sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Viva o ar puro!

Hoje o Brasil deu um passo a favor do ar livre das pessoas.

A Lei 13.541/09 (que proíbe o fumo em qualquer lugar fechado de uso comum) entrou em vigor em todo o estado de São Paulo à meia-noite do dia 6 de agosto. A lei estadual é semelhante à Lei 9294/96 (federal), que está em vigor, com a diferença de que não permite a existência de locais reservados para fumantes - os fumódromos - dentro dos estabelecimentos. No caso de descumprimento da determinação, a punição varia de multa de R$ 792 até a interdição do estabelecimento por um mês no caso de reincidência. Alguns estabelecimentos já foram autuados.

Estou tão feliz com isso! Essa lei faz com que as pessoas só possam fumar nas ruas ou dentro de suas próprias casas. O que já é muito... mas eu quero essa lei no Rio!

Mas existe um medo no mercado. Donos de estabelecimentos noturnos temem a redução de clientes e até mesmo aumento de demissões, já que muitos funcionários são fumantes. Será que as pessoas pedirão demissão ao invés de parar de fumar? Jura? Tem uma calculadora no G1 que diz o quanto um fumante gasta por dia e por ano com cigarros, e ainda dá uma geral no efeito em sua saúde. Se eles não se demitirem e pararem de fumar, vai haver um aumento em suas finanças!
Nunca consegui entender a necessidade de fumar. Cheguei a ser quase militante anti-tabagista em 2004 e 2005. Mas parecia que eu estava dando murro em ponta de faca. Todos os fumantes me diziam que se sentem bem, que é uma sensação prazerosa. Ok... e a fumaça que fica nos cabelos, nas roupas, no suor, no beijo? E a perda do paladar? E a perda do olfato? E o afastamento das pessoas? E todos os malefícios físicos (não só os pulmonares, mas na boca, nos dentes, no estômago e por aí vai...)? Alguém aí falou em câncer? Será que "prazeroso", não é um benefício muito pobre? Não tem nada de bom no cigarro. NADA!
Repito: cigarro não serve pra nada. É só malefícios. É uma bengala do mal. Depender do cigarro para "ter prazer" ou "desestressar" é fraqueza de espírito. Leiam um livro! Pratiquem um esporte! Vejam um bom filme! Façam sexo! Arrumem um hobby! Sei lá! Mas botar um cigarro na boca é sinal de sadomasoquismo puro... é gostar de sofrer e gostar de fazer mal a quem está a sua volta.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Ao mestre, com carinho...

Tive a felicidade de receber esta semana um informativo sobre os 10 anos de Ronaldo Barcelos como Mestre Tubarão, de capoeira do Grupo Terra Firme, do Grupo Sete Mares e agora fazendo sucesso internacional na Espanha!

QUEM É O MESTRE??? TUBARÃO!!!

Mestre é mestre. Ele é o responsável por dois lemas que carrego na minha vida: "Existem fases e fezes" e "Quando a gente tropeça, a gente cai pra frente". Esses são dois dos muitos ensinamentos que essa cara do bem transmitiu não só pra mim, mas pra toda família da capoeira que está por aí. Valeu, Energético, pelo envio do vídeo que me fez aquecer as memórias.
Meus amigos X-Man e Anjo Branco mordendo meu cordel verde no dia do meu batizado de capoeira como Barbeiro (eu não faço a barba... e tem a doença de Chagas... mas eu dirijo bem, ok? rs)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A conspiração dos porcos

Estimulado pelos comentários e notícias dos últimos dias, resolvi falar sobre a gripe suína... ou, na minha opinião, a nova histeria coletiva!

Quando houve a epidemia da dengue no Rio, todo mundo que tinha dor de dente dizia que estava com dengue. Até que a maior emissora de televisão do Brasil resolveu atrapalhar tudo colocando um médico "conceituado pelas massas" a falar besteiras médicas para reduzir a histeria. O que aconteceu? As emergências médicas ficaram com jeitão de negligentes porque os "doentes histéricos" só aceitavam o que o supermédico havia falado. Só podiam prescrever repouso absoluto. E qualquer coisa continuava virando dengue.

