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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vergonha oficial

Recentemente falei sobre esta horrível e polêmica marca da Copa 2014. E acho que tenho muito pouco a acrescentar do que já falei, principalmente depois dela ter sido oficiaizada. Mas acho necessário corrigir que não foi uma agência francesa que criou a marca e sim a agência África, que teria concorrido com outras 25 agências brasileiras.

Isso mesmo... uma agência de publicidade criou uma marca que foi aprovada por Ivete Sangalo e Gisele Bündchen! Parece que a marca se chamaria "Inspiração". Eu já acho que faltou muita...



Bom... e já que ninguém me lê ou me ouve mesmo, será que alguém lê e ouve Alexandre Wollner? Um dos maiores designers ainda na ativa desse país, responsável pelo fortalecimento do design brasileiro? Afinal... ele disse que marca é uma porcaria e ainda falou o mesmo que eu, quando disse que o problema não é parecer o Chico Xavier, mas sim um rosto envergonhado! Leiam AQUI a entrevista. E de sobra ainda fiquei sabendo que a falta de ética não está somente na escolha dos jurados, mas também na exclusão da ADG (Associação de Designers Gráficos) da coordenação de escolha da marca. Quem fez isso? A Fifa...

Sinceramente... preciso dizer alguma coisa mais sobre a minha profissão?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Novos brasões

Uma semana para a Copa do Mundo na África do Sul, então, este blog ficará um pouco mais "futebolístico", mas sem fugir de suas "raízes", né? Por exemplo, vocês sabiam que a Umbro e a Nike criaram marcas para algumas seleções?

Designers, artistas plásticos e ilustradores foram chamados pela Umbro para fazer esses novos brasões de seleções campeãs na World Champions Colection. O do Brasil foi feito pelo artista gráfico Fernando Chamarelli.

Argentina (ZZK Records), Uruguai (Martín Albornoz), Alemanha (Marok), França (Andre), Inglaterra (Ben Eine) e Itália (Tanino Liberatore)

E, também objetivando celebrar esse espírito esportivo que a Copa traz, a Nike lançou a True Colors com:

Brasil (por Nunca)

França (por So Me/Bertrand de Langeron)

África do Sul (por Kronk)

Holanda (por Delta/Boris Tellegen)

EUA (por Mr. Cartoon)

Inglaterra (por James Jarvis).

Bom... no geral... não fui muito fã, não. A iniciativa de contratar novos artistas é muito legal, mas os resultados... sei lá. Acho que só gostei do canarinho de Chamarelli. O da Holanda é tão viajante que acabei achando interessante.

Ah... e pra quem não sabe, eu sou um craque de bola que mostro minha arte sempre que posso. Resolvi fazer um blog lá da pelada que eu jogo só com bobagem da galera, mas, às vezes, coloco coisas referentes ao futebol mundial. Quem quiser, vá lá.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Psicografaram uma marca!

Venho eu cheio de discursos sobre uma mudança de pensamento, revendo meus conceitos sobre a profissão... quando me deparo com:

No Facebook, eu li que parece o Chico Xavier psicografando (veja a imagem de novo, considerando as mãos verdes como o cabelo e a mão amarela como a mão no rosto). E parece mesmo. Ou, então, é o povo brasileiro se lamentando pelo futebol mequetrefe e pela estrutura de quinta "catiguria"...

De início, só consegui criticar. Na matéria que saiu na Globo.com, falava em um juri de "notáveis" que selecionaram essa maravilha: Gisele Bündchen, Paulo Coelho, Ivete Sangalo, Oscar Niemeyer, Jérôme Valcke (secretário-executivo pentelho da Fifa), Hans Donner e Ricardo Teixeira.

Hã?

Cadê os desginers brasileiros aí? Ivete pode ser minha musa, mas o que a qualifica para falar de identidade visual? Gisele pode ser linda e ter uma marca pessoal mais linda ainda, mas o que a qualifica para falar de identidade visual de uma Copa do Mundo? O Valcke é um pentelho que só fala mal do Brasil e deve estar doido pra Copa ser em outro país. Niemeyer tem 102 anos e é arquiteto. Ricardo Teixeira acha que entende de futebol, que diremos de deisgn... Do Hans Donner, sei que existe uma legião de designers brasileiros que são contra ele, mas, no meio dessa turba, acho que ele se salva. Ah... preciso criticar a presença do Paulo Coelho?

