quarta-feira, 27 de maio de 2009

Líquidos líquidos

Minha gente... vejam essas duas ações impressionantes que provam que o mundo É líquido.

Alguém aqui conseguiria imaginar a Coca-Cola mudando sua marca de alguma forma? Deixando de ser vermelha e se tornando AZUL??? Pois é... isso está acontecendo!!! Depois daquela ação do McDonald's que me surpreendeu, a Coca-Cola resolveu inovar em Parintins! Isso mesmo.. aqui no Brasil!!!
Então... lá em Parintins acontece a famosa "batalha carnavalesca" entre o Boi Garantido e o Boi Caprichoso. Os participantes do Garantido utilizam a cor vermelha e os do Caprichoso, a cor azul. A rivalidade é tão grande que a galera do Caprichoso só toma Pepsi por causa embalagem azul!!! Acreditem se quiser... a Coca-Cola Brasil percebeu isso e – com autorização da matriz americana – resolveu lançar latinhas azuis na época do festival para aumentar suas vendas!

E a Absolut também. Com uma identidade clara, a vodca sueca Absolut sempre mostrou em suas campanhas e em suas belíssimas garrafas sua capacidade de mudar.

Agora ela lançará uma edição limitada "Absolut No Label" para a campanha "Um mundo sem rótulos". A garrafa vem sem rótulos e etiquetas, mas terá um adesivo removível com o nome da edição, além de um pequeno triângulo com as cores do arco-íris. O objetivo deste lançamento é apoiar as pessoas que passam a vida inteira sendo rotuladas, sinalizando todo o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais e transexuais. O manifesto diz que o que realmente importa não é a “embalagem”, mas sim o conteúdo de cada um.

Essas iniciativas mostram que hoje, por mais que queiramos manter uma identidade visual rígida, muitas vezes a globalização quebra paradoxos de empresas centenárias. É Bauman na cabeça!

Valeu Com Limão e Vida Ordinária!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Kyr Royal Black Label: perfect naming!

Pensei em "Milico", por ser um Mille... mas esse papo de militar não é muito a minha praia. Por causa da cor oficial – Preto Vulcano –, pensei em "Spock" (ou vocês não sabem que o orelhudo de Star Trek é um vulcano?) ou até mesmo deixar no "Vulcano".

Mas resolvi pesquisar o KYR que está na placa e que não deixa de ser o nome do veículo. Todos sabem que kyr é o nome daquela bebidinha feita de licor de cassis e vinho branco. Se for com espumante ou champagne, vira Kyr Royal. Mas tem outros significados: kiloannum (medida geológica equivalente a um milênio, abreviatura de "kilo" + "year") e abreviatura da OTAN para Quirguistão (Kyrgyzstan).

Escolhi – é claro – o nome da bebida "real", com muito champagne pra comemorar todas as novidades dos últimos tempos. Adicionei o róulo "black label" para dar aquela importância aos muitos anos que virão (olha o milênio aí gente!) e também para referenciar a cor o carro.

Então, foi batizada a aquisição: Kyr Royal Black Label, o novo e internacional Chagasmóvel! O resto é história! Lembrando que SE BEBER, NÃO DIRIJA!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Você é ciumento(a)?

Frase pra todo mundo pensar do excelente poeta Fabrício Carpinejar (rimou!):
Ciúme é um bicho curioso. Nunca se contenta com a primeira informação. Muito menos com a última.
E você? É ciumento(a)? Ou diz que não é, faz um discurso contra isso, mas no fundo se rói (como eu!)? E – prestem atenção! – não estou falando somente daquele ciúme de amor. Pensem bem e vejam como isso acontece em família, no trabalho, com amigos.

Dizem que existe o ciúme bom... aquela quantidade perfeita do sentimento que faz alguém se sentir amado e desejado. Será? É o ciúme responsável pelo amor e o desejo? Sei não...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fé: uma reflexão religiosa e/ou científica

Neste fim de semana estréia o filme Anjos e Demônios, apatado do livro homônimo de Dan Brown, o mesmo autor de Código Da Vinci. O cara gosta de questionar a igreja e isso me interessa muito. Tenho inúmeras ressalvas a fazer ao empreendimento humano chamado religião e seus consequentes dogmas e edificações.

O mesmo homem que criou a religião em seus primórdios para tentar entender o mundo, agora tem a ciência para explicar seus fenômenos. Neste livro, ele retoma o eterno embate entre ciência e religião. E em 2/3 de seu discurso, a ciência parece vitoriosa nas explicações. Mas não nos meios. Leiam esse longo trecho que a Igreja enfrenta diretamente a Ciência e dá até uma pitadinha de Bauman:
A ciência é o novo Deus. Medicina, comunicações eletrônicas, viagens espaciais, amnipulação genética, estes são os milagres sobre os quais agora falamos às nossas crianças. Estes são os milagres que alardeamos como prova de que a ciência nos trará as respostas. As histórias antigas de concepções imaculadas e mares que se abrem não são mais relevantes. Deus ficou obsoleto. A ciência venceu a batalha. Nós nos rendemos. Mas a história da ciência nos custou caro. Custou muito caro para cada um de nós.

