segunda-feira, 22 de março de 2010

Os cartazes de Scorcese

Depois do incrível filme Ilha do Medo que falei ontem, descobri que, em uma entrevista a Revista GQ, o diretor Martin Scorcese disse que cartazes fazem mais do que empurrar bilhetes; eles também possuem um nível mais profundo de concepção que vende romance, mistério...
Para mim, e para qualquer um que tenha crescido antes de uma certa época — alguma coisa em torno dos anos 1980, eu diria — os cartazes eram uma peça-chave da experiência de ir ao cinema. Você andava pelo lobby, olhava o cartaz, normalmente acompanhados de cartões, e frequentemente de stills e linguagem promocional, do filme que você estava para ver e de outro que entraria em cartaz em seguida. Você guarda e absorve a imagem no olho da sua mente. Parte da excitação, naquela época, era assistir ao tal filme e compará-lo com o filme imaginário que você criou durante os poucos segundos que olhou para o cartaz".
Gênio, não? Em um livro, ele selecionou seus 10 cartazes preferidos da clássica Hollywood, quando o cartaz era representativo de uma época. Vejam:

Private Detective 62 (1933), Perseguição implacável (1942), Maridos cegos (1919) e Levada da breca (1938)

Assim caminha a humanidade (1956) e Órfãs da tempestade (1922)

Daphne and the pirate (1916), Gilda (1946), Diário de uma pecadora (1929) e Paixão dos fortes (1946)

Um comentário:

Graça disse...

Valha-me Deus: me lembro perfeitamente do cartaz de "Assim Caminha a Humanidade" como, também da minha paixonite de 8 anos de idade pelo James Dean, com aquele chapéu de cawboy e olhar 43.