Fui ver a exposição Modigliani - Imagens de uma vida no Museu Nacional de Belas Artes, que está sendo descrito como um dos mais importantes eventos do calendário oficial do Momento Itália-Brasil em 2012. São 54 pinturas, 5 esculturas não-originais, 55 desenhos, 2 livros e 1 litografia, além de documentos, fotos, diários e manuscritos de Modigliani e de importantes artistas da sua época, num total de 230 peças para o público ter acesso a um rico panorama da vida artística parisiense e italiana do século XX.
E é com isso em mente que você deve ir à exposição. Não vá esperando ver inúmeras obras de Modigliani. Elas estão lá no centro das salas, mas as paredes estão lotadas de outros artistas que contextualizam o pintor. Essa estratégia só se mostra válida na última sala, onde vemos a pintura da jovem Céline Howard (abaixo) feita por ele e por outro pintor. A modelo posou para os dois, mas as visões são completamente diferentes. Veja primeiro a de Modigliani e tente imaginar como seria a modelo. Depois veja a do outro pintor, que é mais anatomista e, portanto, se aproxima um pouco mais da realidade.
É interessante ver a cronologia da vida do artista que liga sua deterioração física ao seu amadurecimento artístico. Toda sala tem um bom panorama explicativo. Mas são poucas as legendas que explicam as tais fotos, diários e manuscritos. Dá vontade de saber mais. Dá vontade de entender melhor o processo que o levou conhecer e trabalhar com esculturas, pois é visível o quanto isso influenciou sua pintura.
Boa, mas me deu a impressão que poderia ter sido melhor. Tinha potencial para isso. Me deu até vontade de me fazer a la Modigliani...
Autorretrato digital a partir do retrato de Raymond Radiguet, pintado por Amedeo Modigliani |
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