A ciência pode ter aliviado os sofrimentos das doenças e dos trabalhos enfadonhos e fatigantes, pode ter proporcionado uma série de aparelhos engenhosos para nossa conveniência e distração, mas deixou-nos em um mundo sem deslumbramento. Nossos crepúsculos foram reduzidos a comprientos de ondas e freqüências. As complexidades do universo foram desmembradas em equações matemáticas. Até o nosso amor-próprio de seres humanos foi destruído. A cieência proclama que o planeta Terra e seus habitantes são um cisco insignificante no grande plano. Um acidente cósmico. Até a tecnologia que promete nos unir, ao contrário, nos divide. Cada um de nós está hoje eletronicamente conectado ao globo inteiro e, entretanto, todos nos sentimos sós. Somos bombardeados pela violência, pela desintegração e pela traição. O ceticismo passou a ser uma virtude. O cinismo e a exigência de provas para tudo converteram-se em pensamento esclarecido. Alguém ainda se admira que as pessoas hoje se sintam mais deprimidas e derrotadas do que em qualquer outra ocasião da história do homem? Será que existe alguma coisa que a ciência considere sagrada? (...) Despedaça o mundo de Deus em parcelas cada vez menores em busca de significados e só encontra mais perguntas.

A velha guerra entre a ciência e a religião está encerrada. Vocês venceram. Mas não venceram honestamente. Não venceram fornecendo respostas. Venceram redirecionando nossa sociedade de modo tão radical que as verdades que outrora víamos como diretrizes agora parecem inaplicáveis. A religião não tem capacidade de acompanhar isso. O crescimento científico é exponencial. Alimenta-se de si mesmo como um vírus. (...) Atualmente calculamos por semana o progresso científico. Estamos girando fora de controle. O abismo entre nós se aprofunda sem parar e, à medida que a religião vai ficando para trás, as pessoas se vêem em um vazio espiritual. Imploramos pelo sentido das coisas. (...) Frequentamos médiuns, buscamos contato com os espíritos, experiências extracorpóreas, uso do poder mental (...) São o grito desesperado da alma moderna, solitária e atormentada, deformada por seu próprio esclarecimento e incapacidade de aceitar que haja sentido em qualquer coisa que seja estranha à tecnologia.

(...) Desde o tempo de Galileu, a Igreja vem tentando diminuir o ritmo da marcha implacável da ciência, às vezes por meios equivocados, mas sempre com intenções benéficas. (...) As promessas da ciência não foram mantidas. As promessas de eficiência e simplicidade resultaram somente em poluição e caos. Somos uma espécie despedaçada e frenética, seguindo um caminho que nos leva à destruição.

Quem é esse deus-ciência? Quem é esse deus que oferece poder a seu povo, mas nenhuma estrutura moral para lhe dizer como usar este poder? Que tipo de deus dá fogo a uma criança, mas não a avisa sobre seus perigos? A linguagem da ciência não vem com diretrizes sobre o bem e o mal. Os livros científicos explicam-nos como criar uma reação nuclear, mas não tem nenhum capítulo discutindo se a idéia é boa ou má.

(...) Estamos exaustos de tanto ser uma diretir para o mundo. Nossos recursos estão esgotados por sermos a voz do equilíbrio enquanto vocês se atiram de cabeça em sua busca or chips menores e lucros maiores. (...) Seu mundo anda tão depressa que, se pararem por um instante que seja para refletir sobre as implicações de seus atos, alguém mais eficiente pode ultrapassá-los em um piscar de olhos. Por isso voces vão em frente. Promovem o aumento das armas de destruição em massa, mas é o Papa quem tem que viajar pelo mundo suplicando aos líderes que tenham prudência. Clonam criaturas vivas, mas é a Igreja que tem de lembrar a necessidade de considerarmos as implicações morais de nossos atos. Incentivam as pessoas a interagir através do telefone, telas de vídeo e computadores, mas é a Igreja que abre suas portas e nos lembra de comungar aqui, no mundo real, que é como se deve fazer. (...)

(...) Mostrem-nos uma prova de existência de Deus, dizem vocês. E eu respondo, usem seus telescópios para olhar o céu e me digam como é possível não haver um Deus. (...) Será que é mesmo tão mais fácil acreditar que escolhemos a carta certa em um baralho em que há bilhões delas? Será que estamos tão falidos espiritualmente que preferimos acreditar numa impossibilidade matemática e não em um poder maior do que nós?

Se vocês acreditam em Deus ou não, tem de acreditar nisto: quando nós, como espécie, abandonamos a confiança em um poder maior do que nós, abandonamos também nossa obrigatoriedade de prestar contas. A fé, todas as formas de fé, são advertências de que existe algo que não podemos compreender, algo a que temos de responder. Com fé, prestamos contas uns aos outros, a nós mesmos e a uma verdade maior. A religião é falha, mas só porque o homem é falho. (...)

O Vaticano já está mandando boicotar o filme assim como fez com o anterior... aliás... assim como fez com os livros. Mas será que o livro foi lido? Será que é outro equívoco na tentativa de frear a ciência?

Eu me considero, de certa forma, um cético. Continuo sendo mais "cientista", porém tenho a minha fé. Esse texto vale uma longa reflexão. Talvez não pela religião ou pela ciência, mas pelos rumos que estamos indo.

(BROWN, Dan. Anjos e Demônios. Trad. Maria Luiza Newlands da Silveira. Rio de Janeiro: Sextante, 2004, p. 314-8.)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Desmistificando a Disney

Olha, eu sou fã das criações de Walt Disney e o que foi criado em seu nome. Sério. Mas esse videozinho me deixou com uma pulga atrás da orelha. Minha primeira reação foi achar falta de criatividade. Mas depois lembrei que os filmes eram feitos à mão, quadro a quadro, pintados... ufa! Relevei algumas coisas, pois acredito que os moldes já deveriam estar prontos. Mas mesmo assim, me senti meio trouxa... Vejam e opinem:

sábado, 9 de maio de 2009

Últimas do Wolverine

Wolverine já veio e já foi embora do Brasil. Mas as notícias não param.