E agora temos os porquinhos matando por todos os lados...
E assim começou uma epidemia...

Pois é... há alguns meses atrás, o México entrou em quarentena mundial. Ninguém entrava ou saía do país. Quem tivesse estado recentemente no local, se tornava imediatamente "radioativo".

Mês passado foi a Argentina. Fechamento de teatros, shoppings, adiamento de aulas, cancelamento de congressos internacionais (eu me ferrei nessa!) e pessoas entocadas com estoques de máscaras no final.

Agora é o Brasil... de repente, as férias escolares foram prolongadas. Não vou dizer "adiamento das aulas" porque é absolutamente ridículo. As crianças continuam nas ruas, frequentando salas de cinema fechadas e shoppings no meio de uma multidão de pessoas. Boates e restaurantes continuam cheios, sem ventilação adequada, todo mundo respirando junto, sem gelzinho no banheiro. E o metrô... bom... de metrô eu nem preciso falar, né? Ou alguém aqui vai dizer para o chefe que vai "adiar" o trabalho porque o metrô é virótico demais? Não precisa, né? Mas pode dizer que está com dor no corpo que rapidamente te mandam pra casa e outras pessoas começam a sentir o mesmo. É segregação na certa!

Fala sério...

Minha mãe – que é professora – fez uma comentário ótimo: "Para os que precisam andar de avião não esqueçam: abram as janelas para o ar circular (se isso causar problemas e o avião cair já não é mais culpa da gripe suína)". Aliás... queda de aviões também é uma nova histeria coletiva...

Por isso, começo a achar que os porcos resolveram se vingar dos humanos. Após séculos sendo mortos de maneiras deploráveis para virar embutidos e carnes nobres, os porcos tentaram se associar a vermes como a Taenia solium para criar danos cerebrais nos humanos (cisticercose). Como os resultados eram menores do que o esperado, compactuaram com o vírus da gripe para gerar o Influenza A (H1N1).
Enquanto isso, eu me pergunto: por que ninguém fala nada da malária que mata milhões? AIDS? Cólera? Sarampo e pneumonia ainda matam! E a fome e a desidratação que são aparentemente simples, porém mortais? Cadê a histeria coletiva pra isso? E quem se lembra da gripe aviária? Me lembro que o McDonald's fez uma campanha fortíssima pra continuar vendendo McChicken na Austrália! Pois é... mas já passou, né? Matou 250 pessoas em 10 anos! 25 por ano! Oh, meu Deus! ... 500 mil morrem por ano de GRIPE COMUM! MEIO MILHÃO!

Se eu entrar no mérito de falar da indústria farmacêutica, ferrou. Quem gosta de filmes, deve ver Missão Impossível II... isso mesmo... aquele filmeco de ação com o Tom Cruise, onde vemos que a indústria FAZ o vírus, mas também FAZ o antídoto pra poder lucrar. Vejam também o filmeco Epidemia sobre o vírus Ebola. Lembram?

O tal Tamiflu, remédio mais recomendado ultimamente, é de uma grande indústiria (Roche) que está lucrando desbragadamente desde a gripe aviária e tem ligações com indústria bélica americana (Bush!). Vejam os documentários de Michael Moore... Pelo jeito, creio que a Viúva Porcina casou com um americano veterano de guerra, comprou ações desta gigante farmacêutica e mandou mudar o nome da gripe pra poder lucrar ainda mais... TÔ CERTO OU TÔ ERRADO??? (rsrs)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Saudade do bom humor

Há 15 anos atrás, um transplante de coração mal-sucedido levou o melhor trapalhão: Antônio Carlos Bernardes, o Mussum.

