terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cinco dias depois...

"Design é arte que se faz útil", cartaz de Pierre Mendell
Museu de Artes Aplicadas e Design (Munique, Alemanha, 1984)

Ainda estou comemorando o Dia do designer! hehehehe! Na verdade, eu demorei para escrever esse post porque estava com um dilema ético-profissional. Faço ou não faço uma crítica praticamente herege aos designers brasileiros? Bom... se eu não fosse fazer, eu nem começaria esse post, certo?

No dia 6 de novembro, ou seja, há cinco dias atrás, eu estive numa palestra de Alexandre Wollner no Rio de Janeiro. Eu queria ter a oportunidade de ver um expoente do design brasileiro falando e passando suas experiências. Wollner é responsável pela fundação do primeiro escritório brasileiro de design (o FormInform em 1958). Estudou em Ulm e desenvolveu trabalhos por toda a cultura brasileira. Além disso, esteve presente na fundação da ESDI, a Escola Superior de Desenho Industrial, que – por alguma razão cósmica (rsrs) – assinou o meu certificado.

Só por esses mínimas razões acima dentro de um vastíssimo currículo, eu deveria ficar de boca fechada. Mas não dá. Sou estudante de mestrado da ESDI e desde a minha graduação na instituição, eu venho percebendo que o ensino do design está engessado no binômio Bauhaus/Ulm. Acontece que que esse binômio aconteceu há 40 anos! O mundo mudou, pelo amor dos meus filhinhos! Não dá para ficar com discursos antigos, dizendo que o computador estragou o design. Que coisa ultrapassada. Que coisa não evoluída. E o pior foi sentar ao lado de outros nomes do design brasileiro e ver que todos concordavam com esse blá-blá-blá!

Outro discurso chato é o da "busca pelo design brasileiro"... cansatiiiiivo! No P&D que estive, apresentei um trabalho que gerou essa mesma discussão. E no meio dos questionamentos acalorados, uma aluna calou a boca de todos quando perguntou: "quem disse que a gente tem que ter um design nacional todo regulamentado?" E eu pergunto: quem disse? Nossa nação é composta por inúmeras culturas e a gente vai perder nosso tempo buscando uma que signifique tudo para um profissão tão plural como essa?

Não sei... só sei que isso precisa mudar. Uma vez ouvi no mestrado que "muita gente precisa morrer para o design brasileiro aparecer no cenário mundial". Essa é a minha heresia: concordar com isso.

Pelo menos o evento (que trouxe o Wollner) era muito bem intencionado: discutir o cartaz no mundo moderno. Não pude ver as palestras de Rico Lins, mas sei que Wollner não respondeu à questão. Bom... só sei que a exposição de Pierre Mendell que puxou o evento era MUUUUUITO boa. Cartazes simples, diretos e lindos. É difícil ver isso hoje... é difícil acreditar que um cliente compraria suas idéias, mas eu adoraria ter pensado neles porque eu adoro cartazes. E, apesar das minhas críticas, achei a iniciativa excelente! Que venham mais eventos, exposições e discussões sobre design. Precisamos demais disso.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ainda em comemoração ao Dia do Designer...

É um dia tão incrível (hã?) que resolvi postar no dia seguinte duas manifestações que encontrei.

Em primeiro, o decreto que transformou o dia 5 de novembro nesse dia tão especial. Não me pergunte nada sobre o Artigo 2º, porque nada sei e acredito que ninguém vá conseguir te ajudar com clareza:

DECRETO DE 19 DE OUTUBRO DE 1998.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso II, da Constituição, DECRETA:
  • Art. 1º Fica instituído o “Dia Nacional do Design” que será comemorado no dia cinco de novembro de cada ano.
  • Art 2º Caberá ao Comitê Executivo do Programa Brasileiro do Design - PBD a coordenação das atividades relacionadas à comemoração do “Dia Nacional do Design”.
  • Art 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 19 de outubro de 1998; 177º da Independência e 110º da República

E, em segundo, o MARAVILHOSO manifesto que deveria virar filipeta, camisa (boa idéia!), cartaz e até mesmo ser falado em carros de som pela cidade:

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Dia do Designer

Hoje, dia 5 de novembro, é dia do designer no Brasil (por mais incrível que pareça). A data foi instituída em homenagem ao dia de nascimento de Aloísio Magalhães, designer e artista pernambucano, grande defensor do design e da cultura brasileira. Parabéns pra mim e para os meus colegas.
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DESIGNER'S DAY
5th of November is Designer's day at Brazil (believe it or not!). This date honours the birthdate of Aloísio Magalhães, a designer and fighter of brazilian culture. Congrats to me and my coleagues!

Obama

Não gosto de falar sobre política, mas os EUA escolheram o primeiro presidente negro de sua história e o mundo comemora. Eu confesso que ainda não acredito... estou esperando a conspiração que irá mudar isso (ou seja, irá matá-lo, como foi com JFK). Mas será que ele será responsável pelos ventos de mudança que todos nós acreditamos e precisamos? É ele que irá mudar os rumos do mundo?

Assim como acreditamos no Lula, vamos acreditar em Obama. Lula ainda está por aqui, por bem ou por mal. A responsabilidade de Obama é maior. O mundo inteiro irá vigiá-lo. Bom... eu nunca votei no Lula. Mas votaria no Obama.

E como designer, não poderia deixar de lembrar a campanha de Obama. Ele se transformou numa marca! Tornou-se uma identidade que os americanos resolveram incorporar. Toda esta eleição americana teve manifestações gráficas incríveis. Vejam 50 cartazes pró-Obama ou, então, compre qualquer coisa na lojinha virtual do novo presidente dos EUA!

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OBAMA
I hate politics... but I have to write about the first afro-american president of USA! We need a change and we hope that it will come now! Sometimes I think someone will kill Obama as JFK. Who knows...? And as a designer, I must say that this american election was the best about graphic manifestations.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A filosofia da caixa preta

Adoraria falar sobre o filósofo Vilém Flusser nesse post, autor do livro "A filosofia da caixa preta". Mas não sou capaz porque ainda não o li. No entanto, estive numa palestra sobre a obra do filósofo no programa de pós-graduação que faço parte. No evento, entendi (ou acho que entendi) que, ao estudar fotografia, Flusser se questiona sobre o funcionamento dos aparelhos que usamos e o quanto ficamos dependentes de coisas que não sabemos como funciona. E é verdade... ou alguém sabe (ou se importa) como a novela chega na TV? Me lembro até do famoso Mac transparente... bonitinho, mas pra quê?

Mas esse post não é tão reflexivo assim. Na verdade, eu queria mostrar aqui os anúncios de uma agência de empregos alemã. Seu lema é "a vida é muito curta para se perder tempo com o emprego errado". Aliás, esse lema poderia dar um outro post reflexivo no qual eu poderia escrever páginas e páginas (hehehe). Criatividade pura! E fica a questão: queremos realmente saber como funcionam as coisas? Direto do FreakShowBusiness.

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BLACK BOX PHYLOSOPHY
I would love to talk about Vilém Flusser's book. But I can't. I didn't read it. I heard that he questions how things work and if we care about this function that we are dependants. I'm not that reflexive today... I just wanna show you the advertisement of a German job agency. Very creative.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Nova" Pepsi?