A Marvel confirmou a continuação do filme (ai... ai... ) e deve fazer um filme solo para explorar o personagem de Ryan Reynolds, o Deadpool/Wade Wilson. Parece que o filme teve várias cenas pós-créditos (eu só vi duas - a prisão de Stryker e Wolvie na Ásia - mas parece que o DVD conterá todas) e numa delas Deadpool aparece vivo (clone?). Com isso os mutantes da editora ganham um enorme fôlego na telona, pois já existem projetos para Magneto e os Novos Mutantes.

E vale uma correção: parece que a Marvel decidiu mudar o personagem de Dominic Monaghan. Ele seria o Bico/Barnell Bohusk, mas terminou como Bolt/Chris Bradley, personagem que não existe nas HQs, mas tenta evitar problemas com os "fanáticos puristas".

Além disso, Hugh Jackman gostou tanto do game que foi feito do filme que confessou que algumas narrativas do game foram incluídas no filme. E parece que as críticas tem sido mais positivas ao game do que ao filme. O jogo mostra o mutante desde sua fuga das instalações do Projeto Arma X até as florestas da África e além. As plataformas de lançamento são o Xbox 360, PlayStation 3, PCs, Nintendo Wii, Nintendo DS, PlayStation 2 e PSP. Pena que não jogo mais...

A Panini lançou um hotsite sobre o herói para os brasileiros se informarem mais. Tem até videozinho!

Snikt!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Apareceu o design brasileiro!

Está rolando no MAM-SP a exposição Design Brasileiro Hoje: Fronteiras, que vai até o dia 28 de junho. O programa Starte da GloboNews fez uma edição sobre o assunto e ficou bem interessante para todos entenderem como andam as coisas por aqui. Vejam o vídeo (é meio longo) e depois (é claro) farei comentários.


Bom... pra começar estou achando toda essa iniciativa absolutamente incrível. Mostrar design em todas as mídias é importantíssimo para a produção de uma cultura direcionada. E o programa mostra dois discursos bem diferenciados porém intrínsecos: o design mercado e o design arte.

A famosa Ana Couto carrega bem o discurso que puxa o design e o branding para o marketing. Não é o muito desejado. O discurso é beeeeem enfeitado, mas ela toca em pontos importantíssimos para o entendimento da sociedade hoje. As escolhas, as relações com as marcas, as experiências. E coloca muito bem o design a serviço da sociedade.

Adélia Borges, curadora da exposição, apresenta o que o país produz. É maravilhoso quando ela coloca uma vassoura na abertura da exposição provando que o design faz parte do cotidiano de todos. Eu até vou deixar de reclamar por ter pago R$8 na minha vassoura! Afinal... ela está na parede do MAM! E depois que a entrevistadora pergunta sobre as famigeradas cadeiras (ou você não percebeu que no Brasil design e cadeira são sinônimos?), Adélia responde e em seguida puxa a sardinha do design gráfico! Milagre! Maravilha!

Destaco ainda as folhas-convite de Fred Gelli (não as conhecia e achei genial) e os sapatos customizados que Adélia apresenta logo no início. Os sapatos são uma das conclusões da minha dissertação, mostrando a tendência interativa (customizada) do design.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Como não amar?

Novamente Fabricio Carpinejar utiliza as palavras como ninguém para explicar como ele ama. E acho que todo mundo ama assim, mas não se dá conta. Leiam o texto "Pingado" que ele postou no dia 5 de maio. Aqui vai um pedação:
Ninguém ama por inteiro. Eu amo e sou amado por fragmentos. No início da paixão, mostramos a região predileta: os dons e os dotes. Nossa parte benigna. Fácil decorar e pôr em prática.

É mais simples falar eu te amo quando não se ama. Quando vou falar eu te amo amando, o som não é natural. A boca pesa, a mão lateja, acredita-se em toda vogal. Nossa vida vai junto com os lábios de inverno.

Entendo agora: uma verdade que não se cansa é mentira. Portanto, amo de verdade e amo de mentira, para não deixar nada sem amar.

Não amo por inteiro. Amo por fases. Por dias. Por horas. Há incomodações, ódios e resmungos nos intervalos. Nivelar o amor é aniquilá-lo. É não admitir que a pessoa não é o que espero, nem o que ela espera. E passar a desconfiar que não amo por aquilo que não preciso mesmo amar.

Procuro no amor a cegueira da paixão e os olhos já estão abertos nos dedos. Amar é suportar também não amar quem mais se ama. Lidar com o que nos irrita e não explodir. Dar a trégua para a paciência virar confiança. Não se sentir perseguido na hora da crítica. Não cortar a fala pelo passado. Não ameaçar com o fim, não interromper com chantagens, não sobrepor dissidências com suspeitas. Permitir que o rio mergulhe seus pés em nosso corpo.

O que julgava ser uma virtude - minha disposição em ajudar - pode ser compreendida como arrogância. Como se fosse cobrar um favor mais adiante. Ajuda só é ajuda no instante em que ela é esquecida. Tenho que ser suficientemente discreto para não voltar no assunto. Nunca mais.
Isso é só uma parte e eu concordo em tudo. Pensei em grifar algumas partes importantes, mas tudo é importante. E confesso que tenho que fazer um esforço pessoal para conseguir ser tão altruísta como no último parágrafo que copiei.

