpica de 2016, a cidade da final da Copa do Mundo de 2014, a cidade com melhor turismo gay, a cidade do Stallone, do Jude Law, do Hugh Jackman, do Tom Cruise, da Mariah, da Madonna e até do Jesus (Luz)! Parece que voltamos aos holofotes internacionais...

Agora... pode ter gente dizendo que Deus é carioca porque não fez chover no reveillon... mas eu acho que sinistro mesmo é o tal Cacique Cobra Coral... a entidade falou que não ia chover no Reveillon e não choveu mesmo! Pena que ele teve que sacrificar umas vidas pra Tupã se acalmar... E fiquem sabendo: a entidade (através de sua Fundação) vai prever os próximos apagões e problemas "hidrometeorológicos"... é sinistro, ou não é?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

MMX

E chegou 2010! Pelo que entendi, será um ano intenso pra todos, como ondas no mar, às vezes calmo, às vezes turbulento, mas sempre em movimento. Caberá a nós pegar um jacaré um tomar um saco. É ano de Vênus, de Oxalá, do Tigre de Metal. Só espero que esse tigre seja como o Haroldo...

Aproveitei esse momento de balanço e promessas para rever o meu blog. Havia dito que o ano de 2009 seria o ano de acontecer... e depois me dei conta que essa foi minha mensagem para 2010. Redundante? Não. Reincidente. Quero que esse ano continue no caminho de 2009 que – apesar de alguns percalços – foi muito bom. No balanço que fiz dos meus 30 anos, dei uma prévia do que foi e os seis meses seguintes mantiveram o ritmo fluido. O mundo continuou com seus altos e baixos e a natureza deu o seu recado com mais veemência. Os políticos continuaram decepcionando (né Lula, Obama, DEM...), mas o meu Flamengo não (mais aqui)!

Hoje tenho a impressão que vivo num grande quebra-cabeças sem fim: várias peças vão se juntando, tirando o lugar de algumas que estavam erradas, sempre com o objetivo de chegar a algumas conclusões, mas nunca ao resultado final. E acho que o importante desse meu quebra-cabeças é não concluí-lo. É manter as pontas soltas, adicionando cada vez mais peças e, até mesmo, deixando algumas abertas para que se mantenha a eterna busca pelo melhor.

ps.: pra quem não entendeu, MMX é 2010 em números romanos.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Aconteça!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Imagine

Uma das letras mais perfeitas que já foram feitas com uma melodia de tirar o fôlego. Essa é Imagine, escrita pelo beatle John Lennon em 1971 que chegou a ser definida como a terceira melhor música de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Vejam a letra:

Imagine there's no heaven / It's easy if you try / No hell below us / Above us only sky / Imagine all the people / Living for today
Imagine there's no countries / It isn't hard to do / Nothing to kill or die for / And no religion too / Imagine all the people / Living life in peace
You may say, I'm a dreamer / But I'm not the only one / I hope some day / You'll join us / And the world will be as one
Imagine no possessions / I wonder if you can / No need for greed or hunger / A brotherhood of man / Imagine all the people / Sharing all the world
You may say, I'm a dreamer / But I'm not the only one / I hope some day / You'll join us / And the world will be as one

Imagine que não exista nenhum paraíso / É fácil se você tentar / Nenhum inferno abaixo de nós / Sobre nós apenas o firmamento / Imagine todas as pessoas / Vivendo pelo hoje
Imagine que não exista nenhum país / Não é difícil de fazer / Nada pelo que matar ou morrer / Nenhuma religião também / Imagine todas as pessoas / Vivendo a vida em paz
Você talvez diga que sou um sonhador / Mas eu não o único / Eu espero que algum dia você junte-se a nós / E o mundo viverá como um só.
Imagine nenhuma propriedade / Eu me pergunto se você consegue / Nenhuma necessidade de ganância ou fome / Uma fraternidade de homens / Imagine todas as pessoas / Compartilhando o mundo todo
Você talvez diga que sou um sonhador / Mas eu não o único / Eu espero que algum dia você junte-se a nós / E o mundo viverá como um só.

Aí vem o novo seriado da Fox, Glee (sobre corais escolares) e manda o elenco cantar junto com um coral de surdos (Haverbrook Deaf Choir)! É absolutamente divino. Prepare-se para se emocionar:

FODA! Pode enxugar as lágrimas para imaginar um mundo melhor.

Fedex

Achei legal essa propaganda do Fedex feita pela BBDO de Nova York.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Aos poucos...

Demorou, mas acho que agora vai. Devagar, mas vai.
www.filipechagas.com

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O tamanho de uma exposição

Hoje estava pensando sobre o tamanho das exposições que normalmente são realizadas por aí. Com aquele papo de sempre que o mundo está muito acelerado e as pessoas não tem tempo pra nada e que a tecnologia está mudando tudo, será que não deveríamos reavaliar a forma das exposições? Não digo levá-las exclusivamente para o mundo virtual, porque acredito na presença e na interação observador e objeto e duvido das condições de manutenção tecnológica. Reflito sobre a forma como os conteúdos são apresentados.