Pois é... a Pepsi mudou a marca. O vídeo apresenta a evolução da marca e da embalagem, mas no final... tem um momentinho... que a marca simula uma onda. Ué... uma onda? E de onde veio essa idéia genial?

É Pepsi... aonde você vai parar? Direto do Vida Ordinária.

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"NEW" PEPSI?
Well... Pepsi redesign its logo. The video shows the logo evolution, but... in the end... appears a "wave moment"... wave? soooooo original... Where are you going, Pepsi?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ganhou de novo!

E não é que o cara está bombando? A animação Uruca (7º VIIIc E4) participou da Mostra de Filmes de Montanha aqui no Odeon (RJ) e levou dois prêmios: Melhor Diretor e Melhor Filme! Eu assisti à sessão e achei muito bom. Mesmo sem conhecer os "termos técnicos" e as brincadeiras internas, o filme é extremamente divertido.

E o filme já tinha ganhado o prêmio de melhor direção no Festival de Filmes de Aventura e Turismo. É, amigo Erick, a fama te aguarda! Parabéns!

Cultura é caro, mas vale a pena

Esse post é para incentivá-los a gastarem seus dinheirinhos com cultura. Roupa é importante, mas ir a um cinema ou a um teatro é Mastercard... não tem preço. Quer dizer... tem sim... é BEM caro. Mas vale muito a pena. Então vou dar duas dicas:

TROVÃO TROPICAL (Tropic Thunder)
Acho que esse filme já saiu de cartaz, mas se não saiu corram. Se saiu, esperem o DVD e aluguem (ou comprem). Eu não sou fã de filmes de comédia idiotas e, por essa razão, não vou muito com a cara de atores como Ben Stiler e Adam Sandler, por exemplo. Mas dessa vez, o Ben Stiler me derrubou. Na verdade, quem me derrubou foram o Robert Downey Jr. fazendo o papel de um negro e o Tom Cruise irreconhecível na pele de um careca-peludo-gorducho-mau-caráter-produtor-de-filmes. Gente... é sério... é impagável! Sejam os quase $20 do ingresso, mais estacionamento e lanchinho, é pouco. E saber que o Ben Stiler é responsável por essa pérola fez com que ele ganhasse alguns pontos comigo. Uma sinopse rápida: quatro atores em decadência são chamados para fazer um filme de guerra que irá alavancar a carreira deles. Mas para o filme ficar real, eles são colocados numa guerra real. Ainda tem Jack Black, Nick Nolte e Matthew McConaughey.

A NOVIÇA REBELDE
Não estou falando do maravilhoso filme estrelado por Julie Andrews e Christopher Plummer. Mas poderia. É uma obra prima. Vale qualquer dinheiro conhecer as incríveis músicas que levam o filme. Estou falando da versão brasileira para o musical no teatro. É simplesmente um trabalho primoroso. É caríssimo, mas ver a família Von Trapp cantar letras bem musicadas em cenários incríveis cheios de emoção é realmente um programa necessário. Obrigado aos diretores e produtores que me fizeram voltar à infância e cantar "De-Re-Mi" e "Edelweiss", entre muitas outras.

Juntem os dinheiros de vocês e consumam cultura.

sábado, 25 de outubro de 2008

Inclua-se no hoje

Em junho deste ano, eu falei sobre o livro "Identidade líquida" do sociólogo Zygmunt Bauman. Nele você se descobre parte do mundo. Mas que mundo é esse é a pergunta que tem resposta no livro "Modernidade Líquida" do mesmo autor.

Nele, Bauman tenta descrever o hoje, o presente, o mundo em que vivemos. Com isso, é possivel se incluir na sociedade. Saber que você realmente faz parte dessa loucura é importante. Mas é preciso entendê-la, saber como se dão as novas relações. E desenvolve o termo "líquido" e talvez seja legal que ele seja o primeiro a ser lido, uma vez que o termo é central a todas as suas publicações. Para ele, "os fluidos não fixam o espaço ou prendem o tempo".

Eu recomendo muito esse livro. Volto a dizer que ele parece meio pessimista, mas não é. Ele é verdadeiro.

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BE INCLUDED IN TODAY
In June, I talked about sociologist Zygmunt Bauman's book "Liquid Identity". In it you will find yourself in the world. But which world is the question that has a an answer in the book "Liquid Modernity" by the same author. Bauman describes the today, the present, the world in which we live, and then, you can be included in society. It's important to know that you are part of this madness, understand it and know how the new relationships occur. He develops the term "liquid" in this book, so is the first to be read, because the term is central to all its publications. For him, "the fluid does not fix the space or do the time." I highly recommend this book. I will say again that he seems pessimistic, but he is not. He is real.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Engarrafamento de motel

Leiam o post do dia 23 de outubro, "Motel ladeira acima", no blog do Fabrício Carpinejar. Poderia ser mais um daqueles contos de motel com dicas de comportamento, mas é uma verdade ótima de ser lida. Ironicamente divertida. A escolha do quarto é perfeita. Trechos:

Engarrafamento é insuportável. [...] Mas nada se compara a engarrafamento de motel. [...] Custa desaparecer a luxúria e puxar o alívio da cortina. Desde a entrada, o martírio de escolher em segundos a modalidade do quarto. [...] As diferenças entre luxo e semi-luxo absorveriam uma semana de preocupação. Não vale pensar, terá que optar correndo. Definir um quarto é uma arte do equilíbrio. Não se mostrar avarento, e cuidar para não ultrapassar o limite no banco."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ética da prisão: uma inveja à celebridade

Mais uma tragédia sendo explorada pela mídia. Isabellas, João Hélios, Eloás... tudo para informar o público. Será? Por que não fazem matérias com pessoas e empresas que fazem o bem? Não vou ficar debatendo esse assunto porque me tornaria mais um a dar pano pra essa manga.

Mas me fiz uma pergunta hoje... li que o assassino de Eloá está sendo ameaçado pelos detentos da prisão que ele deverá morar por muito tempo... Hã? Como assim? Os presos não cometeram atrocidades também? Vai me dizer que eles se sensibilizaram com o "caso Eloá" e agora querem fazer justiça? Será que a prisão consegue realmente mudar alguém? Então, qual é a diferença deles para esse novo criminoso?

Minha resposta? Inveja. Esse novo criminoso apareceu na TV. Deu até entrevista exclusiva durante o seqüestro. Matou por amor. Quem está na prisão não teve TV, exclusividade ou amor. O assassino de Eloá é agora uma celebridade. Matar uma celebridade dá mídia... ou seja, quem matá-lo irá se tornar uma celebridade.

Sei lá... essa ética me assuta.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

P&D 2008 - Impressões

Na última sexta, dia 10 de outubro, voei para São Paulo. Lá estava acontecendo o 8º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, no campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac. O que eu fui fazer lá? Apresentar dois artigos meus com professores do meu mestrado. Fiquei até sabado a tarde, mas Minhas impressões foram as seguintes:

INSTALAÇÕES: Esse Senac é absurdamente grandioso! Usei a palavra "absurdo" porque parece ser até grande demias. Em pleno período de aulas, as salas estavam vazias e não se viam muitos alunos pelos corredores. Mesmo assim é tudo limpinho como a Disney: não se vê uma sujeirinha no chão nem nas latas de lixo, e também não se vêem serventes! Computadores por todos os lados, biblioteca com locadora, bebedores coletivos, banheiros impecáveis, auditório enorme... e por aí vai.