E ele ainda fecha com uma frase de seu avô ("O abacate é uma das raras frutas que amadurecem fora do pé") e conclui: "Depende de uma semana longe da árvore. Como o amor. Inclusive quando não se ama".

Instrutivo. Reflexivo. Perfeito.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Agora sim: Wolverine in Rio!

Isso mesmo: Hugh Jackman já está esbanjando sua simpatia no Rio de Janeiro! Chegou ontem a noite, se empanturrou numa churrascaria e se hospedou no Copacabana Palace onde fala com todos os fãs, tira fotos e acena. Pena que vai embora logo depois da coletiva.

E é claro que algum engraçadinho muito do inteligente não gostou nada do assédio corintiano e, assim que Hugh Jackman chegou no hotel, deram uma camisa do Flamengo pra ele autografar. Ou seja... AGORA SIM ESTÁ PERFEITO! hahahaha
E ele já veio aqui nos quadrinhos também! A Pandora Books lançou um 2001 a HQ Wolverine: Rio de Sangue, onde o herói vem passar o carnaval com velhos amigos e se depara com vampiros alienígenas sedentos em São Conrado! Claro que a história é carregada do olhar estereotipado norte-americano, com tubarões, policiais vestidos como no início do século europeu, e gangues de "bate-bolas". Mas vale a pena.

E, se eu fosse da editora Panini, junto com um monte de publicação especial, eu relançaria a graphic novel Wolverine: Saudade, onde o baixinho vem ao Brasil, ter uma aventura em Fortaleza! Como é um álbum europeu, a visão é diferente e assunto é mais denso: exploração de menores e de moradores das favelas por criminosos. A caracterização também deixa a desejar, mas, novamente, vale a pena.

Sobre a coletiva... Hugh Jackman manteve a simpatia e o humor. Não fugiu do clichê de dizer que as mulheres brasileiras são as mais bonitas do mundo, mas pelo menos inovou ao dizer que elas são a fraqueza do fator de cura de Wolverine. Também não esqueceu do "Manual de Palavras Rápidas em Português para animar o público", mas pelo menos decorou uma frase inteira: "Bom dia, estou muito feliz de estar no Brasil". Falou que não conheceu o herói na infância, mas agradeceu a oportunidade de poder fazê-lo. Disse que Wolverine é muito mais durão e cool do que ele e ainda conta com o poder de cura que o impede de ressacas! Bom humor sempre.
fotos e informação geral: Globo.com

Garanto que o filme vai ganhar mais público depois dessa vinda amigável. E as pessoas vão entender o meu fascínio pelo personagem.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Adivinhem quem está aqui?

foto: Orlando Oliveira / Globo.com

Só falta eu ganhar na loto... o cara veio pra cá! Ele está em São Paulo e amanhã vem pro Rio para uma entrevista coletiva de divulgação do filme X-Men Origens: Wolverine. Ele foi conhecer o CT do Corinthians (onde conversou com Ronaldo e ganhou uma camisa do clube com um "X" no lugar do número e o nome "Wolverine" escrito) e diz que se lembra positivamente de sua última passagem por aqui (ao divulgar o filme A Senha: Swordfish), dizendo que lembra Sydney. Diga-se de passagem... ele está coberto de razão! Estive na Austrália e a primeira impressão que tive era que a cidade é o "Rio de Janeiro do Primeiro Mundo"!Importante dizer que o filme está sendo um sucesso de bilheteria mundial: R$4,8 milhões no Brasil, U$73 milhões mundo afora e U$87 milhões nos EUA (16ª melhor abertura de todos os tempos e 4ª melhor de super-heróis, atrás de Homem Aranha 3, Homem-Aranha e Homem de Ferro)! Isso significa aproximadamente U$160 milhões no primeiro final de semana, ou seja, já pagou o custo de produção estimado em U$150 milhões! E lembrem-se que o filme vazou! Rasgou geral!A FOX está tão feliz que nem preciso dizer que já estão pensando em continuação, né? E Hugh Jackman já soltou o que a última cena escondida do filme revela: o segundo filme deve ser na Ásia, com muitos ninjas, samurais, Mariko Yashida e Madripoor (ilha asiática fictícia, próxima a Singapura, onde Wolverine é conhecido como o mercenário Caolho). Sou avesso à continuações porque temo pelo pior... mas... que venha Wolverine 2!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

PENTA TRI!

Isso mesmo, meus caros... o Flamengo é PENTA de novo! PENTA TRICAMPEÃO CARIOCA! Mais uma estrelhinha pro escudo! Ganhamos ontem do Botafogo em um jogo eletrizante. As duas partidas foram empatadas em 2 a 2 no tempo normal e ganhamos nos pênaltis (4 a 2) com nosso goleiro Bruno agarrando até os pensamentos dos zagueiros Juninho e Leandro Guerreiro!

O jogo começou só com o Flamengo apertando e o Botafogo jogando no contra-ataque. Estilo Ney Franco. E as jogadas de perigo eram do alvinegro, porque o Flamengo não conseguia furar o bloqueio. Até que Kléberson resolveu brilhar. Com uma cabeçada bem colocada (que, na minha opinião, só entrou por causa do desvio do Ronaldo Angelim) e um chute desviado, Kléberson colocou o Flamengo com dois gols de vantagem e um relaxamento exagerado. Juan deu de cotovelo numa bola alçada na área e o pênalti foi marcado. Sorte nossa que Bruno estava inspirado e Victor Simões estava zicado.