A marca foi criada por um escritório francês e já teria sido registrada pela Fifa no Escritório de Marcas e Registro de Design da União Européia e será apresentada no fim desta copa africana. Ou seja... já era. Nem se dignaram a pensar que o próprio país teria profissionais capazes de realizar esta tarefa. Só nos resta ter a iniciativa de utilizar a internet para produzir um número sem fim de marcas que poderiam substituir facilmente essa daí. Aliás, essa é a iniciativa do blog Espaço.com.

Mas depois desse desabafo crítico e um pouco raivoso, eu me lembrei que mês passado fiz um post sobre as identidades visuais das copas. Rapidamente fui lá ver e conferir que existem coisas BEM piores.


Claro que isso não é motivo pra fazer qualquer coisa, mas percebe-se que o padrão da Fifa é bem duvidoso.

Só que aí vem meu amigo Fabio e me derruba (no bom sentido). Ele escreveu sobre essa marca de uma forma bem clara e cheia de argumentos que provam que essa marca funciona, é interessante, mas precisa de apenas uns ajustes. Resumindo, ele acha que as críticas que andam surgindo na internet é uma raiva coletiva da ausência de designers brasileiros e do juri. Isso eu concordo, afinal, tô nessa! Mas ele pergunta: quem são afinal esses profissionais que poderiam julgar esse trabalho? Acho que só ele, que deu inúmeras razões com fundamentação teórica (14 parâmetro de Chaves/Bellucia.. uau!) pra marca servir pra alguma coisa. Leiam AQUI na íntegra e, de quebra, vejam o Chico Xavier da marca.

Sinceramente, eu até concordo com algumas das citações dele, mas o resultado final é TOSCO! É ruim. Com cara de mal acabado. Tipografia péssima. Processo de seleção inexsitente, juri falso. Autoridade questionável. Acho que vou aproveitar o clima da Copa pra criar também e entrar no tal desafio. Ou, então, realmente rever os meus conceitos...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Visual das Copas

Que tal vermos um pouco das identidades visuais das Copas do Mundo de Futebol? Os cartazes existem desde a primeira Copa, em 1930, no Uruguai. Já marcas propriamente ditas, só a partir de 1950 no Brasil, começando por uma forma de selo. Já os mascotes, só em 66 na Inglaterra.

Em 28 de maio de 1928, a FIFA decidiu pela criação do campeonato mundial, iniciando a partir de 1930 no Uruguai, na seqüência das comemorações do centenário da independência do país, aliada às conquistas olímpicas de seu futebol. Treze países participaram e o Uruguai sagrou-se campeão sobre a Argentina por 4 a 2. O grafismo - criado pelo artista Guillermo Laborde - que remete ao goleiro é muito legal, mas a tipografia art decó deixou a desejar.


Em 1934, na primeira Copa européia - cheia de política -, 16 times participaram e novamente os donos da casa se tornaram os campeões: Itália 2 x 1 Tchecoslováquia. Cartaz interessante que parece mostrar as influências gráficas da época (como a tipografia sem serifa). Lembrem-se que a Bauhaus (escola de design) foi fechada em 1933, mas o fascismo e o nazismo aproximavam a Itália da Alemanha.


A Itália venceu novamente, em 38, na França. Foi um campeonato tenso, por conta da situação internacional (que posteriormente levaria à Segunda Guerra Mundial). Aliás... vocês não acham que esse cartaz mostra bem isso? Um homem que pisa na bola, que pisa no mundo, tudo com tons de vermelho... bem agressivo, imperativo, forte, nazista! Arte do francês Henri Desmé, famoso por cartazes de cinema.


Após um intervalo de 12 anos por causa da guerra, a Copa precisava mostrar a união dos povos e acontecer fora do continente europeu. E isso está na meia do jogador muito bem ilustrado, passando também uma descontração - hoje já desgastada - do nosso país. A Copa de 50 tem um final que todos nós - infelizmente - sabemos o resultado: vitória do Uruguai sobre o Brasil no Maracanã(zo)... Uma redução e simplificação do cartaz foi usada como selo / marca.