Mas de onde veio o "Mussum"? Veio do Bairro Feliz, o programa humorístico da TV Globo em 1965, que lançou Antônio Carlos na TV. As cenas se passavam em um bairro imaginário situado no subúrbio do Rio de Janeiro, por onde desfilavam personagens de Agildo Ribeiro, Berta Loran, Grande Otelo e Milton Gonçalves. Certa vez, em um quadro da escola de samba, Grande Otelo foi acompanhado pelo conjunto Os Originais do Samba, que tinha entre seus integrantes o cabo Antônio Carlos, que participava do programa sem o conhecimento dos seus superiores e, por isso, tentava se manter o mais escondido possível em cena, até que teve um ataque de riso durante um dos programas, quando Grande Otelo deixou cair no chão um livro onde havia guardado o script, porque não havia decorado o texto. Desconcertado, o comediante olhou para o sambista, que era negro, calvo e sem pelos no rosto, e fuzilou: “Tá rindo de quê, ô mussum?”, levando a platéia às gargalhadas. “Mussum” é o nome de uma enguia preta e sem escamas. Milton Gonçalves diz que Antônio Carlos passou algumas semanas irritado com o apelido, mas acabou adotando-o como nome artístico, com o qual entraria para o grupo Os Trapalhões e para a história do humor brasileiro ao lado de Didi (Renata Aragão), Dedé (Manfried – hã? – Santanna) e Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves, infelizmente também falecido) na televisão e no cinema.

Mas pra quem não sabe, Antônio Carlos recusou o primeiro convite de ser humorista por machismo! Ele não queria pintar a cara como os palhaços faziam porque considerava que não era "coisa de homem"! Sorte a dele (e nossa) que ele não precisava se pintar para fazer rir! Nascido em 7 de abril de 1941 no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcellos, Rio de Janeiro, Mussum estudou num colégio interno e tirou diploma de ajustador mecânico. Mas a música falou mais forte. Dividido entre a Força Aérea e a Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado, Mussum acabou fundando com amigos o grupo Os Sete Modernos, que viria a se tornar sucesso nacional como Os Originais do Samba.

Em 1969, Mussum entrou para Os Trapalhões na extinta TV Excelsior, convencido por Dedé. Quando o programa foi para a TV Globo, Mussum teve que abandonar o grupo de samba, mas sem nunca deixar sua paixão mangueirense: todo ano desfilava na Ala das Baianas da Estação Primeira de Mangueira! E é daí que vem o outro apelido: Mumu da Mangueira!

A trupe circense foi sucesso imediato. "Joaquim Mé Silva da Mangueira" era o "nome real" de Mussum, dono de frases inesquecíveis e linguajar único (aprenda com o Mussumgrapher), protagonista de cenas antológicas e até mesmo uma premonição do que viria acontecer.







Zacarias se foi primeiro e o falecimento de Mussum acabou com Os Trapalhões, revelando diversos problemas internos por muitos anos de convivência, como, por exemplo, a formação do grupo DeMuZa em 1983 que excluía Renato Aragão e foi deteminante para a briga Didi/Dedé.

Todos falavam que Antônio Carlos e Mussum eram a mesma pessoa e não um personagem. O sorriso largo, a alegria contagiante e o jeitão do povo eram constantes. Salve o YouTube que nos permite rever e gargalhar.

Backspace

Nada mais a acrescentar. Veio do blog i can read, que tirou do flickr da Stardust.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Superamigos!

Ainda no ritmo do dia de ontem, encontrei no blog Vida Ordinária esse vídeo muito engraçado que – utilizando as palavras do blog – algum desocupado fez: editou cenas do desenho clássico dos Superamigos (a Liga da Justiça da DC Comics, com Super-Homem, Batman, Robin, Mulher-Maravilha, Aquaman, Flash e outros) com o áudio do seriado Friends! A abertura ficou ÓTIMA!

O episódio de Friends é aquele em que Chandler e Joey apostam uma troca de apartamentos com Monica e Rachel ou o "despejo" do pato e do galo que os rapazes criavam no apartamento deles. Ross é o mediador da disputa de perguntas (estilo "quiz game" americano) para saber qual dupla sabe mais sobre a outra dupla. Os homens vencem as mulheres porque ninguém sabe o emprego do Chandler!