LOCALIZAÇÃO: Péssima... longe de tudo. Para quem não é de lá teve que se virar em táxi que não é muito barato. Ônibus e trens só para os mais safos. Não pude fazer nada fora do congresso por causa da distância.

EVENTO: O esforço de pensar e discutir design sempre vale nota altíssima. As pessoas que foram ao evento estavam realmente a fim de estar lá. Fosse comprando livros nos stands ou se empanturrando nos coffee breaks megalomaníacos, a galera estava a fim de respirar design. E esse evento é considerado o maior do país sobre o assunto, então é ótimo para encontrar e conhecer pessoas. Mas fica aqui um porém: o excesso de trabalhos apresentados em tempos curtíssimos deu um ar de superficialidade ao evento. Pareceu-me o famoso pecado da quantidade acima da qualidade. Reduzir o número de trabalhos para aprofundar as discussões em tempos melhor moderados deve ser realmente considerado.

APRESENTAÇÕES: Falarei só das minhas. Apresentei um artigo sobre o que se fala sobre branding hoje e outro que introduz os conceitos do pensador francês Gilbert Simondon no universo do design. O primeiro foi semelhante ao que apresentei em Buenos Aires, só quen reduzido. Como eu estava numa sessão com pessoas que iam falar sobre livros (outro problema do evento), a discussão final ficou meio dividida. Na outra tive que correr um pouco, porque eu estava com o horário do vôo marcado e aconteceram alguns atrasos. Mas achei bem interessante essa introdução de conceitos diferentes. Foi a primeira vez que apresentei o artigo e percebi que ainda dá pano pra muita manga! Que bom!

CURIOSIDADES: Dormi de clandestino no hotel! (hehehe) Foi divertido! Minhas companheiras de mestrado estavam em quartos duplos e o hotel estava lotado. Eu fui pra lá sem ter nada resolvido onde eu iria ficar. Só sabia que, se desse problema, eu dormiria no chão de um dos quartos na clandestinidade! E deu certo! Não tentem isso em casa crianças! E também teve o Balé Triádico... uma viagem futurista que não consigo descrever com palavras. Procurem no Google sobre o assunto para saber mais, se quiserem. Vejam e opinem, e se lembrem que não sou cinegrafista (rsrsrs).


A Dança das Varetas


Performance 1


Performance 2

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Clube da Luta? Dawson's Creek? Nada disso... é o Calvin & Haroldo!

Agora é sério... pare tudo o que você está fazendo agora e compre um dos livros que a Editora Conrad está lançando com a coleção das tirinhas de Calvin & Haroldo. É absolutamente sensacional! Eu aplaudo de pé o criador Bill Watterson!

A série foi publicada em mais de 2000 jornais pelo mundo entre 1985 e 1995, tendo ganho por duas vezes um prêmio da Associação Nacional de Cartunistas dos EUA. No original em inglês, a tirinha se chama Calvin & Hobbes, uma alusão direta aos pensadores Calvino e Thomas Hobbes que estudaram a natureza do homem. Interessante isso, pena que se perdeu em português.

Calvin é um garoto de seis anos cheio de personalidade capaz de incríveis diálogos e verborragias que fariam Dawson e sua trupe do seriado de TV ficar em silêncio. Tem como companheiro Haroldo, um tigre sábio e sarcástico no maior estilo "Clube da Luta", já que só pra ele Haroldo está vivo, enquanto todos só vêem o bicho de pelúcia que ele realmente é. É uma obra prima que mostra a visão única de Calvin que utiliza sua poderosa imaginação para enfrentar a realidade em situações mirabolantes, seja no relacionamento com seus pais, nas "injustiças" da infância, na relação com meninas e garotos mais fortes, seja nas dificuldades da escola ou até mesmo nas indagações sobre a morte.

E o "Calvinbola"? Depois de não conseguir entrar no time de baseball da escola, Calvin decide criar seu próprio esporte onde a única regra é nunca seguir a mesma regra duas vezes. As regras são inventadas na hora. Na maioria das vezes, Calvin está perdendo de Haroldo e começa a mudar as regras. Mas Haroldo é esperto e sempre reverte a situação no fim. Sempre que alguém próximo de mim começa a mudar as regras de algo eu pergunto: "é Calvinbola?"

A obra vai alternando momentos de seriedade e inconseqüência com momentos de simplicidade e ternura. Tudo isso permeado por um sentimento de nostalgia, porque é impossível não se identificar com Calvin. Todo mundo passou por essa fase de despreocupação com o futuro, quando acreditávamos que tudo era possível.

Não leu ainda? Leia. É divertido e inusitado. Faz a gente entrar na mente de Calvin e usar sua própria imaginação para enfrentar a realidade enquanto lemos. Se não quiser comprar, entre no blog Depósito do Calvin e leia as tirinhas por lá. São mais de 3 mil tirinhas e lá já foram postadas mais de 400.

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FIGHT CLUB? DAWSON'S CREEK? NO... IT'S CALVIN & HOBBES!
Stop everything you are doing now and buy a book of Calvin & Hobbes! It's awesome! That six-years-old boy and his furry tiger friend talk about everything with simplicity, tenderness, lack of consequence and sarcasm. Read now!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ganhou!

Vocês lembram que divulguei aqui o trailer de animação de um amigo meu da faculdade? Pois é... e não é que o cara ganhou o prêmio de melhor direção no Festival de Filmes de Aventura e Turismo! Subiu no palco pra receber a premiação e tudo mais! Que divertido! A animação será exibida no Odeon (RJ), no dia 23 de outubro, quinta-feira, às 19h. Apareçam!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Crise

Estou há alguns dias pensando se escrevo ou não sobre a crise financeira dos EUA que está abalando o mundo inteiro e trazendo a tona lembranças sobre a Crise da Bolsa de 29.

Pra quem não sabe, ou seja, não estudou História na escola, dançou... porque eu não vou entrar em detalhes. Chamada de Grande Depressão, essa crise aconteceu em outubro e virou uma enorme onda de suicídios nos EUA junto com a quebra de vários bancos e empresas. É considerada o pior momento da história econômica americana E mundial que só terminou com a Segunda Guerra Mundial. Saibam mais na Wikipedia mesmo...

Hoje, também em outubro por sinal, o mundo viu os EUA baguçarem sua economia mais uma vez e levarem o mundo ao desespero. O presidente do Brasil (junto com seus assessores) garante o país. As bolsas estão em pânico.

O que tenho para dizer? Ainda não elaborei um pensamento consistente sobre tudo isso, mas realmente me preocupa um mundo globalizado tão dependente de um país governado por um louco. Essa soberania americana realmente precisa ser questionada. Acho que esse é o momento.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cacildis!

Eu adorava o Mussum! Era disparado o mais engraçado dos Trapalhões pra mim. Ele era do tipo que, só de aparecer em cena, já me dava vontade de rir. A expectativa do bom humor é fundamental para alguém que trabalha com comédia.

E, nessa mínima homenagem que faço, coloco o link para você aprender a falar como ele. O Mussumgrapher te garante momentos hilários ao trazer na memória o "forevis" e o "mé". Divirtam-se.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ciborgue-se!

Functional Intelligent Lifeform Intended for Potential Exploration

Get Your Cyborg Name

Você já imaginou que seu nome pode ser uma sigla para denominar um novo tipo de ciborgue? Eu não... mas quem sabe? Eu sou uma "forma de vida inteligente e funcional com potencial exploratório"! Do blog Ócio.

