sexta-feira, 11 de março de 2011

O Peru tá com tudo em cima!

Guardadas as devidas piadinhas infames com o título, o Peru (país) apresentou ontem sua nova marca-país, evocando as famosas Linhas de Nazca.




Tem tipografia própria! É 2D (podendo virar "3D-escultura"...)! É monocromática (podendo absorver qualquer cor, até mesmo um "degradé-multicor")! É EXCELENTE!!! INCRÍVEL!!!

E você lembra da marca antiga? Entra neste post que escrevi há um tempo atrás e veja as marcas-países e aproveite para chorar (e muito!) com a "ameba" do Brasil...

Oceano PACÍFICO?


Terremotos, tsunamis, vulcões e furacões... esse é o Oceano -dito- Pacífico. As imagens em tempo real da tsunami são assustadoras! Força aos japoneses!!!

COMUNIDADE

COMUNIDADE

quinta-feira, 10 de março de 2011

A voz real

Fechei meu carnaval com uma chave real: fui ver O Discurso do Rei (The king's speech, 2010). Apesar de ter saído impactado do Cisne Negro, não tinha como tirar o Oscar desse filme. É muito bom!

Na trama, vemos o príncipe Albert, segundo na linha de sucessão ao trono, com sua gagueira e pavor de falar em público - uma condição obviamente terrível para uma pessoa pública que tem papel de liderança e inspiração para uma nação. Passamos por períodos importantes da história mundial e vemos a ascensão de Albert ao trono inglês com grande ajuda do "terapeuta da fala" Lionel Logue. Vemos a força da família real e a amizade formada entre esses dois homens.


O Oscar de melhor ator para Colin Firth foi certeiro também. A agonia da gagueira atravessa a telona num mar de pena e ansiedade. Sua elegância e postura já deveriam ter sido premiadas no ano anterior. Agora... como assim Geoffrey Rush não ganhou TODOS os prêmios??? Eu não vi O Vencedor (The Fighter, 2010), que tinha Christian Bale levando todos os prêmios na categoria Ator Coadjuvante. Então, fica difícil opinar, mas imagino que o trabalho dele esteja sublime, porque Geoffrey beira a perfeição! Ele aparece e rouba TODAS as cenas! Seu persongaem é muito bem construído e o ator dá um credibilidade e um força indescritíveis! Ele começa a entrar no meu hall pessoal que só tem Meryl Streep.


Outro Oscar que o filme levou foi para Roteiro Original e esse eu louvo. Uma das coisas que não saía da minha cabeça ao final do filme é como uma passagem importante da história mundial tem tantos detalhes e meandros interessantes que podem gerar histórias interessantíssimas! Inclusive, o "rei" Colin Firth fala algo desse gênero no filme, quando cita que as pessoas esquecem que a realeza também é humana, mas ninguém se interessa muito pelas histórias deles. O carinho que vemos dentro da família real (protagonizado por Helena Bohan Carter num papel "normal" e suas filhas) também é surpreendente quando estamos acostumados com a frieza inglesa (que também aparece na morte do Rei George V).


Espero que essas histórias abram novos caminhos no cinema.

sábado, 5 de março de 2011

A festa vai começar!



Já pintou verão
Calor no coração
A festa vai começar
Salvador se agita
Numa só alegria
Eternos Dodô e Osmar

Na avenida Sete
Da paz eu sou tiete
Na barra o Farol a brilhar
Carnaval na Bahia
Oitava maravilha
Nunca irei te deixar, meu amor
Eu vou
Atrás do trio elétrico vou
Dançar ao negro toque do agogô
Curtindo minha baianidade nagô

Eu queria
Que essa fantasia fosse eterna
Quem sabe um dia
A Paz vence a guerra
E viver será só festejar

(Baianidade Nagô, da Banda Beijo)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Arte brasileira do século XIX ao XXI

Estou atarefado e não pude comentar sobre meu passeio no final de semana ao Museu Nacional de Belas Artes e à exposição coletiva A Cara do Rio, no Centro Cultural dos Correios. Então aqui vai...

MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES
Você já foi? Sim? Vá de novo! Ainda não? Tira a bunda da cadeira e vá! Fechada para obras de reforma desde 2008, a Galeria de Arte Brasileira do Século XIX está incrível! Restaurações excelentes! Tem quadro parecendo que acabou de ser pintado! A museografia está muito bem feita com uma cronologia que faz a gente ver uma evolução de nossa arte. Os destaques acabam sempre ficando para os gigantescos quadros de Pedro Américo, a Batalha de Avaí e a Batalha dos Guararapes, mas as obras de Victor Meirelles são deslumbrantes (como A primeira missa do Brasil)! O próprio Pedro Américo tem outros obras incríveis!


E o MNBA ainda tem um circuito com arte brasileira do séc. XX com Di Cavalcanti, Portinari, Anita, Tarsila, Guignard, Goeldi, Chagall e muito muito mais! E fecha com um circuito do séc. XXI onde vemos o que a arte brasileira anda produzindo.

Fora isso, temos as galerias com réplicas de esculturas gregas e com esculturas estrangeiras, e as exposições temporárias Gullar 8&80 (sobre Ferreira Gullar), Mapa da Mina (de Alex Flemming) e Nidus Vítreo - Diário de Cheiros (de Josely Carvalho. Programão!


A CARA DO RIO
No último sábado, foi a abertura da exposição A Cara do Rio - da minha janela, no Centro Cultural dos Correios, evento que faz parte da oitava edição do projeto “A Cara do Rio”, que anualmente homenageia a cidade com alguma atividade artística. A mostra reúne 110 obras - entre fotografias, pinturas ou esculturas - que retratam paisagens cariocas vistas através de janelas, com curadoria de Marcelo Frazão. Katia Politzer, professora e coordenadora da escola onde trabalho, está com a bela obra em vidro Tatuagem exposta. A diversidade é muito interessante e vale a pena. A exposição é gratuita e fica aberta até 3 de abril.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Problemas olímpicos internacionais

Vejam como uma identidade visual pode causar incidentes internacionais...

O Irã protestou ante o Comitê Olímpico Internacional (COI) contra a marca oficial dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, alegando que é racista, porque nele pode ser lida a palavra "Zion" (Sion, em inglês), que remete à nação judaica. A desde-sempre-controversa marca tem o objetivo de estilizar o número 2012, mas indicou a pior avaliação possível para 80% do público inglês quando souberam que custou mais de R$1 milhão (queria ver essa pesquisa com a marca da Copa 2014...)! O Irã diz que pode boicotar o evento se as devidas providências não forem tomadas.
Cá entre nós: a marca de 2012 é tão esquisita que ia acabar dando problema mesmo. Tudo bem que o presidente iraniano parece gostar de fazer uma polêmica internacional, mas não esperava algo desse tamanho. Na verdade, essa marca não deveria ter saído. Era preciso uma revisão severa de design. Ou, então, um argumentação teórica que defendesse essa marca de qualquer crítica. Dizer que é "moderno, audaz e ágil" não quer dizer absolutamente nada.

E hoje foram anunciados os três mascotes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia em 2014, que foram escolhidos por voto popular. Mas parece que naquela nação-que-já-foi-socialista o povo não tem mais tanta razão. Pra começar, o presidente russo Dmitry Medvedev está questionando a legitimidade da eleição depois que um personagem (o Papai Noel russo Ded Moroz) "sumiu" da disputa. Já o político ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky, candidato à presidência nas últimas eleições, diz que todos os três são um insulto para a Rússia. E, pra finalizar, o ilustrador Victor Tchijikov, criador do urso Misha das Olimpíadas de 1980, diz que o urso é uma exploração do seu design.
Cá entre nós: Pra mim, o Leopardo das Neves seria o suficiente. Mas parece que o premiê Putin andou enaltecendo a mascote e aí "de repente" ele ganhou. E outro cá entre nós... esse urso é A CARA DO MISHA! Nós acabamos de sair de uma discusão sobre Plágio vs. inspiração com a marca dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 da Tátil e - creio eu - que fica fácil de entender essa diferença. Mas esse ursinho tá meio brabo... por isso que repito: só o Leopardo era suficiente. Se o felino deu problema político, ficassem com a Lebre e ponto final.
Aos que estudam e fazem design, fica a lição que toda identidade visual tem que ser muito bem feita e argumentada para evitar constrangimentos internacionais ou acusações indevidas. Para os que precisam/contratam design, fica a lição que sua marca é um patrimônio importante e que precisa estar nas mãos de profissionais sérios e corretos, independente do valor.