No segundo tempo, o relaxamento se mostrou fatal. Em 5 minutos, o Botafogo empatou em falta de Juninho e contra ataque rápido. O cochilo foi interrompido e voltou a dar Flamengo. Mas o bloqueio alvinegro era intransponível. E nos pênaltis, brilhou a estrela do marrento Bruno, que já pensa em ir pra seleção no lugar do contundido Doni e também pensa em se transferir pra Portugal.

Com isso, o Flamengo ganhou não só o título de campeão carioca como também a hegemonia estadual (31 títulos contra os 30 títulos tricolores)! HA! Quem mandou duvidar? Só me resta agradecer ao técnico Ney Franco não só por ter ajudado a armar o time nos anos anteriores como também a ter tentado fazer milagre com um time fraco como o do Botafogo e dado um pouco mais de emoção a esse título.

PS1.: Alguém viu o Juan comemorando?

PS2.: Acho que o Léo Moura (que não jogou nada) estava comemorando pelo Juan... ele chorava que nem criança! Daqueles choros que nem sai som! Mas ele pode... ao lado de Juan, Angelim, Toró, Obina, Diego e Bruno são os verdadeiros tricampeões no atual time do Flamengo.

PS3.: Finalmente tiraram a urucubaca do Cuca! Coitado... quando viu o Botafogo empatar, quase infartou! Mas está achando que o carioca é um título de grande expressão... pode começar a rezar por um título nacional com o Flamengo ou você vai rodar rapidinho!

PS4.: Qual é melhor: "E ninguém cala esse chororô! Chora o presidente, chora o dirigente, chora o torcedor!" ou "Mamãe, eu quero... mamãe, eu quero... mamãe, eu quero mamar! Dá chupeta... dá chupeta... dá chupeta pro neném não chorar!"?

PS5.: O que será do time do Flamengo? Sem dinheiro, sem patrocinador, sem pagamento, jogadores em fim de contrato, Obina, Josiel... ai... ai...

PS6.: E o Fabio Luciano, hein? Vai ou não vai?fotos do Globoesporte.com

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Comemorado!

Hoje completei um mês morando sozinho! IHAAAA! É festa! É nada... é a maior trabalheira.. mas é bom pacas! E nem preciso dizer o que fiz pra comemorar, né...
Então... expectativas costumam estragar as coisas, então fui com muita sede ao pote. Cheguei até a ter frio na barriga na hora em que apagaram as luzes!

Pra quem espera ver um filme de super-herói... esqueça. O filme é bem violento e mostra a construção do personagem desde seu início. É claro que tem alguns superpoderes e manobras incríveis com as garras de adamantium. Wolverine continua com suas tiradas e mostrando que é o melhor no que faz. Hugh Jackman É o próprio. E Liev Schreiber como Dentes-de-Sabre / Victor Creed está excelente também. No filme, eles são irmãos. Nas HQs, não. A história que contava a origem da mutação de Logan / James deixava uma ambiguidade o ar sobre esse parentesco (que já havia sido explorado anteriormente por outros roteiristas ao ponto de quase serem pai e filho!). Mas isso foi desmentido. Eles não são parentes. Mas no filme encaixou bem.

Como o filme se propõe a ser cronologicamente anterior ao primeiro filme dos X-Men, não consegui entender como Dentes-de-Sabre ficou acéfalo. Pra quem não se lembra, Tyler Mane interpreta o Dentes-de-Sabre na película... uma idiota que só faz rugir ao comando de Magneto. Até entendo a troca de atores, uma vez que Dentes-de-Sabre tem papel fundamental no filme de Wolverine... mas o que aconteceu com ele?

O resto todo é explicado: porque Ciclope não conhece Wolverine, porque ele não se lembra de nada, o metal em seus ossos, o encontro com Stryker e seu filho (encontro abordado no segundo filme dos X-Men) e por aí vai.

E tem as livres adaptações para o filme funcionar (e funciona sem pontas soltas), assim como a fraternidade entre o Logan e Victor. Querem saber quais? Vão ver e depois me perguntem... não vou ficar contando o filme. Mas é válido um comentário... se o objetivo era dar um pouco mais de densidade ao personagem, faltou abordar um assunto importante: Logan sente dor em TODAS as vezes que apresenta suas garras, sejam elas de osso ou de metal, pois elas rasgam sua carne para sair. Mesmo com fator de cura, elas machucam. Podia ter tido uma ceninha apenas... aquela que ia dar uma valorizada em tudo que o personagem faz, do tipo... "sinto dor para salvar os outros" ou algo assim. Mas eu não sou roteirista e muito menos diretor, né?

AVISO: Existem duas cenas pós-créditos! Uma logo no início e outro no final de tudo. Mas não são nada demais. A última cena é uma tentativa de amarrar um próximo filme, mas só pra quem conhece a história do Wolverine. Só sei que vou ver de novo e vou comprar o DVD.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Uma semana...