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CYBORG YOURSELF!
Did you ever imagine that your name could be the abreviation of a cyborg? I didn't... but who knows? Get yours!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Arte com a TV

Já mostrei aqui câmeras digitais como plataformas para a arte. E que tal televisores antigos? Uma boa idéia para quem não sabe o que fazer com a TV velha. E não precisa ser só arte. Pode ser algo útil, como uma estante ou um casinha de cachorro... Direto do blog Sedentário & Hiperativo.

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ART WITH TV
I've already said about digital cams as art plataforms. And old TVs? It's a good idea for everybody that doesn't know what to do with them. And you don't need to use only for art... you can transform it into a place for books or a dog house!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Spectroman!

Mais um saudosismo... monstros de borracha com zíper nas costas e efeitos bizarros; os Dominantes (!!!); o sinistro Dr. Gori (aquele macaco que falava com gestos e dublagem fora de sincronia que é referência até hoje); foi o primeiro herói gigante. Antes de Ultraman, Jaspion e outros.

Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como em todas as metrópoles deste planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E, apesar dos esforços das autoridades de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida. Quem poderá intervir? Spectreman!



Acompanhe com a música:
Spectreman! Spectreman! | Hear the flash | Like a flame | Faster | Than a plane | A mistery | With the name | Spectreman! | Power | From the space | He'll save | The human race | Yet they'll never know the face | Of Spectreman! | We will never know the source | Of his power and his force | As he guides this planet's course | Spectreman! | Spectreman!

Spectroman (Supekutoruman, em japonês e Spectreman, em inglês) foi uma série de TV japonesa, exibida em seu país originalmente entre 2 de janeiro de 1971 e 25 de março de 1972, totalizando 63 episódios. Foi um grande sucesso na época, dando mais impulso ao gênero tokusatsu, que compreende os filmes e seriados com efeitos especiais japoneses. A série foi exibida no Brasil inicialmente pela Record no final da década de 1970, e depois, durante a década de 1980, pelo SBT.

A história contava que, no distante planeta Épsilon, vivia uma civilização de simióides (homens-macaco) pacíficos e civilizados com tecnologia muito superior à da Terra. Detentor de um intelecto muito acima de qualquer ser humano, o genial cientista Dr. Gori era o líder mutante. Ao assumir o poder, Gori pretendia construir armas mortíferas para derrubar o governo central de Épsilon e conquistar planetas pelo universo, pois achava que a tecnologia de sua civilização fora desperdiçada em projetos pacíficos. Seu plano foi logo descoberto, sendo considerado culpado. Como não havia pena de morte, a mente do cientista teria sua maldade eliminada. Antes que isso acontecesse, um oficial do exército chamado General Karas libertou o cientista e ambos fugiram em uma nave. Vagando pelo espaço, a dupla chegou à Terra graças a uma tempestade eletromagnética. Gori ficou encantado ao ver a Terra, e analisando o planeta descobriu que os seres humanos estavam destruindo seu próprio planeta com a poluição. Indignado, Gori passou a criar monstros a partir da própria poluição para conquistar a Terra, transformando-a em seu paraíso particular. Uma raça de vigilantes espaciais, os Dominantes do planeta Nebulosa 71, sabendo da chegada de Dr. Gori à Terra, enviou o ciborgue Spectroman para proteger o planeta. Spectroman adotou o nome de Kenji e se empregou na Divisão de Pesquisa e Controle de Poluição, chefiado pelo Chefe Kurata, onde combate os planos do Dr. Gori.

Minha infância era tão boa... mas era tão boa que eu nunca tinha parado pra pensar que o Dr. Gori poderia ser o verdadeiro herói. Aliás, o nome original da série era Homem-macaco Espacial Gori! Vamos pensar... apesar de suas idéias imperialistas de invadir e dominar a Terra, o Dr. Gori justificava seus planos com um argumento muito racional: os seres humanos realmente estão destruindo a Terra com a poluição, e por isso não mereciam viver nesse planeta. Então, se o Dr. Gori achava um absurdo a forma como os humanos tratavam o planeta onde viviam, ao lutar contra ele, Spectroman estaria defendendo as grandes corporações poluidoras e o aquecimento global? Além disso, os monstros do Dr. Gori eram ecologicamente corretos, sendo criados a partir de lixo reciclado! E agora?

Não importa! Eu ficava feliz de almoçar vendo Spectroman derrotar os monstros e a poluição. E ele me fez acompanhar todos os seriados japoneses seguintes!

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SPECTREMAN!
Rubber monsters, ziper clothes, bizarre visual effects, Dr. Gori, The Dominants and my chldhood was the best!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Amizade

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ensaio sobre a humanidade

Em um post anterior, falei sobre um interessante cartaz japonês para o filme. Agora coloco outro muito bom que foge do clichê hollywoodiano de colocar atores em close: utiliza o teste de visão convencional com tamanhos diferentes de letras, ignorando convenções gramaticais. Pena que deram uma distorcida na tipografia do EGU... não era necessário.

Normalmente, os livros são melhores do que suas versões cinematográficas. Por isso imagino que o livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, seja muito bom. Não li o livro, mas o filme é muito forte, muito bem feito, com um elenco que está excelente e muito bem dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.

A sinopse do filme diz que uma inédita e inexplicável cegueira contagiosa atinge uma cidade e é chamada de "doença branca", já que as pessoas atingidas passam a ver uma superfície leitosa. Os afetados são colocados em quarentena. À medida que os serviços oferecidos pelo governo começam a falhar as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários.

Pra mim o filme vai além. Ele questiona a humanidade que se perde ao longo do filme e nos damos conta que ela se perdeu antes da epidemia começar. Já no primeiro caso da doença, percebemos que os valores morais estão distorcidos. E por isso o título deste post é sobre a humanidade e não sobre a cegueira. Moral, dignidade, poder, solidariedade, indiferença e intolerância são todos questionados. O filme prega que a humanidade não tolera o diferente, o desconhecido, e imediatamente cria uma quarentena para aqueles que não pertencem a "normalidade". Mesmo quando todos são equalizados pela "doença branca", existe uma necessidade de hierarquizar. Seja o líder da ala, o anarquista, o médico, o que controla a comida, o cego de nascença (que tem o poder da experiência) e o que enxerga (que tem o poder da habilidade).

Existe uma tentativa constante de colocar o espectador na situação dos atores. Por isso, o filme tem uma fotografia estourada no branco que reduz as cores. Em um momento que a única personagem do filme que enxerga entra num ambiente sem eletricidade, o filme também fica no escuro e o espectador precisa apurar seus ouvidos para tentar traduzir o que possa estar acontecendo. E todos ficam satisfeitos quando uma caixa de fósforos é encontrada. É nesse momento apenas que nos damos conta de como somos seres intensamente visuais.

Vejam o filme sem pensar nos atores celebridades, no diretor brasileiro ou na fotografia diferenciada. Reflitam sobre a mensagem de Saramago e o slogan do filme fará sentido: "sua visão do mundo nunca mais será a mesma".