PS.: Recolhi ambas as informações no site da Folha de São Paulo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Visão além do alcance

A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (ou audiolivros, que são livros para cegos, deficientes visuais - até mesmo os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmente gratuita sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. Para ter acesso, basta se associar na sede situada à Rua Primeiro de Março 125, Centro (Rio de Janeiro), mas não é exclusivo para moradores da cidade. Pode solicitar o livro pelo telefone (21 - 2233-8007), escolhendo o título pelo site, e é enviado gratuitamente pelos Correios.



A maior preocupação da instituição é apresentar bons resultados para que o governo continue ajudando. Eles precisam atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar desse incrível serviço. Portanto, eles não precisam de dinheiro, mas de divulgação.

Sei que este blog não segue as leis internacionais de acessibilidade na web para que pessoas com deficiência visual possam lê-lo. Mesmo assim, espero que este post se espalhe ao máximo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O império do efêmero

Esse é o título do livro do filósofo francês Gilles Lipovetsky que levei 7 meses pra finalizar! Ele não é a razão da minha ausência por aqui, não... estou atarefado mesmo. Mas é um livro muito difícil de ler. Vou explicar o porquê...

Parágrafos que se arrastam por duas ou três páginas. Frases que são um parágrafo inteiro. Orações sem verbo. Somando isso tudo a uma prolixia de palavras redundantes e tiradas do fundo dicionário sem a menor necessidade, o livro se torna um parto doloroso de se ler. O que faz continuar é realmente o assunto (e subtítulo): a Moda e seu destino nas sociedades contemporâneas. Revisitando a história do frívolo e do efêmero através da moda, Lipovetsky faz reflexões que ultrapassam a lógica do diferenciamento social e confere à moda um caráter quase libertário, fazendo dela um prenúncio das sociedades democráticas. E essa "empolgação" com a moda é defendida com unhas e dentes!

É interessante dizer que, apesar do livro ter sido escrito em 1987, muitas de suas reflexões ultrapassam mais de 20 anos e se mantém vivas, quase premonitórias. Descobri que ele gerou muita polêmica com o livro, sendo duramente criticado por um lado e transformado em guia da década por outros. Eu concordo com o segundo grupo... ele deveria ter sido leitura obrigatória na época, não só para situar as pessoas, mas também para prepará-las para o que poderia vir... e acabou vindo! Sugiro a leitura da curta entrevista que ele deu para a revista Moda Brasil em 2002, reposicionado e revisitando alguns pontos.

A efemeridade me interessa, então, para mim, o livro é muito bom. Mas fico imaginando que se ele tivesse sido melhor escrito (ou traduzido), O Império do Efêmero teria um alcance bem maior. Portanto, Companhia das Letras, sugiro uma segunda edição revisada e melhorada (nada de reimpressão ou edição de bolso), porque essa edição já passou do ponto e está se tornando um paradoxo: ela precisa da efemeridade!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

IRÃ. IRÁ? IRA!


PS.: Em breve, volto com a programação normal...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É praticamente isso...


A diferença é que não peço pizza, faço um sanduíche.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Coincidências nominais (?)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

PQP!

Nem bem postei os trailers e vejam o que me aparece:



Vão mudar tudo que a gente já viu... mas me deixou mais tenso!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Avante!







Thor (Thor), Lanterna Verde (Green Lantern) e Capitão América (Capitain America - The First Avenger) estreiam no Brasil 29 de abril, 17 de junho e 29 de julho, respectivamente. Tô tenso!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Seu arquiinimigo pode ser você mesmo


Ontem vi o tão falado e aplaudido Cisne Negro (Black Swan, 2010). Eu mesmo já estava empolgado em novembro do ano passado quando vi os belíssimos cartazes que fizeram para o filme. Mas, como sempre, as altas expectativas atrapalharam um pouco. Saí do filme sem saber o que achei, tentando digerir tudo. Balé é um coisa bela que nos oferece imagens bonitas, mas o filme é tenso, forte, visceral, até com momentos de terror. Eu acho que agora estou começando a receber a verdadeira mensagem por trás de tudo. É o um filme bem interessante. Prato cheio pra psicólogos, psiquiatras, analistas, terapeutas... etc.