Com essa cruz vermelha em uma marca milimetricamente desenhada, alguém tinha dúvida que a Copa de 1954 foi na Suíça? Era o ano do 50º aniversário da FIFA, portanto era apropriado que a competição máxima do futebol fosse jogada no país de seu órgão maior. No cartaz de 30, o goleiro consegue agarrar a bola... nesse o goleiro está fazendo aquela cara de "putz, franguei!". É o único cartaz que mostra o momento exato do gol. Não descobri informações sobre o tipo de ilustração quase primitivista. Ah... a Alemanha Ocidental levou o título sobre a Hungria.


O Brasil conquistou seu primeiro título mundial na Copa de 1858, na Suécia, com um sonoro 5 a 2 sobre a seleção da casa. Pelé já fazia arte. Nada muito inovador no cartaz de fundo amarelo: é a primeira vez que o nome do país-sede aparece em outros idiomas. A bola da Copa anterior se repetiu com uma faixa de bandeiras (que lembra a meia de 1950 como o símbolo de união mais presente). A marca seguiu o padrão-selo de 50.


Vários países se candidataram a sede da Copa de 1962, mas a FIFA não queria outro país europeu. Então, o Chile ganhou a chance. Mas dois anos antes do evento, um terremoto de 9,5 detonou o país! Com o slogan não-oficial "Porque nada tenenos, lo haremos todo" (porque nada temos, faremos tudo), o Chile conseguiu sediar o campeonato que o Brasil levou ao derrotar a Tchecoslávquia por 3 a 1. Interessante a ideia desse cartaz que coloca a bola como um satélite da terra e destaca o Chile no planeta, numa referência a corrida espacial que acontecia pelo mundo. Já a marca... ruiiiiim! Imaginem as reduções dela! As coisas boas na marca são tão poucas que nem merece comentários.


A Inglaterra foi escolhida como anfitriã de 1966 pela FIFA para celebrar o centenário da codificação do futebol na Inglaterra. E a seleção inglesa levou o caneco ao bater a Alemanha Ocidental por 4 a 2. O cartaz - quase minimalista - serviu apenas para introduzir World Cup Willie, o primeiro mascote da história das Copas e um dos primeiros a serem associados com uma competição esportiva importante. O leão é o símbolo do Reino Unido. A marca é ruim como a do Chile... nem a Union Jack salva.


Essa foi a copa da seleção mágica do Brasil. Final incrível com a bomba de Carlos Alberto Torres fechando os 4 a 1 sobre a Itália. Foi a primeira Copa do Mundo da famosa bola de pentágonos pretos e hexágonos brancos, a Telstar da Adidas. E toda a identidade visual seguiu essa novidade de forma impactante e pregnante. Bem legal. Não sei se o autor foi Lance Wyman, responsável pela marca olímpica de 68. A cor rósea também foi colocada como uma forma de chamar atenção: uma ruptura dentro do universo masculino do futebol. E o que dizer de Juanito? Mascotes definitivamente são para crianças... ou não?


A Weltmeisterschaft (Copa do Mundo, em alemão, sendo WM sua abreviatura) teve a Alemanha Ocidental ganhando de 2 a 1 da Holanda na final. Os bobos mascotes Tip e Tap usam o WM74 da marca. Muito legal esse cartaz de pinceladas rápidas - que, por mais oposto que seja, vai ter uma referência no movimento geométrico da bola na marca - em fundo preto que aumenta seu contraste.


Nossos hermanos levaram sua primeira Copa na casa deles com várias polêmicas políticas (e futebolísticas... que diga o Peru!). Gosto da marca numa simplificação geométrica do ato de segurar uma bola. A comemoração no cartaz reticulado em estilo pop pode parecer não tão bem resolvida, talvez por querer também parecer um homem sendo preso na ditadura em que os argentinos viviam. Gauchito foi o mascote com seu olhar arrogante.


Primeira Copa com 24 países e uma seleção brasileira inesquecível (Voa, canarinho, voa...). Pena que foi o terceiro título italiano. Sendo na Espanha, sigamos Miró! É o que faz o cartaz: segue seu incrível estilo, mas que não é apreciado por todos. A ideia era estabelecer o futebol como arte. Ah, o Laranjito... eu adorava! E essa marca funciona sem as bandeiras no fundo, com um resultado simples e excelente.