Ross é o Super-Homem; Chandler e Joey são Flash e Batman, respectivamente; e Monica e Rachel são Mulher-Maravilha e Robin... claro né! rsrsrs O engraçado é que a voz da Monica fica perfeita na Mulher-Maravilha! Talvez pela semelhança visual dos longos cabelos negros...


E aqui tem o episódio original (quarta temporada, episódio 12), mas o áudio referente só começa a partir de 3'40:

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aos meus poucos amigos

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir pela vida. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure sempre.
Essa frase é atribuída a Fernando Pessoa e é absolutamente perfeita pra mim. O dia de hoje merece essa frase.

Aos meus poucos amigos, felicidade!

sábado, 18 de julho de 2009

Avenida Q!

Caraca... não vou cansar de repetir que vale a pena gastar um pouco mais com cultura.

Fui ver o musical Avenida Q cheio de receios por causa dos bonecos, mas (pela primeira vez) acreditei na crítica e no sucesso de público e não me arrependi. É MUITO BOM! O politicamente incorreto que toda mídia fala pega desprevenido até aqueles que já sabem os títulos de algumas canções após ler sobre a peça. E os bonecos são INCRÍVEIS! Na verdade... os atores são incríveis!
No fundo: Ursinha do Mal, Renata Ricci, Ursinho do Mal, Maurício Xavier e Gustavo Klein.
No meio: Rod, André Dias, Dona Coisa Ruim (Marisa Letícia!), Princeton, Kate Monstra, Sabrina Korgut, Nicholas, Lucy de Vassa, Fred Silveira e Trekkie Monstro.
Na frente: Claudia Netto e Renato Rabelo.

André dá um show como Princeton e Rod. Sabrina canta MUITO como Kate e Lucy. O Trekkie de Fred é IMPAGÁVEL! Disparado o melhor (pra mim)! A Japaneusa de Claudia é demais também. E não tem aqueles momentos mais ou menos, meio parados... Toda a peça é boa! Os ursinhos, o "neeem" da Lucy, a cena de sexo, a música pornô (a melhor!), o Gary da embalagem de chocolate, as piadas atualizadas, o vestido de casamento, o "botoqui" da Dona Coisa Ruim, a bebedeira da Kate, a música do preconceito, o dilema de Rod, a vaquinha pra escola e tudo mais! Mais uma obra-prima de Charles Möeller e Cláudio Botelho.

O musical começou na Brodway em 2003 e ganhou o Tony Awards (Oscar do teatro) em 2004. O texto de Jeff Witty gira em torno de Princeton que chega na Avenida Q, em Nova York, para procurar um rumo em sua vida. Lá humanos e mosntros, todos com um quê de fracassados, sobrevivem às mazelas da vida. Já foi chamado de Vila Sésamo ou Muppet para adultos.

Eu só sei que são 2 horas com um pequeno intervalo e, infelizmente, só vai até o dia 26. Tem gosto de quero mais. Taí... o Q deve ser de Avenida Quero mais!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Design de serviços... isso é sério?

Ninguém sabe direito o que é o design, como funciona o design ou quem faz o design. À vezes, nem quem faz... No entanto, cada dia que passa surge uma nova "subdivisão" do design: design de informação, design de interiores, design experiencial, design de iluminação, design emocional e até design de bolos (pois é...). Historicamente, isso aconteceu da mesma forma com o marketing. Recentemente me deparei com design de serviços (aliás, já não existe o marketing de serviços? pois é...). E eu pergunto... isso é sério?

No próximo dia 4 de agosto, acontecerá a décima segunda edição do evento Design to Business em Curitiba (precisava ter o nome em inglês?). O principal palestrante é Oliver King diretor da consultoria britânica Engine que tem como objetivo "ajudar os setores público e privado a desenvolver e orquestrar serviços que deixem os consumidores felizes" (tradução livre do site).

Apesar da ironia, fica a pergunta genuína: isso é sério?