As grande exposições podem ser cansativas nos dias atuais. Excesso de acervo e de texto podem atrapalhar um projeto e acho que um curador tem que ficar atento a isso. Há alguns anos fui curador e coordenador de design da exposição Jogos de Damas - Perfis femininos na história republicana (Museu da República e Palácio do Planalto) e o material que tinha em mãos era extenso. A idéia de abordar não só as primeiras-damas, mas também mulheres brasileiras importantes, aumentou os contornos da exposição. Tomando como partido um mosaico colorido de quadrados, dispusemos imagens, textos e acervo de forma cronológica, mas que oferecia a possibilidade dos visitantes obterem a informação que achem necessária. A exposição por si só já dava o clima necessário para seu entendimento. Mas no fim, se pensarmos na totalidade da exposição, ou seja, se alguém resolvesse ler e ver tudo que era oferecido, ela era grande e até mesmo cansativa.

Por isso acredito que a grandiosidade de uma exposição deve ser diretamente proporcional ao artista/coletivo e à sua produção. Matisse, Rodin, Burle Marx e os artistas russos tiveram exposições enormes, todos com sucesso de público. São obras e histórias que praticamente falam por elas mesmas. É muito mais contemplação do que ação educativa. Os textos eram reduzidos e ampliavam o conhecimento. Poucos recursos audiovisuais, concentrados em alguns vídeos que o visitante decidia se queria ou não ver (se teria tempo ou não de ver).

Uma seleção bem feita de obras, textos suscintos e claros e recursos audiovisuais na medida podem parecer itens óbvios, mas são fundamentais e muitas vezes não seguidos em montagens de artistas desconhecidos, de pouco reconhecimento ou de resgate de importância. Cito a contraposição entre as exposições que estão hoje na Caixa Cultural do Rio de Janeiro como exemplo: Wifredo Lam: Gravuras, Bandeira de Mello: "Eu existo assim", Coletivo Potiguar: Imagens da esquina do Brasil e Propagandas de cigarro: Como a indústria do fumo enganou as pessoas.

A exposição do Lam tem o objetivo de homenagear esse artista cubano, apresentando mais de uma centena de obras. Só que ficou a pergunta: precisava disso tudo? O trabalho selecionado e forma disposta em quadros deu a impressão de que seu trabalho é "mais do mesmo". Será que se a exposição não fosse um pouco reduzida, com uma seleção mais rígida de trabalhos não teríamos uma referência maior de sua importância? Creio que sim, até porque, na sala em frente, a homenagem feita a Bandeira de Mello nos serve como prova. Pinturas, desenhos à carvão e crayon, uma linha do tempo e um número (bem) menor de projetos nos levam a conhecer melhor o artista e passamos a admirar sua técnica e suas obras.

A exposição do Coletivo Potiguar certifica minhas idéias e começa a introduzir a questão das novas formas de apresentação do conteúdo. Nove artistas expõem uma média de cinco fotografias representativas de seu trabalho. Um pequeno texto serve de legenda para a seleção e para o próprio artista. Rápido, direto, claro, suscinto, assim como a exposição de propagandas de cigarro toda feita em painéis. Se não fosse a tradução (necessária) dos textos publicitários, a exposição cairia como uma luva no que acredito seja uma nova forma contemporânea de expôr.

Sem querer tirar o lugar das grandes e magníficas exposições, será que a contemporaneidade não está pedindo esse tipo de formato de exposição? Direta, objetiva, de captação rápida da mensagem e do conhecimento, com temas intrínsecos às particularidade contextuais? Acho que sim. A linguagem tecnológica (e não somente os seus recursos) pode ensinar alguma coisa. Além de designers, curadores e colecionadores, acho que os patrocinadores e idealizadores devem refletir sobre isso.

Um adendo sobre a exposição do Bandeira de Mello, o qual não conhecia: os projetos "inacabados" do artista me causaram a mesma reação que tive na exposição de Margareth Mee. Fiquei impressionado com a genialidade da técnica. Só achei uma pena que, no vídeo que passava, eu ouvi a seguinte frase dele: "Quem não sabe desenhar, não pode entender a forma". Será que preciso entrar num curso de desenho urgente? Acho que não. Eu não desenho da forma que ele quis proteger. Eu desenho na mente.

Um outro adendo... bem repetitivo: como é bom passear pelo centro do Rio e ter tantas exposições de graça para visitar. Não vou me cansar de falar isso. E a Caixa Cultural está se tornando meu local preferido, sempre com várias exposições interessantes, instigantes e educativas ao mesmo tempo!