A Copa de 86 era pra ser na Colômbia. Mas graves problemas econômicos fizeram a FIFA levar o campeonato para o México novamente (porque que o Sarney recusou essa Copa... sem comentários). Maradona estava mais uma vez sem controle e levou o título (na mão) pra casa. O cartaz tentou mostrar a grandiosidade da civilização asteca através da fotografia com sombra e perspectiva forçada. Chegou perto... mas prefiro os cartazes ilustrativos. A marca tentou, mas não conseguiu ficar tão boa quanto a de 68: separou o mundo em dois blocos e eliminou grande parte da Ásia. Pique, a pimenta jalapeño, tentou seguir o Laranjito espanhol e ficar melhor do que Juanito mexicano, mas não teve o mesmo apelo.


Marca? Cartaz? Pra quê se existe o Ciao (saudação italiana)? O mascote da Copa de 90 é talvez o mais marcante, exatamente por fugir do ideário infantil que permeia esse assunto. Ciao foi adorado por todos. E diga-se de passagem: marca bem legal também, usando de perspectiva e tridimensionalidade induzidas! O cartaz ficou meio sombrio com a ideia do campo de futebol dentro do Coliseu, em um paralelo da arena de gladiadores. A Alemanha venceu pela terceira vez.


É TETRA! Me arrepio até hoje ao ver o Baggio perdendo o pênalti... Gosto da marca da Copa de 94 nos EUA. Acho simples, objetiva, bem resolvida, lembrando a bandeira americana. Já o cartaz... seguiu uma linha tão diferente que se perdeu. Bolas formando o ano, com linhas marcando as sedes, o eterno patriotismo exacerbado em cores e formas, sei lá... e por que um cachorro (Striker) de mascote? Não sei.


Tremeu, perdeu. A França levou sua primeira Copa em casa sobre o Brasil. Nem preciso/quero lembrar. A marca é simples como a dos EUA (a bola como o sol no horizonte circular do planeta sobre a França), mas não gosto tanto, pois me parece desequilibrada. O cartaz ficou meio over num excesso de experimentalismos visuais e tipográficos. O galo Footix - um dos símbolos nacionais da França - tem seu nome como uma junção de "football" e "-ix" de Asterix. Ficou parecendo o Pica-Pau...


Para a primeira Copa do século XXI e primeira na Ásia (Japão e Coréia do Sul), a FIFA criou um modelo de marca que passou a ser imposto: uma taça da Copa geometricamente estilizada. Não curto essa regra, mas a solução dada pelos designers Sogen Hirano (Japão) e Byun Choo Suk (Coréia do Sul) no cartaz é excelente: pinceladas rápidas como os ideogramas orientais. Nada a declarar sobre esses mascotes bizarros: Ato, Kaz e Nik foram gerados por computador para serem "átomos de bola". Tá... mas não querem dizer nada. Ah... a gente levou o penta com o Ronaldo cascão.


Odiei essa marca. Com força! Nem quero falar sobre ela. Sobre o mascote, também não... (Goleo e Pille, o leão e a bola falante...). Gosto somente do cartaz representando a constelação de jogadores que estariam presentes numa Alemanha finalmente unificada. A Itália ganhou o tetra sobre a França.


A primeira Copa do Mundo no continente africano teve o cartaz mais belo de todos, criado pelo Switch Design Group! A silhueta do pescoço e cabeça do menino formando a África... muito bom! E o legal é que fizeram várias cartazes pra essa Copa, lembram? Não sou um fã da marca que também tem o "modelinho FIFA", mas usa a ideia de pinceladas geométricas para novamente criar o formato do continente (colorido ao fundo) bem como do jogador (preto na frente). O leopardo dourado de cabelos verdes, Zakumi, representa as cores do uniforme da equipe Sul Africana. Seu nome vem de "ZA", o código padronizado da África do Sul (ISO 3166-1 código alfa-2), e "kumi", uma palavra que significa "dez" em vários idiomas africanos. A Espanha finalmente conseguiu seu título mundial.


A Copa retornou ao Brasil em um momento complicado com manifestações políticas e uma identidade visual questionável. A marca geometrizada da FIFA foi eliminada, mas a taça em si passou a ser o foco com um resultado péssimo (já falei AQUI e AQUI sobre ela). O tatu-bola foi o mascote Fuleco, que tem uma boa ideia mas um nome ruim escolhido em votação pelo público. Sobre o cartaz, já comentei AQUI e acho bacana lembrar que tivemos cartazes para cada sede (veja AQUI). Um inesquecível 7 a 1 e os alemães levaram seu tetra merecidamente.