Investigando mais, descubri através do blog da Lígia Fascioni que será aberta a primeira empresa especializada em design de serviços no Brasil: a El Born, de Luis Alt. Ok... então... lendo o post sobre o assunto fica parecendo que é uma mistura de design experiencial com relações públicas e RH, ou seja, faz-se um mapeamento da empresa para saber a quantas anda o contato entre e empresa e seu cliente (melhor "cliente" do que "consumidores felizes"). Isso tudo parece vir como resultado de trabalhos de "voz da marca", "personalidade da marca", "alma da marca" e outras "coisas da marca" que foram inventadas para traduzir uma coisa só: a IDENTIDADE DA MARCA. Sem querer denegrir o marketing que possui importante função no mercado, é nessas horas que eu lamento muito o design não ter tido uma representação forte que o impedisse de se fundir dessa forma ao marketing na década de 80...

Bom... e aí trago outras questões: quem se responsabiliza pela educação, pelo respeito e pelo compromisso da empresa? Não é ela própria? De que adianta montarmos um belíssimo projeto do tal design de serviços, se na hora que o cliente agenda uma visita técnica, o horário não é cumprido? Ou quando ligamos para fazer uma reclamação, os atendentes são sarcásticos?

Sei que a vida dos operadores de telemarketing, das ouvidorias, dos SAC's etc, não deve ser fácil. Mas será que esses profissionais se lembram em algum momento que eles também são usuários? Que quando eles precisarem do serviço, eles também vão se deparar com pessoas sem educação, sem respeito e sem compromisso com o cliente? Coloquem-se no lugar do outro!!!

Design é importante? Claro que é! E independente de qual subdivisão, pois (dizem que) a pulverização da área fortalece seu embasamento! Sei... bom... mesmo assim, antes dele vem a ética, a educação, o respeito, o compromisso. Sejamos humanos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Virada Russa 2!

Não falei que era imperdível? Até resolvi ir de novo para relembrar algumas coisas! De cara, decidi entender melhor a história do fascinante Quadrado Negro:
No final de 1913, em São Petesburgo, estreou a ópera bufa "Vitória sobre o sol" (que já teve versão brasileira, sabia?), com música de Mikhail Matiúchin, libreto de Aleksei Krutchonikh e figurinos e cenários de Maliévitch. Resumindo, era a batalha dos budetliáni (homens do futuro) contra o sol. No fim, usando roupas estranhas parecendo alienígenas, os budetliáni vencem o sol ao rasgar a cortina que o representa em forma de um quadrado negro. Essa foi a primeira vez que Maliévitch empregou o quadrado negro como uma imagem artística e um símbolo. No fim de 1914, o artista organizou a exposição "0,10 – Última Exposição Futurista", com cinquenta obras suas e dezenas de obras de outros artistas. Foi o início do Suprematismo (do latim "supremus", "o mais elevado", foi um movimento artístico russo baseado em formas geométricas simples). O Quadrado Negro ficou pendurado em um canto separado com iluminação própria, colocando-se em posição de ícone, com um sentido sagrado.
Muito bom, não? E não podia deixar de citar algumas obras que me deixaram surpreso: logo na primeira sala já nos deparamos com Acácias na Primavera de Larionov e, na sua frente, Inverno de Natalia Gontcharova. Ambos contextualizam a arte russa e não são obras primas, mas são belas. Destaque para o quadro da artista russa.Filonov – aquele que é impressionante – ainda tem um quadro chamado A guerra alemã (1914/1915) que une sua técnica incrível ao cubismo. Os dedos dos soldados fazem a gente se perguntar como alguém é capaz de pensar e fazer aquilo.E na última sala, tem A condutora de Aleksander Samokhvalov. O impressionante dessa obra é sua força. Todo mundo que passava por ele, parava e dizia: "Nossa... essa mulher é forte!". Se era esse o objetivo do artista, ele acertou em cheio no tom.Infelizmente, a obra que considerei a – talvez – mais bela de todas da exposição não possui imagem boa na internet, apenas esse "arremedo pixelado" que coloco aqui com pesar, pois tira totalmente sua beleza. A capacidade Aleksander Labás teve de pintar O trem vai (1929) com movimento é lindíssima. Também não consegui imagens do belo cartaz Primeiro de Maio de Iakov Guminer, que mostra um resultado com design.