Bom... não dá pra falar do filme sem entregar alguma coisa. Mas, na verdade, se você conhece a premissa básica do clássico balé O Lago dos Cisnes, você sabe mais ou menos o que vai acontecer. Aliás, o proprio filme cita umas três vezes a releitura que está sendo feita do balé pra avisar a você exatamente o que está por vir. Então, não espere um final surpreendente. Mas o filme tem sido classificado como um thriller psicológico e é aí que está o tchan do filme.

Em busca da perfeição, uma insegura e frágil Natalie Portman (a bailarina Nina) encontra a perdição e nós somos os espectadores dessa estrada fatal. Após a aposentadoria forçada da bailiarina principal (Wynona Ryder), ela é escolhida pela primeira vez a ser a protagonista da companhia na releitura d'O Lago dos Cisnes. A pressão pela perfeição é reforçada por sua mãe (Barbara Hershey), mas colocada em cheque pelo sedutor diretor da companhia (Vicent Cassel) e por sua espontânea rival (Mila Kunis). E isso gera um universo paralelo na cabeça da bailarina que se vê no meio de uma transformação em um cisne real (a la A Mosca). Esse universo paralelo objetiva nos deixar em dúvida durante o filme: o que é real? O que é imaginação? Ela está louca? Ela está com a razão? Mas no fundo, no fundo, é possível distinguir esses momentos. O vilão aqui é o subconsciente.


As atuações, pra mim, estão muito boas. Não sei se dignas de Oscar porque não vi os outros concorrentes, mas Natalie Portman realmente está fora da escala. Sua mãe e sua rival estão no tom perfeito para compor e empurrar Portman a perfeição/perdição (e ao prêmio?). A cena do Cisne Negro é realmente o ápice do balé, da direção, da fotografia e da personagem. Belíssima.


Mas, como eu já disse, saí tenso do filme. Achei várias mensagens péssimas: pra você ser alguém na vida, você precisa se ferir (essa eu ainda não engoli)??? Para a mulher ser alguém, ela precisa de um orgasmo (de preferência lésbico)??? Mas depois de uma pizza, algumas horas de sono e outras de exercícios, dei uma boa reavaliada.

Acho que a verdadeira mensagem do filme é que nós somos nossos próprios obstáculos. Talvez muitos de nós não consigamos atingir nossos verdadeiros potenciais porque nós mesmos não deixamos. Travados por inúmeras razões, devemos avaliar até onde poderíamos ser mais, muito mais. Seu arquiinimigo pode ser você mesmo.

Pense nisso (mas, POR FAVOR, sem se ferir fisicamente no processo).

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma verdade

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

De onde vem os mitos?

A revista digital Revolutionart Magazine lançou hoje sua edição 28 com o tema Mitos e Lendas.


Ela é em PDF e seu download é gratuito. Seu objetivo é ser uma plataforma revolucionária, uma propaganda massiva para comunicar mensagens globais e fazer as pessoas pensarem. Quer servir como uma fonte de inspiração para artistas, modelos, publicitários, fotógrafos, designers e comunicadores em geral que desejam explorar novas alternativas de expressão por meio de amostras de design gráfico, fotografia, ilustração, anúncios, moda, música e geral das artes visuais.

Eu tô lá pela página 75 com o trabalho De onde vem os mitos! E pra quem (ainda) não sabe, eu tenho um blog de mitologia: Mito+Graphos!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cansei...

ARRANQUEM O SiSU! (arran... quem?)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Guarda-chuva MESMO!

Eu sei que tá o maior sol no Rio após a tragédia do início do ano. Mas finalmente encontrei coisas interessantes a se falar sobre guarda-chuvas. Claro que nenhuma delas é para extinguir essa arma branca, mas já é alguma coisa.

São ambas sobre sustentabilidade, ou seja, aproveitamento da água. A primeira é o Cavity Flowerpot, da designer Merve Sarisin, que nada mais é do que um criativo vaso onde você coloca seu guarda-chuva molhado e a água é aproveitada para as plantas.


E a segunda FINALMENTE faz juz ao nome: é o Raindrop, criado pelo designer holandês Bas van der Veer, que fica nas calhas e REALMENTE GUARDA A CHUVA! Tem regador e torneira! O projeto foi premiado e já possui uma versão mini.


São coisas que me fazem acreditar que ainda temos jeito.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O mundo mágico de Escher

Outro mundo (xilo, 1947), uma das mais incríveis!