Para a Copa na gigante Rússia, a marca virou um barbeador elétrico. Brincadeiras a parte... a marca/taça ficou meio alienígena com todas as decorações russas. Já o cartaz ficou muito bem pensado por Igor Gurovich, seguindo a estética russa (e dos antigos cartazes), tendo o incrível goleiro Aranha Negra (Lev Yashin) como destaque. Remete ao primeiro cartaz de 30, com um goleiro agarrando a bola. O lobo siberiano Zabivaka foi o mascote.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um ano depois...

Na manhã de 25 de março de 2009, eu estava defendendo minha dissertação de mestrado. Um ano depois, eu comecei a questionar o título, o que fiz com ele até então, para quê serviu... etc. Não cheguei a nenhuma resposta, mas esses questionamentos me fizeram rever o material da época. E resolvi disponibilizá-lo. Por mais incrível que pareça, não sou muito afeito a demonstrações públicas, mas acho que o conhecimento deve ser passado para que seja visto, revisto, discutido, transformado.

Deu trabalho, mas aí vai! Aqui só está a introdução da minha defesa. As outras partes (identidade, marca, Natura e conclusão) estão no YouTube com alguns pedacinhos faltando. Por favor ignorem o ângulo de filmagem que me pega praticamente de costas e de lado o tempo todo, pois só pude colocar a câmera na janela que ficava atrás de mim. Ignorem também os pleonasmos e o gaguejo que são reflexos de um nervosismo óbvio.



Infelizmente não tinha memória para filmar a verdadeira "defesa", ou seja, quando os professores da banca fazem suas inquisições sobre o lido e falado. Mas aproveito para agradecer mais uma vez meu orientador, Prof. Jorge Lúcio de Campos, e os outros dois membros da banca, Prof. Lauro Cavalcanti e Profª. Vera Damazio.

A apresentação em PowerPoint que eu uso é essa que posto a seguir, mas alguns efeitos de visualização ficaram comprometidos. Se alguém quiser tê-la, deixe o e-mail nos comentários:



E agora? Sei lá... mas tá aí pra quem quiser ver.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Marca de futebol

Este ano é de futebol. Os campeonatos regionais brasileiros já começaram e os internacionais estão no meio da temporada. A Copa Africana de Nações já está na reta final. E, no meio do ano, teremos a Copa do Mundo na África do Sul.

Normalmente no fim de cada ano, fazem inúmeras listas dos maiores e mais ricos times do mundo, sendo que os ingleses e espanhóis costumam liderar essas pesquisas. Até porque o investimento em publicidade e design é muito maior. Existe uma maior capitalização da marca dos clubes, de seus jogadores e dos campeonatos europeus.

Vejam o exemplo da Eurocopa de 2012 que terá sede dupla, na Ucrânia e na Polônia, e comunicação visual da Brandia Central. É possível vermos todo o desenvolvimento da idéia através da animação The brand story:


É um estudo de cores, de conceitos, de belezas naturais e artísticas dos dois países em busca de denominadores comuns: as flores. São belíssimos os desenhos florais a partir de figuras humanas e ícones de futebol. Do caule, brotam estádios, bolas e flores que apresentam toda identidade visual a ser utilizada. Além de bonito, o resultado final parece ser coerente e conciso com todo o processo.

Do Com Limão.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

As facetas da Coca-Cola!

Nada como ser uma incrível marca pop...

Mais uma vez a Coca-Cola deixa rolar uma proposta sensacional com o seu nome. O designer francês Dzmitry Samal resolveu desenvolver uma proposta poligonal multifacetada das latinhas do refrigerante, através de uma técnica chamada extrusão por impacto.

Vai me dizer que não ficou bacana? Sei lá se seria tão funcional e é óbvio que a Coca-Cola não vai fazer, mas acho ótimo ver a fluidez do nosso mundo que permite que as coisas mudem sem perder suas identidades. Se fosse um artigo promocional, viraria item de colecionador e valeria milhões! Pensem nisso!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Coca-Cola é isso aí!