É isso aí... só falta uma semaninha... na verdade até menos porque o site (cheio de coisinhas legais) diz que é dia 1° de maio, mas o filme vai estrear no Brasil na quinta-feira, dia 30 de abril. Quer mais? Então toma!!!A sinopse completa do filme de 107 minutos (ou 120?) com direção de Gavin Hood é a seguinte:
O filme se situa no passado, por volta dos anos 1970, com flashbacks que abrangem 150 anos de vida do mutante, inclusive sua infância. O baixinho canadense divide as telas com uma ampla gama de mutantes. Os espectadores conhecerão a Equipe X, um grupo militar secreto composto por Wolverine (Hugh Jackman); seu meio-irmão Victor Creed, o Dentes-de-Sabre (Liev Schreiber); Wade Wilson, um mercenário habilidoso com espadas, conhecido como Deadpool (Ryan Reynolds); Agente Zero (Daniel Henney), um mascarado especialista em rastreamento; Wraith (Will.i.am), um teleportador; Fred J. Dukes, o Blob (Kevin Durand); e Bradley Bico (Dominic Monaghan) capaz de manipular a eletricidade. O líder da equipe é William Stryker (Danny Huston), personagem apresentado no segundo filme dos X-Men, mas cujos motivos e relacionamento com Wolverine serão explorados agora. O filme também explora o trágico romance de Logan e Raposa Prateada (Lynn Collins). O destino dela desencadeia o envolvimento de Wolverine com o Programa Arma X, um experimento ultra-secreto bilionário. Logan é uma das peças-chave desse experimento, que incluem também Gambit (Taylor Kitsch), o jovem Scott Summers, que vem a se tornar o Ciclope (Tim Pocock), a bela jovem mutante Emma Frost (Tahyna Tozzi) e o já mencionado Deadpool, com quem Wolverine trava um combate derradeiro.

Bom... essa parte do meio-irmão vai dar o que falar. Coisas de adaptação, como um Wolverine gigante e o Bico manipulando eletricidade. Outra coisa é saber como o Wolverine e o Ciclope se conheciam no passado, se no primeiro filme dos X-Men eles são apresentados... vamos ver como o filme se desenrola pra poder criticar, certo?
Hugh Jackman promoveu o filme do mundo inteiro e acabou com as "garras" na Calçada da Fama de Hollywood! Claro que não foi só por causa do Wolverine, mas que esse personagem deu um empurrão... ou como diria Wolverine para Colossus... um "arremesso especial" na carreira do ator, ah isso deu!Detalhe: o filme vazou na internet há duas semanas atrás e teve até FBI envolvido na investigação com demissão em altos cargos. Disseram que vazou uma versão preliminar sem todos os efeitos, mas já tinha gente vendendo a R$5 no camelô!

Sinistro, mas nada que derrube a força do "baixinho" nas bilheterias mundiais. Eu, com certeza, vou dar meu dinheiro inúmeras vezes! Ele até fez a famosa campanha americana "Got milk" que incentiva o consumo de leite!
Queria saber apenas porque em São Paulo vai ter uma mega exposição do herói com direito a fotos, banners e uma réplica do Hugh Jackman dentro do tanque de adamantium! Tá... os banners e as fotos podem ir pra cucuia... mas EU QUERO UMA FOTO DO LADO DO TANQUE!
No mundo dos quadrinhos, o herói continua bombando. Nos EUA, vários especiais e ainda por cima várias revistas terão capas com Wolverine em quadros de pintores famosos. No Brasil, uma enxurrada de Wolverine que, além de sua revista mensal e dos encadernados do mês, participa das duas revistas dos X-Men, das duas revistas dos Vingadores e da saga Invasão Secreta! Ah... e ainda tem o game do filme e as animações onde é lider dos X-Men (mini-série) e enfrenta o Hulk (confronto). Que beleza!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Brasil esquecido

Pois é... deixei passar o dia de propósito. Meu primo Kiko me alertou que temos feriados nos dias 21 (Tiradentes) e 23 (São Jorge) de abril, mas não temos feriado em um dia muito mais importante... o dia do meio... o 22 de abril... DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRASIL!

Já que o povo brasileiro gosta tanto de um feriado, como podemos esquecer de comemorar um momento histórico tão importante quanto esse? Afinal, só estamos aqui do jeito que estamos hoje (bem ou mal) porque Cabral resolveu se perder e chegar aqui! Por que não fazemos feriado? POR QUÊ???
Desembarque de Cabral em Porto Seguro, pintura de Oscar Pereira da Silva

Eu voto em feriado nacional! E Salve Jorge!

O nascer da Terra

Em 22 de abril de 1970 o senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição que acabou por criar a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Vinte anos depois, a data foi adotada mundialmente como o Dia da Terra.

Noa no passado, a agência espacial japonesa Jaxa capturou o horizonte lunar através da sonda Solene (ou o explorador lunar Kaguya). Nas imagens, é possível ver a Terra nascendo como costumamos ver nosso sol e é o primeiro registro completo de desse "nascer". A captura destas imagens só é possível apenas duas vezes por ano, quando as órbitas da Lua, da Terra, do Sol e a sonda estão todos alinhados.

domingo, 19 de abril de 2009

Diversão

Depois de dois anos de mestrado e agora no meio de uma mudança, tinha o direito de me divertir não acham? Bom... eu acho!

Sexta-feira foram dois programas culturais bem legais. Primeiro, a peça Fica mais tempo comigo, com a participação incrível da minha colega de mestrado Letícia Rumjanek. Para quem estava acostumado com a voz suave, doce e beeem baixinha da menina, se impressionou. Eu, por exemplo, nem reconheci a voz dela! Em seguida, fui ao novo show do casal João Gaspar e Letícia Carvalho. O show de baladas de jazz é d-e-l-i-c-i-o-s-o! João é um mestre nas cordas... acaricia o violão ou a guitarra e tira o som que quer. E Letícia é minha professora de canto, ou seja, nem preciso dizer o quanto é bom ouvi-la. Curti muito. É o tipo de música que realmente gosto de ouvir... às vezes acho até que nasci na época musical errada!
Sábado, uma festa que varou a madrugada. Pra quem gosta de som eletrônico a noite inteira nos ouvidos foi sensacional. Os DJs eram muito bons, o staff também e o bar não te deixava esperando muito tempo. O clima foi de diversão e muita tranquilidade, nada daquelas boates que parecem um barril de pólvora prestes a estourar se alguém mexer ou pensar na pessoa errada. Mas confesso que estou velho... lugares cheios, música alta e varar a madrugada já saíram do meu repertório há algum tempo.