Inaugurou no CCBB do Rio a mais completa exposição dedicada ao artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972), com mais de 90 obras entre gravuras originais e desenhos, incluindo TODOS... eu disse TODOS os trabalhos mais conhecidos dele! E detalhe: depois desse passeio pelo Brasil, as obras voltarão para o Haags Gemeentemuseum (Museu Municipal de haia) onde ficarão pelo menos 4 anos guardadas! A exposição ainda conta com atividades interativas, instalações com ilusão de ótica, animações ilustrativas e um filme "3D" que ajudam a exemplificar (e explicar) a obra de M. C. Escher (são 10 minutinhos válidos, mas são 3D de animação e não do uso desnecessário do óculos oferecido).

Especialista em xilogravuras e litografias, Escher se tornou conhecido por sua grande capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos de ilusões óticas. Seu objetivo era expressar a combinação entre eternidade (perspectiva / espaço) e infinito (ladrilhamento / tempo).
Talvez eu esteja sempre em busca do espantoso e, por isso, procure apenas provocar o espanto no espectador". M. C. Escher
O nome da exposição não podia ser melhor e, por essa razão, o repeti no título deste post. Escher nos propõe que o mundo na arte pode ser diferente. Mesmo em suas primeiras gravações da natureza italiana (1922-1935), percebemos uma necessidade de encontrar os grafismos e as geometrias no realismo das imagens.

Torre de Babel (xilo, 1928), Roma noturna: Coluna de Trajano (xilo, 1934) e Mar fosforecente (lito, 1933)

Autorretrato em esfera espelhada (lito, 1935)

A partir de 37, Escher encontra um novo ponto de vista ao recombinar o tempo e o espaço em imagens que buscam um estranhamento do realismo cotidiano universos paralelos são criados, o impossível torna-se visível.

Desenhando (lito, 1948)

Subindo e descendo (lito, 1960), Belvedere (lito, 1958) e Cascata (lito, 1961)

Relatividade (lito, 1953)

Surgem também suas experiências com o ladrilhamento e a metamorfose - que eu tive que fazer no primeiro ano da faculdade! - depois de ver os incríveis mosaicos mouros de Alhambra.

Dia e noite (xilo, 1938)

Céu e água (xilo, 1938) e Limite circular IV (xilo, 1960)

Durante muito tempo, o meio artístico achava que Escher apenas brincava com a matemática, tanto que, sempre foi mais fácil encontrar suas imagens em departamentos de ciências exatas do que em um museu. Só em 68, com uma retrospectiva de seu trabalho no Museu Municipal de Haia, que Escher começou a ser visto como um artista moderno. Aliás, é importante dizer que muitos verão a obra de Escher como algo bobo, facilmente criado em computador (veja o filme "3D"). Mas é preciso lembrar que tudo que é visto nesta exposição foi feito a partir de um bloco de MADEIRA OU PEDRA! O cara concebeu tudo numa prancheta e gravou!!! Ele desenha MUITO!

A exposição é imperdível. Emocionante. Temos algumas boas cenografias (como a casa no átrio) e o bom uso da tecnologia audiovisual. Eles podiam ter aberto a última sala para dar mais espaço para as holografias e fazer uma exposição com um final. Não sou fã de exposições que terminam e a gente tem que voltar tudo para poder sair... mesmo assim... JÁ PRA LÁ!!! Fica até 27 de março e é DE GRAÇA!!! (PS.: garanto que essa exposição vai estar constantemente lotada. Se puder, evite fins de semana. E reze para não cruzar com excursões escolares! Aliás... lanço aqui uma campanha: NÃO GRITEM EM MUSEUS!)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A ação do designer


Para ajudar à região serrana do Rio de Janeiro, o designer Leo Conrado resolveu doar, entre outras coisas, o seu trabalho: criou o poster acima com o objetivo de estimular ainda mais a mobilização da sociedade e montou o blog www.ajude.net reunindo algumas informações que encontrou sobre como ajudar.

Leo estudou comigo na ESDI e fundou em 2007 - ao lado de Gabriela Rocha - a Gecko Stickers, empresa de adesivos para paredes e superfícies, que também faz projetos personalizados de ilustração e design. Seu catálogo possui mais de 150 desenhos e produtos descorativos que podem ser vendidos para o mundo inteiro! São figurinha certa em eventos como o Casa Cor!

Excelente!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sobre a tragédia da Região Serrana no Rio...