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HUMANITY-NESS
Everybody says that books are better then their adaptations to movies. So, José Saramago's book is awesome, because the movie Blindness is great. The film tells about a disease that makes everybody blind, a white blindness. Then the government puts everybody in quarentine, but the system fails and blind people revert to their primary instincts. Humanity is questioned everytime, not only between the infected, but since the beginning of the movie. Go, watch the movie and reflect about Saramago's message. It can change your lives.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Manet em Pantone

Direto do blog Sobre Design: O designer inglês Tom Fraser Brown e sua equipe reproduziram a obra "Bar at the Folies Bergere" de Édoaurd Manet utilizando cartelas antigas de Pantone! Ele recortou as palhetas para chegar às tonalidade certas.

Para quem não sabe a tabela Pantone é o desejo de todo designer. Em teoria, a idéia do sistema Pantone é escolher as cores desejadas dos guias e então utilizar os números para especificar de que forma é que se vai imprimir em gráfica. Desta forma, o produto final será exatamente o pretendido. Recomenda-se que os Guias Pantone sejam substituídos anualmente. Mas custam 500 reais cada! Então, dá pra imaginar o que/quanto foi fazer esse quadro?

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MANET IN PANTONE
The English designer Tom Fraser Brown and his team made a Manet paint with old Pantone charts! Each Pantone costs R$500. Can you imagine how much did it cost?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Blade Runner

Não vou falar do filme. Ainda no clima das SUPERolimpíadas do post anterior, trago para vocês o homem de seis milhões de dólares... oops... o Blade Runner! E o nome dele é Oscar Pistorius.

Oscar Leonard Carl Pistorius nasceu na cidade de Pretoria, África do Sul, em 22 de novembro de 1986. Devido a uma condição congênita, nasceu sem as duas fíbulas. Com 11 meses de idade os médicos amputaram suas pernas na altura dos joelhos, o que não o impediu de levar uma infância ativa, participando de competições de rúgbi, pólo aquático e tênis na adolescência, usando próteses nas pernas. Descobriu no atletismo sua vocação. Com próteses de fibra de carbono chamadas de "Cheetah" desenvolvidas especialmente para ele pela empresa Ossur, da Islândia, Pistorius ficou conhecido como Blade Runner pelo aspecto de lâminas das suas próteses.

Pistorius teve nos jogos olímpicos de 2004 sua primeira grande participação no esporte, na modalidade paraolímpica. Bateu o recorde mundial nos 400m e também nos 200m. Em janeiro de 2008, no entanto, Pistorius foi proibido de competir em jogos oficiais, incluindo as Olimpíadas, pelos laudos técnicos atestando que suas próteses lhe dão vantagem competitiva em relação a outros corredores portadores de deficiência, aumentando sua passada e fazendo-o correr mais rápido com menor gasto energético. Pistorius prometeu recorrer da decisão e chegou a tentar uma liminar para correr no atletismo "normal". Mesmo assim, suas lâminas foram consideradas vantajosas.

Homem-biônico? Um deficiente melhor do que o homem perfeito? É um vislumbre do futuro.

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BLADE RUNNER
I'm not talking about the movie. I'm talking about the South african athlete Oscar Pistorius, the Blade Runner. He won this nickname because he uses two blades to run. He is not allowed to run in official competitions because the specialists said that his blades give him advantages over the others parathletes AND the normal ones! The bionic man is between us. A vision of the near future.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Superolimpíadas

Hoje foi o último dia dos Jogos Paraolímpicos de Pequim com mais uma cerimônia de encerramento incrível. O comentarista Alberto Bial da SporTV (isso mesmo... irmão do Pedro Bial, mas ele se acha igual ao irmão e passa longe...) acertou pelo menos uma nesses jogos: chamou as Paraolimpíadas de Superolimpíadas. Acertou em cheio.

E o Brasil? Um show a parte. A delegação brasileira bateu seu recorde e trouxe 47 medalhas no total, sendo 16 de ouro e ficando em 9º no ranking geral. O nadador Daniel Dias é o maior recordista brasileiro em medalhas com 4 de ouro, 3 prata e 1 de bronze em apenas uma edição dos jogos, superando as seis de Clodoaldo Silva, em Atenas. O velocista Lucas Prado ganhou 3 ouros: nos 100m, nos 200m e nos 400m! A velocista Teresinha Guilhermina levou uma de cada em suas modalidades.

E nosso TETRAcampeão olímpico no judô? Antonio Tenório, medalha de ouro em Atlanta, Sydney, Atenas e Pequim! Precisa falar mais? Ok... eu falo... o Brasil nunca teve representantes na bocha olímpica. Sabe o que aconteceu então? OURO! Medalhas de ouro no individual e nas duplas e mais um bronze no individual! E o futebol? OURO no futebol de cinco!

Foram muitas outras medalhas. Muitos outros super-homens e super-mulheres. Notem que não falei das deficiências ou das categorias de cada atleta aqui citado. Para mim, isso não importa. Para mim, eles são atletas que superaram seus limites e deram uma lição ENORME ao mundo.

Parabéns é pouco para todos os atletas SUPERolímpicos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ainda vai acontecer isso comigo...

Quem me conhece sabe como sou alérgico a tudo. Sabe que quando eu começo, só paro com remédios psicotrópicos atordoantes. E sabe também que o tempo vai mudar! (hehehe). Vejam essa animação e entendam como nem sempre espirrar é engraçadinho.



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THIS WILL HAPPEN TO ME SOMEDAY...
Everybody knows that I'm allergic to everything. When I start, I just stop with psychotropic drugs. And everybody knows that the weather will change (hehehe). Watch this animation and understand that sneezes are not always funny.

Uruca (7º VIIIc E4)

Amigo de faculdade e afins, Erick Grigorovski sempre gostou de animações e chegou a colocar seu trabalho de graduação no Anima Mundi! Amante de esportes radicais como corridinhas às 7h da manhã, acampamentos em Itatiaia e escaladas na Pedra da Gávea, Erick resolveu transformar suas insanas escaladas em um nova animação: Uruca (7º VIIIc E4). Clique no nome e assita, enquanto aguardamos ver o filme completo ou na Mostra BANFF ou no Odeon em breve.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Casa Cor 2008 – Rio de Janeiro

Ontem fui ao Casa Cor pelo quarto ano consecutivo. Não sou arquiteto ou design de interiores, mas é bom ver novidades. Aliás... coisa que faltou (na minha não tão humilde opinião).

Normalmente, a premissa do evento é diferentes arquitetos mudam um cômodo da casa escolhida e reformada pelos realizadores. Mas esse ano foi diferente. Cada espaço era um loft... ops... um estúdio, porque lofts possuem pé-direito maior. Assim, cada espaço tinha seu quarto, seu banheiro, sua cozinha etc... e os fornecedores e patrocinadores podim transbordar de alegria. Mas com isso, ficou meio cansativo... 16 estúdios significam 16 quartos, 16 banheiros, 16 cozinhas... e por aí vai. Muitos espelhos, couro, móveis pesados em espaços lotados de móveis e "imoráveis" (leia-se para ricos extravagentes e pouco preocupados com privacidade). Sei lá... ficou devendo um pouco.

Destaco os novos papéis de parede, os banheiros públicos cheios de bossa e a fachada do lugar. Absolutamente linda a casa no Morro da Graça, em Laranjeiras, que vai virar um mega empreendimento imobiliário para milionários.