Domingo, um campeonato para o meu time. Eu até já imaginava que o Flamengo fosse ganhar do Botafogo na final da Taça Rio para que houvesse mais jogos e, consequentemente, mais dinheiro. Bom... como bom flamenguista, o importante é o título! Agora vamos pra cima do Botafogo pra tentar a hegemonia estadual! (fotinho do Globoesporte.com)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O lado negro do design (com uma luz no fim do túnel)

Seguindo um pouco do que eu falei ontem, vou traduzir aqui um post do blog Desgn Sojourn chamado "The Dark Side of Design". Já tinha lido, mas hoje uma aluna de design mandou para toda sua faculdade o link, dizendo que o que estava escrito não era ensinado.

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Tem algo de poder na indústria do design. Algo que alguns sabem mas nunca realmente dizem. Em nossa sociedade competitiva, sempre celebramos os vencedores e desprezamos os perdedores. Costumamos falar sobre aqueles que alcançaram o topo sem deixar espaço para segundos lugares. Assim como nosso mundo do Design é sobre designs campeões, os projetos de grande orçamento que os clientes e consumidores amam. No entanto, nunca falamos dos nossos refugos, dos projetos que odiamos, dos que falharam nos testes, dos que desapareceram. Nós não gostamos de falar do que chamo de "lado negro do Design".

Gostaria de dividir com vocês alguns cenários da vida real que mostram como o mundo do design pode ser um simples buraco do inferno. Quero falar sobre como o dinheiro suplanta a moral e a sensibilidade. Encarar o "lado negro do Design" de frente não é fácil nem divertido.

  1. Você irá projetar algo que odeia. Projetar algo que você odeia é algo que você nunca considera quando sai da faculdade. Não é concebível. Você ama design e ama seu trabalho, então, não é possível que você possa ter que projetar algo que você odeia. Mas vai acontecer. Então, prepare-se e regojize-se na frustração.

  2. Você irá trabalhar para alguém que você odeia. Você vai ser chamado para trabalhar com aquele designer metido que projeta para loucos, mas que sabe puxar um saco como ningúem. Quando acontecer, você vai se dar conta do porquê seu chefe não está pagando o salário dele pra você. Pior... ele pode ser seu gerente. Não só isso, mas você pode ter que trabalhar com um cliente ou associado que te trata como o cocô do cavalo do bandido. Essa pessoa será insensata, vai te menosprezar e odiar tudo que você fizer. Infelizmente, a única coisa a fazer é engolir seu orgulho e dar a cara a tapa.

  3. Você irá escolher entre o que os consumidores querem e o que eles precisam. A maioria dos projetos de design, infelizmente, é para alimentar o consumismo. A realidade é que seus projetos não costumam ser necessários para ninguém. Na faculdade, é ensinado que você repcisa se preocupar com seus consumidor, identificar suas necessidades e projetar para eles. No entanto, você acha que as pessoas realmente precisam de outra cadeira, laptop ou celular? Tenho certeza de que você fará um excelente trabalho, mas será o correto? E a sustentabilidade? Quando deve acontecer ou realmente acontece? Você vai se dar conta de repente que há forças em jogo além do seu controle e você terá que decidir se esse é o caminho correto para sua carreira.

  4. Você não conseguirá distinguir dias de noites. Você irá trabalhar muito. Claro, você pensou que trabalhou duro na faculdade para se graduar entre os melhores da turma, mas você nunca vai trabalhar tanto na sua vida quando você se tornar um designer de trincheira. Tanto, mas tanto que você não saberá dizer a diferença entre a noite e o dia. Você fará isso porque tem que fazer. Você fará isso porque você se importa. Nada mais o que falar: você vai odiar.

  5. Você nunca terá um brief claro. No mundo real, todos sabem o que um brief é, mas ninguém REALMENTE sabe o que é. Você tem que encarar o fato de que não existe um brief claro. Muito menos o franco e direto processo de design aprendido na faculdade. Você vai zigue-zaguear pelas modificações tantas vezes que você vai se achar uma barata tonta. E o pior: os prazos não vão mudar por causa de um erro no briefing de alguém.

  6. Você será responsável pelas falhas no projeto. É simples. O produto não vende? Culpa do designer. O produto não pode ser industrializado? Culpa do designer. De repente, você estará na mira de todos e será culpado por tudo. Mas lembre-se que designers dão sugestões. As pessoas que pagam pelos projetos são as donos deles e, portanto, responsáveis pelo resultado. O que nos leva ao próximo ponto...

  7. Você nunca mais será o dono de seus projetos. Os grandes esforços individuais na faculdade, tornam-se nossos filhos. Você irá derramar seu coração e doar sua alma para um projeto que será tirado de você e passado para outros. Sua idéia será perdida, modificada, "estuprada" e até mesmo morta. Não só isso, mas existirão projetos feitos por tantas pessoas que ninguém será dono deles ou irão querer ser.