LUTO - LUTA (Clique para aumentar e não esqueça de doar)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Na veia!


Víciooooo!!!

sábado, 15 de janeiro de 2011

1, 2, 3...

E não é que hoje este blog completa 3 anos?

Ano passado eu fui a uma exposição e ao cinema para escrever aqui. E este ano eu fui a Caixa Cultural (preciso repetir como o lugar é bom?) ver quatro exposições: Richard Wright - Este outro mundo (em homenagem aos 50 anos de morte do escritor norte americano que me deu a incrível frase que postei ontem), Zaluar - Rigor e Sensualidade (com obras do brasileiro Abelardo Zaluar que eu desconhecia e fiquei feliz em ser apresentado), Coração em paz (com quadros bordados lembrando Portinari) e Galeria Caixa Brasil - Obras selecionadas.

Não tenho conseguido manter o blog como gostaria porque - além da vida estar corrida e atarefada - tenho outros blogs pra atualizar, né? Pra quem ainda não conhece, visite o Mito+Graphos (sobre mitologias de todo o mundo e, no momento, um "destrinchamento" do livro e do filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios) e o H+Min+Sec (sobre relógios diferentes).

Mas vamos que vamos porque tenho idéia para outros blogs (!!!)... hehehe

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A refletir...

Minha cor não é o meu país.
Eu sou um ser humano antes de ser um norte americano.
Eu sou um ser humano antes de ser negro.
E se eu lido com os problemas raciais, é porque estes problemas foram criados sem o meu consentimento e permissão.
Richard Wright, 1960.

Me lembrei de um texto bem antigo que coloquei aqui sobre a cor dos homens.

Reflitamos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Construção coletiva do self

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

"Precisamos revolucionar nosso pensamento visual"

Titulei esse post com essa frase perfeita de Aleksandr Ródtchenko (1891-1956). Mas fiquei entre essa ou "Nosso dever é experimentar", que também é excelente! Ambas estão na exposição Aleksandr Ródtchenko: Revoluções na Fotografia que fui ver hoje no Instituto Moreira Salles.

Com cerca de 300 obras, entre fotografias, fotomontagens e o essencial da produção gráfica do artista russo (capas de livro, revistas e cartazes), a exposição parece revelar como o artista produzia e pensava. Vocês já devem saber que sou fã das manifestações gráficas russas (lembram da Virada Russa no CCBB? Aqui e aqui!), então podem imaginar que achei incrível! Chega a parecer fácil fazer design. É um simples bem feito, bonito. Grafismos puros!


Tem uma sala com várias fotos "tortas", quer dizer, várias fotos de lugares que ele inclinou a câmera. Faço isso direto e vivem reclamando das minhas fotos. Só que tem um texto dele que fala perfeitamente que mudar o ângulo das coisas cotidianas faz a gente ver as coisas de uma forma diferente. Não é bom isso? Arrumei um argumento!


E que tal isso:
Arte é serviço para o povo, mas o povo está sendo levado sabe Deus para onde. Eu quero levar o povo à arte, não usar a arte para levá-lo a algum lugar.
Ok... ele escreveu isso no início de 43. Imaginem, então, a confusão no mundo e na União Soviética. Mas é pra refletir com esse monte de frase certeira!

De graça até 6 de fevereiro num lugar incrível, expoente do modernismo no país com um jardim maravilhoso de Burle Marx! Ainda quer mais? Levanta e vai!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Não serve pra nada mesmo...

Meu ódio por guarda-chuva já está ficando conhecido... um amigo separou pra mim o Caderno Ela do jornal O Globo do último sábado com uma máteria sobre um concurso que quer transformar o guarda-chuva em acessório nobre...

Hã?

Pois é... lendo a matéria vi que é só para estamparia. Nada de design para mudar essa arma branca maldita! E ainda fiquei sabendo que o nylon desses guarda-chuvas chineses que pipocam na mão dos camelôs quando desponta uma nuvem no céu (vocês conhecem a Teoria da Halls?), demoram anos para se decompor na natureza!!! Aliás... esses guarda-chuvas chineses do tamanho de uma caneta possuem o nome correto: Sombrinha! Afinal... eles só fazem isso mesmo, uma sombrinha em cima da gente, porque não protegem NADA da chuva...

Cara... eu odeio guarda-chuva...