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CASA COR 2008 - Rio de Janeiro
I'm not an architect or an interior design, but I went to the Casa Cor 2008, an event of interior design. I always expect news, but this one has a few. New wallpapers, funny public bathrooms and the place were the high points. Mirrors everywhere/everything, leather everywhere/everything, heavy furniture and crowded lofts were the motto.... and for me, that is weak.

Paralisia cerebral? Não... Inspiração cerebral!

Hoje pela manhã – antes da minha corridinha –, vi o atleta paraolímpico da Tunísia, Mourad Idoudi, ganhar medalha de ouro no lançamento de disco com a marca de 19,72 metros na categoria F32/51. Não sei como funcionam as categorias. Só sei que qualquer pessoa teria pena ao olhar o grau de paralisia cerebral do atleta. No entanto, ele está em Pequim ganhando medalha.

Vocês não acham que está na hora de parar de reclamar da vida? Eu acho.

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BRAIN PARALYSIS? NO... BRAIN INSPIRATION!
This morning I saw Mourad Idoudi, a Tunisian paralympic athlete, win the gol medal of Men's Discus F32/51 with 19.72 meters. I do not know how this categories works, but the athlete has a high level of brain paralysis... a sad level. A problem for him? No. He's in Beijing winning medals! Don't you think that is time to stop complaining about life? I think so.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Emblemas das Paraolimpíadas de Pequim

De nome "Céu, Terra e Seres humanos", a marca das Paraolimpíadas de Pequim é uma figura estilizada de um atleta em movimento, o que implica um esforço tremendo da pessoa com deficiência, seja no esporte ou na vida real, e personifica o lema "espírito em movimento". As cores representam o sol (vermelho), o céu (azul) e da terra (verde). Pra mim, manteve a falta de originalidade. Não descobri o significado dos três arcos coloridos embaixo, mas eles equivalem aos círculos olímpicos.

Eu sei que o Misha é o melhor. Mas a vaquinha Fu Niu Lele dos Jogos paraolímpicos é bonitinha! O site oficial do evento dá uma explicação mirabolante. Mas realmente vacas são aceitas no mundo inteiro e tem uma ligação estreita com os homens.

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BEIJING PARALYMPICS' EMBLEMS
Dubbed "Sky, Earth and Human Beings", the Beijing Paralympics' logo is a stylized figure of an athlete in motion, implying the tremendous efforts a disabled person has to make in sports as well as in real life, and embodies the motto "spirit in motion". The colours represent the sun (red), the sky (blue) and the earth (green). No originality for me. I do not know the meaning of the three arches down under, but they represent the olympic circles... And I liked Fu Niu Lele, the mascot cow. I know Misha is the best, but the cow is so cute!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Paraolimpíadas

Retorno ao momento olímpico para falar das Paraolimpíadas.

É a primeira vez que acompanho alguns esportes e não tenho nada a dizer a não ser: IMPRESSIONANTE.

É cliché falar sobre lição de vida, exemplo, guerreiros, etc. A jogadora de basquete sentado do Brasil, a Batatinha, pediu num programa de televisão que as pessoas parem de ficar com pena ou ficar pensando em lição de vida. Eles são atletas e estão ali pra competir na melhor da forma deles. Mas é impossível se isentar disso. Em determinados momentos, cheguei até mesmo a questionar o valor que dei para as medalha olímpicas.

É um momento de grande reflexão. Ainda estamos no início, mas o Brasil está em 5º lugar com OITO MEDALHAS DE OURO! Você leu bem? São mais medalhas do que conseguimos nas Olimpíadas! E já tem brasileiro fazendo história como Antonio Tenório da Silva que é TETRACAMPEÃO PARAOLÍMPICO DE JUDÔ! Então, ficam as perguntas: o governo ajuda os deficientes? Existem programas esportivos pra eles? As cidades estão preparadas para eles?

Os Jogos Paraolímpicos são a verdadeira superação dos limites.

Os gremlins estão por trás de tudo!

Alguém aqui é fã de teorias conspiratórias? Então você vai adorar esse retorno nostálgico a década de 80 com provas substanciais de que os Gremlins estão por trás de tudo que acontece de estranho! vejam o vídeo e confirmem!

E lembrem-se: nada de comida depois da meia-noite!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Viva a diferença!



BEAUTIFUL, de Christina Aguilera
(Don't look at me)
Everyday is so wonderful
And sunddenly, it's hard to breathe
Now and then, I get insecure
From all the pain
I'm so ashamed

I am beautiful no matter what they say
Words can't bring me down
I am beautiful in every single way
Yes, words can't bring me down, oh no
So don't you bring me down today

To all your friends you're delirious
So consumed in all your doom
Trying hard to fill the emptiness
The pieces gone
Left the puzzle undone
Ain't that the way it is?

You are beautiful no matter what they say
Words can't bring you down, no no
You are beautiful in every single way
Yes words can't bring you down, oh no
So don't you bring me down today

No matter what we do
No matter what we say
We're the song inside the tune (yeah oh yeah)
Full of beautiful mistakes

And everywhere we go
The sun will always shine (the sun will always shine yeah)
But tomorrow we might awake
On the other side

'Cause we are beautiful no matter what they say
Yes, words won't bring us down, oh no
We are beautiful in every single way
Yes, words can't bring us down, oh no
So don't you bring me down today
Don't you bring me down today...

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(Não olhe pra mim) Todo dia é tão maravilhoso e, de repente, fica difícil respirar. De vez em quando fico insegura por causa de toda dor. Tenho tanta vergonha. Mas eu sou linda, não importa o que me digam. Palavras não podem me derrubar. Eu sou linda em todos os meus detalhes. É, palavras não podem me derrubar mesmo. Então, não tente fazê-lo hoje. Para todos os seus amigos, você é delirante, consumido por toda sua derrota, tentando preencher o vazio. As peças se foram e o quebra-cabeças, desfeito. Mas não é assim mesmo? Você é lindo, não importa o que digam. Palavras não podem te derrubar. Você é lindo em todos os seus detalhes. É, palavras não podem te derrubar mesmo. Então, não tente fazê-lo hoje. Não importa o que façamos. Não importa o que digamos. Nós somos a música dentro da melodia, cheia de belos erros. E, em todos os lugares que vamos, o sol irá sempre brilhar. Mas amanhã podemos acordar do outro lado. porque somos lindos, não importa o que digam. É, palavras não podem nos derrubar. Nós somos lindos em todos os nossos detalhes. É, palavras não podem nos derrubar. Então, não tente fazê-lo hoje.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

E la vamos nóóóóóóóóós!!!

Eu sou um saudosista de desenhos animados. Já falei aqui sobre o Cheroooooooso! Agora, vou relembrar três desenhos absurdamente sensacionais do grande Pica-Pau: "A vassoura da bruxa", "Pica-pau desce as cataratas" e "Pica-pau come fora" que precisam fazer parte da cultura pop de todos. Aproveitem para ver a variação no desenho do Pica-pau.

No primeiro, uma bruxa quebra sua varinha mágica e precisa consertá-la. Ela, então, vai até a fábrica de vassouras do Pica-pau. Mas ela não quer pagar os 50 centavos pelo serviço e começam as trapalhadas entre os dois. O final com a frase "e lá vamos nós" sendo repetida sem parar viou um mantra pra mim! (rs)



No segundo, outro clássico. Pica-pau vai visitar as Cataratas do Niágara. O guia turístico fala que ele proibiu a descida de barril pelas cataratas. Mas é claro que o Pica-pau gostou da idéia e fica até o final tentando descer, mas quem acaba se dando mal é o guia. O melhor do vídeo é a galera que comemora a descida! Inesquecível.