  8. Você irá odiar design. Numa bela manhã, você irá arrastar seu corpo cansado de virar noites para apresentar um trabalho a um cliente odioso e vai proferir algumas palavras para você mesmo: "eu odeio design".
É dito que a escuridão vem antes da aurora e isso é o design. Muitos designers abandonam antes de chegar a esse ponto. Eu quase abandonei. As desculpas mais populares são "é muito difícil" ou "essa merda não dá dinheiro" ou até mesmo "ninguém aprecia o meu esforço". Aconselho a segurar as pontas, porque melhora.

Estranhamente essa virada acontece entre 5 e 7 anos de trabalho, dependendo da quantidade de projetos. De alguma forma, depois disso, as coisas entram nos eixos. Pode ser como aconteceu comigo: você acorda e percebe o clique como se você tivesse alcançado o ponto certo. Você já sabe como lidar com aquele cliente abusivo, seus modelos 3D funcionam com os engenheiros e – o melhor – seus projetos começam a ficar fodões e ganham prêmios. Confie em mim. Já vi isso acontecer várias vezes. Não só comigo, mas com outros designers também. O ano 5 parece ser um número mágico, aquele que mostra que seu tempo nas trincheiras acabou.

Termino este post com outra nota edificante: não consigo entender porque as pessoas não falam sobre seus fracassos. Eles geram histórias incríveis e interessantes, especialmente quando você consegue articular o que você aprendeu e como você cresceu com isso. Na minha humilde opinião, isso é bem mais importante do que vender suas vitórias. Pense nisso quando atualizar seu portfolio.

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Então... bom, né? Realmente edificante. Só sei que eu já estou no ano 9 e nada dessa luz no fim do túnel. Acho que me tornei um Darth Phil... Me preparando para ter aprendizes do lado negro do Design! Tan... tan... tan... tan taran... tan taran...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Quero ser Rodin quando crescer: fazer E/OU pensar design?

As formações de design hoje são exclusivamente práticas, ou seja, te preparam para o mercado de trabalho. Possuem uma grade curricular voltada para esse fim com inúmeras disciplinas que buscam transformar os estudantes em máquinas de fazer trocentos trabalhos ao mesmo tempo dignos de notas altas. Falo por experiência própria, mas não garanto o resultado. Mesmo assim, o estudante recém-formado cai no córrego de oportunidades na área sedento. Sede essa que é aplacada em instantes... não pela água da satisfação, mas pelo chá amargo e desestimulante que nos é oferecido pelo mercado ignorante e escravizante. Palavras duras, porém conscientes.

Como sair disso? Não dá. Precisamos disso pra sobrevivermos. Tem saída? Deve ter. Uma delas é o lado acadêmco da questão. Mas quando se pesquisa sobre assunto percebe-se que o caminho oferecido é considerado o oposto total do aprendido na graduação. É como uma grande bifurcação que anda em paralelo, ou seja, os caminhos estão lado a lado mas nunca mais se encontrarão. E tudo indica que é assim mesmo. Os horários de aulas, as demandas, o tempo previsto, o pensar.

Pois é... o pensar. É explicitamente proibido fazer um projeto de mestrado que gere um produto / projeto gráfico. É estritamente necessário que seja um projeto com fundamentação teóricoa que gere conhecimento. Aí eu me questiono: ninguém preparou pra isso! A gradução não faz isso. Mas ao mesmo tempo eu questiono: isso significa que não se pensa na graduação? Olha... até se pensa, mas em argumentos para se defender um projeto. Argumentos esses que deveriam estar embasados na conceituação filosófica do projeto e não em fracos desenvolvimentos práticos quebráveis por uma simples autoridade/ego.

Estou sendo generalista a partir da minha vivência. Tenho visto mudanças, mas meus olhos só foram abertos depois que optei por conhecer o "outro caminho". Dei me conta que agora penso muito mais no design que faço. E penso muito mais no design que penso. Gerar conhecimento e passá-lo adiante é algo incrível. Valorizo cada vez mais os professores e pesquisadores que sabem fazê-lo (não é qualquer um).

Quero fazer parte deste universo. Quero fazer parte de uma força capaz de mudar o mercado ignorante e escravizante. Para isso devo atuar em duas frontes: no pensar e no fazer. Sempre com atitude, com postura de designer pensante E atuante. Sou contra o OU. Será difícil, mas quando não é? Quero ser um Rodin e transformar pedra em escultura, matéria bruta em matéria eterna.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Próximo sonho?

É interessante como a gente traça objetivos na vida o tempo todo. Eu sou fã (quase maníaco) de fazer listas pra tudo, até mesmo para os meus sonhos. Em dois anos, eu realizei dois dos meus maiores sonhos: conhecer a Grécia e morar sozinho. Por um tempo, pensei que não iria demorar para que um sonho fosse pro topo da lista. Mas nunca me esqueci da minha vontade de conhecer Machu Picchu. E nessa últimas semanas algumas coisas tem me apontado nessa direção... será que esse é o próximo sonho? Essa animação francesa aumentou a vontade de conhecer os mistérios desse lugar incrível.

Machu Picchu Post from Machu Picchu Post Team on Vimeo.

Que venham as lhamas!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dia mundial do beijo

O Beijo em Time Square, 14 de Agosto de 1945, Victor Jorgensen

Após seis anos da maior hecatombe da História da humanidade a guerra finalmente acabara. Um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. Dois desconhecidos tornaram-se um ícone análogo da paixão e do regresso.

Quer dia melhor do que esse? Pratiquem!