Ano passado falei sobre a Coca-Cola azul, uma mudança que a empresa estava fazendo para investir em um determinado público. Com isso, quis mostrar que as identidades visuais hoje em dia devem ser repensadas constantemente ao invés de seguirem os paradigmas fixos criados no século passado. E não é que a Coca-Cola continua fazendo isso, provando que realmente está bem a frente de seus concorrentes?

O escritório de design Ryan Harc (dos coreanos Ryan Yoon e Harc Lee) desenvolveu a proposta Coke Colourless em tempos do blá-blá sobre sustentabilidade e ecodesign. Uma lata sem cores (somente com relevos) economizaria na produção e na reciclagem, sem perder na beleza do produto. Se realmente preservar o planeta poderia ser uma medida PROMOCIONAL interessante, já que a Coca-Cola JAMAIS abandonará suas cores por completo. A Coca-Cola Light (prateada) e Coca-Cola Zero (preta) mantém ao menos a tipologia da marca em vermelho.Durante o Fashion Rio, agora em janeiro, a Coca-Cola Company do Brasil (braço nacional da empresa) irá lançar um novo produto com ares de inovação e evolução do mercado de refrigerantes: a Coca-Cola Light Plus. Ela terá três grandes novidades: sua composição química, o formato sleek (fino e longo com 310ml, semelhante aos energéticos) e a inserção de azul na lata prateada. Com identidade visual do escritório Ana Couto Branding Design, a lata recebeu um PLUS em azul e uma faixa da mesma cor com os dizeres "Aproveite o que você gosta. Hoje e sempre". Mas a grande evolução está no fato do produto ser vitaminado (fonte de vitaminas B3, B6 e B12 e dos minerais magnésio e zinco) e talvez, por essa razão, tenha sido alterado o formato da lata. O blog Design Informa tem mais informações sobre esse lançamento.

Não tomo refrigerantes, mas a Coca-Cola merece aplausos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estilo Ray-Ban

Lembra que falei aqui da customização do All Star e que agora já acontece com as Havaianas? Então... na verdade, essa onda de customização vem acompanhando os novos desejos do mercado de singularidade ao invés dos produtos de massa: é o público DIY (Do It Yourself). Quem tá nessa também é a Ray-Ban com a linha Wayfarer Colors.

A primeira linha contava com a colaboração de artistas em armações coloridas diversas. Mas agora a empresa lançou o Colorize Kit, um óculos escuro com armação branca com 4 canetinhas para customizar a armação de acordo com o estilo pessoal do comprador. E essa linha chegou ao Brasil através da Fundação Dorina Nowill para cegos. A instituição fez um leilão com modelos personalizados por artistas convidados, como Alexandre Herchcovitch, Nando Reis, João Gordo e Marina Person, entre outros. Entre no site e curta!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Absoluta!

Só agora me dei conta que nunca falei sobre a vodca Absolut por aqui. Um erro que será corrigido agora! Vou fazer um resumo do que está muitíssimo bem explicado e com muitas imagens no portal Mundo das Marcas...

A Absolut é uma marca sueca de vodca, fundada em 1879 por Lars Olson Smith na pequena cidade de Ahus. Conhecido como "O rei da Vodca", ele controlava 1/3 da produção da bebida no país com seu método revolucionário de destilação contínua, a retificação, onde a vodca era destilada mais de cem vezes! Mas a alta qualidade da vodca também se deve aos ingredientes de primeira linha: leva o trigo de inverno (que tem maior concentração de amido) e a água totalmente pura proveniente de poços do Sul da Suécia abastecidos pelo degelo natural... UAU!

Só chegou aos EUA em 1979 e com ousadia: desembarcaram em um país sem a menor tradição em vodca (culpa do comunismo russo) e com uma garrafa esquisita de pescoço curto. Resultado? Quase 90 mil litros vendidos no primeiro ano! Nos cinco anos seguintes, já era uma das principais no mercado mundial. Em 1988, foram lançados os sabores da Absolut, começando pela Peppar (de pimenta).
Edição 2009: Absolut Naked com os dizeres "In an Absolut World, there are no labels"