E no terceiro, sua fome o leva a confundir um taxidermista com um restaurante. É o desenho do clássico sonho com "mulheres, automóvel, mulheres, iate, mulheres, mansões, mulheres..." e depois vai tudo pro espaço! Essa idéia ainda gerou outro episódio para o Pica-pau.



E ainda tem muito mais: o Puxa-Frango (com seus barulhinhos inesquecíveis), o sono dos jacarés e a música de ninar, o babá de gorila, a polka, a barbearia e o Rei Luizinho, sua parceria com o pangaré Pé-de-Pano no oeste americano, sua versão do Barbeiro de Sevilla, o Rei do Vudu (afinal, "vudu é pra jacu!"), a cidade fantasma, as famintas formigas de Marte e a fábula da Cigarra e da Formiga que acabou dando num encontro com a própria Fome e a uma guerra de fome com um Lobo! Walter Lantz pra sempre!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

AAACCCOOORRRDDDAAA!!!

No dia 13 de agosto, eu postei um despertador insano que disparava um quebra-cabeça e só desligava ao ser remontado. Agora, resolvi postar um despertador beeeeeeeem mais suave que encontrei no blog de Ligia Fascioni. O designer Johan Brengesjo – que ganhou até prêmio – criou um despertador com pulseiras wireless que vibram na hora que você precisa acordar. Para acionar o “soneca”, basta sacudir o braço. Mas quanto mais você aciona, mais difícil fica adiar a saída da cama. Muito bom.
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WWAAKKEE-UUPP
I've already written about a crazy alarm puzzle clock. Now a better one: a silent wireless one. It wakes you up with its vibrations. The designer Johan Bregensjo won a prize with it!

sábado, 30 de agosto de 2008

Bodas

Todo mundo sempre quer saber. Seja para comemorar casamentos ou relacionamentos e inventar temas para presentes etc... Direto do Wikipedia: BODA é a celebração civil ou religiosa que comemora o casamento. A palavra boda vem do latim vota (plural de votum, "promessa"), referida aos votos matrimoniais. Para cada ano, existe um material que representa uma nova etapa. É tradicional na cultura ocidental, se comemorar com bodas os eventos relativos ao casamento, e com o jubileu, outros fatos marcantes da vida social.

Então... descubram suas bodas:
  1. Papel
  2. Algodão
  3. Trigo ou Couro
  4. Flores e Frutas ou Cera
  5. Madeira
  6. Perfume ou Açúcar
  7. Lã ou Latão
  8. Papoula ou Barro
  9. Cerâmica ou Vime
  10. Estanho
  11. Aço
  12. Seda ou Ônix
  13. Linho ou Renda
  14. Marfim
  15. Cristal
  16. Safira ou Turmalina
  17. Rosa
  18. Turquesa
  19. Cretone ou Água Marinha
  20. Porcelana
  21. Zircão
  22. Louça
  23. Palha
  24. Opala
  25. Prata
  26. Alexandrita
  27. Crisopázio
  28. Hematita
  29. Erva
  30. Pérola
  31. Nácar
  32. Pinho
  33. Crizo
  34. Oliveira
  35. Coral
  36. Cedro
  37. Aventurina
  38. Carvalho
  39. Mármore
  40. Rubi ou Esmeralda
  41. Seda
  42. Prata Dourada
  43. Azeviche
  44. Carbonato
  45. Platina
  46. Alabastro
  47. Jaspe
  48. Granito
  49. Heliotrópio
  50. Ouro
  51. Bronze
  52. Argila
  53. Antimônio
  54. Níquel
  55. Ametista
  56. Malaquita
  57. Lápis Lázuli
  58. Vidro
  59. Cereja
  60. Diamante ou Jade
  61. Cobre
  62. Telurita
  63. Sândalo
  64. Fabulita
  65. Ferro
  66. Ébano
  67. Neve
  68. Chumbo
  69. Mercúrio
  70. Vinho
  71. Zinco
  72. Aveia
  73. Manjerona
  74. Macieira
  75. Brilhante ou Alabastre
  76. Cipreste
  77. Alfazema
  78. Benjoim
  79. Café
  80. Carvalho
  81. Cacau
  82. Cravo
  83. Begônia
  84. Crisântemo
  85. Girassol
  86. Hortênsia
  87. Nogueira
  88. Pêra
  89. Figueira
  90. Álamo
  91. Pinheiro
  92. Salgueiro
  93. Imbuia
  94. Palmeira
  95. Sândalo
  96. Oliveira
  97. Abeto
  98. Pinheiro (igual ao 91?)
  99. Salgueiro (igual ao 92?)
  100. Jequitibá
O próximo? Ora, use a imaginação! Vai valer a pena comemorar, não acha? Aliás... se alguém chegar aos 100 anos de casado, me avisem, ok? Aliás... se alguém passar dos 60 já está no lucro nos dias de hoje!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Propaganda, erotismo e muito humor!

Excelente propaganda do motel Charm divulgando seu pernoite com café da manhã tropical incluso. Dá-lhe criatividade para ser erótico e até mesmo explícito! Aliás, é possível encontrar motéis com propagandas interessantes... é raro e cheia de trocadilhos, mas é divertido sempre.

domingo, 24 de agosto de 2008

Balanço olímpico

Visualmente, a China conquistou o mundo. Luzes, cores, tecnologia, história. E também ganhou os jogos com 51 medalhas de ouro, 21 pódios em 38 modalidades e seus atletas de internato. Mas os heróis, pra mim, representam os quatro elementos: são o relâmpago Usain Bolt com três medalhas de ouro e três recordes em corridas (TERRA), o peixe Michael Phelps com 8 medalhas de ouro em todas as provas que disputou (ÁGUA), a musa Isinbayeva que voa a altura necessária com graça e elegância (AR) e a chama olímpica que foi respeitada e gerou momentos de solidariedade entre países inimigos, como no caso de Rússia e Geórgia que tiveram atletas juntas e abraçadas em um pódio (FOGO). Bom... o respeito à chama ficou no quase... tivemos o abandono da medalha de bronze de um lutador sueco e um chute na cara do juiz de um cubano do taekwondo que estava certo, mas perdeu o controle e o direito de disputar competições internacionais.

O Brasil continua um coadjuvante olímpica que fica achando que pode ser alguma coisa. As expectativas que a mídia joga sobre os nossos atletas são absurdas. Na maratona aquática, uma de nossas nadadoras chegou a 3ª posição faltando ainda 1km pra acabar a prova e os narradores já gritavam "é ouro!". Um absurdo.

Concordo com uma psicóloga que foi à TV dizer que atletas de alto nível não podem se abalar com pressão. Isso é verdade. Aquela famosa frase: "não sabe brincar, não desce pro play". Isso vale para atletas da ginástica, do atletismo e – principalmente – dos medíocres jogadores de futebol masculino. É só seguirem o exemplo de Maurren Maggi e César Cielo.

Mas nós ainda ganhamos 15 medalhas, repetindo nosso melhor resultado de Atlanta, em 1996, ficando em 23° lugar. Foram 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze (menos medalhas de ouro que Atenas, em 2004, quando conseguimos 5). Interessante notar que 3 das 4 de prata são as mais doloridas: o sensacional futebol feminino de Marta e Cia., a discutível família Bernardinho do volley masculino e a dupla de praia Márcio e Fábio Luiz. Somente a incrível prata de Scheidt e Prada é bem comentada por não ter sido esperada. Eu particularmente acho isso idiota. Prata é muito bom. Vem da derrota do ouro, mas é o segundo lugar em uma competição mundial para um país que ignora esportes que não sejam futebol masculino. As meninas do futebol são heroínas que nem emprego tem e ainda chegam a uma final.

Vamos às medalhas:

OUROS INÉDITOS: César Cielo (natação 50m livre masculino com o tempo de 21"30), Maureen Maggi (salto em distância feminino com o salto de 7,04m, dando a primeira medalha de ouro para uma mulher em esportes individuais) e Volley feminino (de quadra com uma campanha primorosa e apenas 1 set perdido na final contra os EUA)

PRATAS SOFRIDAS: Futebol feminino (perdemos de 1 a 0 na prorrogação dos EUA... força meninas!), Vela (classe star masculino com o sempre vitorioso Scheidt e Prada, numa regata inesperada), Volley de praia masculino (Márcio e Fabio Luiz venceram a dupla brasileira principal na semi-final, mas não suportaram os americanos) e Volley masculino (uma conturbada família do técnico Bernardinho saiu do Brasil em crise, chegou à final, mas perdeu de novo para os algozes americanos)

BRONZES DISPUTADOS: Ketleyn Quadros (judô categoria leve feminino, na primeira medalha brasileira para uma mulher em esporte individual), Leandro Guilheiro (judô categoria leve masculino, no bicampeonato olímpico de bronze), Tiago Camilo (judô cateogria meio-médio), César Cielo (natação 100m livre masculino, foi sua primeira medalha lutando contra Phelps), Vela (classe 470 feminino, onde Isabel Swan e Fernanda Oliveira ganharam medalha inédita e indesperada), Volley de praia masculino (Ricardo e Emanuel foram para o bronze após a derrota para os brasileiros de prata), Futebol masculino (sem comentários) e Natália Falavigna (taekwondo feminino inédito!)

Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, fez um balanço positivo. E concordo com ele. Brasil teve mais atletas em mais modalidades, chegou a mais finais (38), chegou a finais que nunca havia estado antes (salto em distância e revezamento 4x100), ganhou medalhas inéditas (ouro na natação, volley feminino e salto em distância, e bronze no taekwondo, no judô feminino e na vela 470 feminino) e tivemos a participação feminina como destaque máximo. Ponto pra ele. Isso é importantíssimo mesmo. E, tirando EUA, Canadá (com três medalhas a mais) e as três medalhas do jamaicano Usain Bolt, somos a potência na América. Cuba (28°) tem mais medalhas, mas tem um ouro a menos. A Argentina ficou em 35º com dois ouros e quatro bronzes.

Mas fica a pergunta: nosso país merece sediar os jogos de 2016? Vocês já imaginaram o que a mídia irá fazer com nossos atletas? Invadindo casas, vasculhando, fazendo horrorosas frases de efeito e vídeos editados... E o Rio? Tem estrutura? Tem políticos que não irão roubar o dinheiro investido? Eu temo pelos resultados... Parece que o Panamericano de 2007 na cidade foi uma tentativa de provar ao mundo e a nós mesmos de que somos capazes. A Copa do Mundo em 2014 vem aí. Mas ficaram muitas dúvidas. O Brasil ainda não investe da maneira correta. Vejam os EUA e seu sistema universitário de investimento em esporte. É quase perfeito. Nossos atletas ainda dependem de migalhas federais em forma de bolsas com incentivo fiscal para agradar a patrocinadores. Alguns treinam com dinheiro próprio e condição não-esportivas.

Bom... que venha Londres. O encerramento londrino foi fraco, mas temos quatro anos até lá.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Candidatas para 2016

Agora vamos ver as marcas das cidades candidatas aos Jogos Olímpicos de 2016. Praga (República Tcheca), Baku (Azerbaijão) e Doha (Qatar) não passaram, então veremos somente as finalistas:


















- CHICAGO: A estrela americana virou a estilizada rosa dos ventos da "Cidade do Vento" que é a estrela da bandeira da cidade e suas pontas representam esperança, harmonia, respeito, amizade, excelência e celebração. As cores dos anéis estão no degradé da imagem. Uma letra sem serifa de ótima leitura e bem moderna. Bom... os "atributos estrelares" caem como uma luva. Só acho que esse degradé vai dar trabalho nas aplicações gráficas. Mas já foram 4 vezes nos EUA: 1904 (Saint Louis), 1932, 1984 (ambos em Los Angeles, que tentou 2016 também com uma marca horrorosa) e 1996 (Atlanta). Será que vão fazer mais uma por lá?


















- MADRI: Uma luminosa mão aberta com as cores olímpicas que representam a união dos povos? E o famoso "M" em toda mão como se fosse o M de Madri, uma cidade conhecida por ser ponto de refrência de várias culturas na Europa? E uma letra "modernosa" que precisa de um traço no meio do zero? Sei não... Parece que o designer Joaquin Mallo entrou nessa onda mundial de marcas orgânicas (vide Oi e Marca Brasil) que pode deixar as coisas bem esquisitas. E antes era pior: só o contorno da mão! Penso que eles poderão trabalhar com os dedinhos... já imaginaram no que vai dar? Bom... Barcelona já teve a sua em 1992 e a Europa teve Atenas (Grécia) em 2004 e terá Londres (Inglaterra) em 2012. Farão outra por lá?













- TÓQUIO: Já fizeram em 64 e vão tentar de novo. O círculo vermelho / sol nascente característico está na tipografia... só que desta vez ficou bom. O nó MUSUBI significa a união de esporte e cultura, de tradição e tecnologia. E porque as cores olímpicas precisam terminar com um degradé? Degradé é sempre complicado! Com essa Olimpíada em Pequim creio que não farão tão rápido uma outra pela Ásia... mas o capitalismo pode falar mais alto.
















- RIO DE JANEIRO: Sempre o Pão-de-Açúcar... Dessa vez com um jeito de coração / borboleta que, para a designer Ana Soter, mostra a inquestionável paixão dos cariocas pelo esporte. Isso é verdade, mas você vê isso na marca? Ela inovou nas cores com a introdução do laranja e variações de verde (significam "natureza exuberante"...) e acho isso positivo. Mas o número 1 ser um ponto de exclamação para contrapôr a letra I de Rio, na minha opinião, foi forçado. É para demonstrar a emoção que todos têm quando chegam à cidade e como estamos felizes por sediar os jogos... É? Jura? O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro disse que a marca é forte, nobre e cheia de energia e apresenta a felicidade que os brasileiros tem de receber diferentes povos. Então, tá... Mas parece que temos chance. Nunca houve uma Olimpíada na América do Sul e o COI já investiu nos Jogos Panamericanos de 2007 para poder reduzir o investimento. Será que vai?

Por fim, descobri o porquê da criatividade sumir dos anéis: o Comitê Olímpico Internacional proibiu o uso de símbolos olímpicos nas marcas! A tocha de Atlanta em 1996 foi a última. A primeira marca para Chicago utilizava uma tocha (criatividade americana?), mas teve que mudar para essa.