Sua garrafa é sua grande marca: transparente, sem rótulos (o que está escrito está direto no vidro), gargalo curto e corpo bojudo. Ela foi baseada em uma garrafa sueca de remédio do século XVIII e, inicialmente, tinha um rótulo com a foto do produtor (hoje o medalhão com o homem está no vidro). A icônica garrafa começou a ganhar edições especiais em 2006 e não parou mais. O texto da garrafa é:
This superb vodka is made from the grains grown in the rich fields of southern Sweden. Distiled at the famous old distilleries near Åhus. It has been purified 10 times in accordance with traditions dating to the year 1498. In perfecting Sweden's national refreshment, it has become better known by the name Absolut rent Brännvin, Absolut Vodka.
Com tanta qualidade e ousadia, o sucesso da marca veio de forma arrebatadora com uma das mais contagiosas, esteticamente sofisticadas e inteligentes campanhas de mídia impressa da propaganda mundial que se tornou uma das mais longas da história: já são mais de 1500 anúncios! A primeira peça foi a Absolut Perfection, criada pela agência TBWA em 1980 e feita pelo fotógrafo Steven Bronstein. Com uma concisão RARA, em que a marca e a garrafa são o centro de tudo, a campanha tornou-se universal, podendo adaptar-se a qualquer mercado ou tema. Sendo assim, artistas renomados, celebridades, estilistas fizeram parte da Absolut Label, que eram edições limitadas das garrafas que geravam uma extensa mídia no mundo da moda. Em 2008, foi lançado o Absolut World.E agora em 2009, eles estão lançando o Absolut Concept (Doing things differently leads to something exceptional ou "fazer as coisas diferentemente levam a algo excepcional"). É um filme-manifesto que funciona como a "filosofia da marca":


Eu só tenho a dizer que acho esse um dos mais incríveis cases de identidade já existente. Sou fã! Adoraria ser um colecionador, mas já não dá para ter mais uma coleção na minha vida. Vejam esse último lançamento: a embalagem vira um mini-bar!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hortifruti merece os holofotes!

Os famosos anúncios do Hortifruti estarão expostos até 19 de novembro na estação Carioca do Metrô, no Rio de Janeiro. Estão lá as campanhas dos vegetais como partes do corpo humano, dos depoimentos dos vegetais, da revista "Cascas" e os atuais que fazem paródias de títulos de filmes famosos (veja todos da campanha "Hollywood" no blog Cinema é Magia). Tem também algumas campanhas com cores, eventos e peças que não chegaram ao grande público.

A mostra “Exposição Hortifruti: o caminho natural de um sucesso” faz parte das comemorações dos 20 anos da empresa. “Quem passar pela estação do Metrô poderá fazer uma viagem no tempo pelos 20 anos de comunicação de umas marcas mais queridas do Brasil”, comemora Fernanda Hertel, Diretora de Marketing da Hortifruti. E ainda tem o Espaço Hortiplex, com exibição dos comerciais e palestras sobre comunicação e nutrição.Vale MUITO A PENA! É DE GRAÇA (ou, então, custa a passagem ida e volta do metrô...)! A iniciativa é excelente! Deve ser bom fazer esse tipo de propaganda, ou seja, de vender um produto que você acredita que não irá prejudicar em nada seu consumidor e ainda ganhar uma exposição sobre isso! Parabéns Mônica Debanné, da MP Publicidade (no site dela, tem várias campanhas)!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Deliciosas e criativas bandeiras

Traduzir um país em um símbolo só é complicado. Já até falei sobre as famigeradas marcas-país anteriormente... Mas achei muito interessante essa iniciativa de representar as bandeiras dos países com alimentos típicos. Clique nas imagens para ampliá-las e tente descobrir de que são feitos os "pratos":

Brasil

Austrália

Itália

Grécia

França

Líbano

Hungria

Suíça

Coréia do Sul

Marrocos

Japão

Espanha

Ótimo, não? Grécia, Itália, Líbano e Coréia são lindos! Tirando os frutos doidos de Marrocos, o da Hungria é o mais complicado pra mim... Strogonoff? Arroz? E o quê? Achei o azul roquefort da França muito forçado... e o da Austrália eu não faço a menor idéia do que seja! Vou começar uma campanha para mudar a bandeira brasileira para essa com limões e abacaxis...

Esses cartazes foram criados pela agência neozelandeza TBWA\WHYBIN para a Sydney International Food Festival (Festival Internacional de Comida em Sydney). Ficou com fome, né?