Preciso dizer que vocês precisam ir? E que é de graça?

PS.: Todos os nomes russos e histórias foram escritos de acordo com as legendas e textos da exposição. Na internet, é possível encontrar outras versões.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Virada Russa!

Aproveitei o domingo para ver a exposição Virada Russa no CCBB. Imperdível! São mais de 100 obras inéditas no Brasil, entre telas, cartazes, esculturas e figurinos, vindas diretamente do Museu Estatal Russo, que ajudam a constituir os fundamentos da arte moderna e apresentam o Construtivismo, o Suprematismo, o Futurismo e o Cubismo que romperam com a arte tradicional.

A primeira das seis salas da exposição mostra o surgimento de um modernismo artístico e contextual antes da Revolução Russa de 1917. Apesar de ainda figurativa – e nem sempre de qualidade –, encontra-se casos de rara beleza e os primeiros sinais da geometria vanguardista, como o Barbeiro, de Mikhail Lariónov.As salas seguintes apresentam a explosão criativa Chagall, Kandinsky, Rodtchenko e Tátlin. Mas foi aí que me lembrei de uma passagem interessante... Ainda no primeiro ano da faculdade, estive no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e me deparei com algumas obras intrigantes, geométricas e monocromáticas que me fizeram pensar que qualquer um poderia fazer "aquilo". Apesar de uma certa razão, minha ignorância me afastou um pouco desse mundo por achar que qualquer lata de tinta jogada na tela ou amontoado de sucata seria chamado de arte.

E então me deparo com o Quadrado Negro (1923), de Kazimir Maliévitch. Tenho certeza que muitos que passaram pela exposição tiveram a mesma reação que tive no MNBA. Mas agora entendo melhor: pra mim arte era técnica e não significado. As pessoas ainda esperam as artes perfeitas de Da Vinci, Michelangelo, Rafael, Caravaggio. O importante no Quadrado Negro não era a chapada perfeita, a tela pefeita ou o enquadramento geométrico da forma e sim o seu significado. Na peça de teatro "Vitória sobre o sol", onde a humanidade no futuro enfrenta o sol como vilão, Maliévitch havia feito a cenografia e colocado um quadrado negro como símbolo do sol que era rasgado ao fim do ato. Essa representação foi continuada pelo artista em seu famoso quadro, que, posteriormente, foi colocado em um exposição de vanguarda como um símbolo de adoração e ganou o status de ícone revolucionário. Ou seja, muito mais que a técnica. Dessa experimentação ainda vieram Cruz Negra e Círculo Negro, no mesmo ano. E Maliévitch ainda nos deu expoentes geométricos como sua xícara em meio-círculo (1923), suas esculturas experimentais e outras pinturas bárbaras, como Cabeça de camponês (1928-1929).Assim, St. George (1911) de Kandinsky, Círculo Branco (1918) de Rodtchenko, e Movimento no espaço (1922) de Matiúchin ganharam uma nova dimensão e abriram um novo mundo pra mim.
A exposição ainda me apresentou a Pavel Filonov. Depois desse discurso "conceito sobre técnica" que fiz, volto a exercer meu fascínio pela técnica. Pouco conhecido e valorizado por causa do isolamento socialista stalinista, este pintor foi capaz de produzir obras de incríveis complexidades técnica e simbólica. Cada milímetro do quadro, cada pincelada de cor, cada vez que se vislumbra sua arte, somos apresentados a uma nova realidade. Fiquei impressionado com seu Fórmula de Primavera (1920).O fim da exposição apresenta a arte voltada para o povo e para a política. Aparecem os primeiros cartazes, tecidos e objetos com artes aplicadas: os primórdios da influência russa no design mundial. Quero conhecer muito mais sobre o assunto.

Parabéns a todos que trouxeram este evento pra cá. Repito: I-M-P-E-R-D-Í-V-E-L! Até 23 de agosto no CCBB! E de graça! Ah... como está rolando o Anima Mundi, a exposição tem ficado LOTADA de crianças e isso tem seus prós e contras.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Inferno astral prematuro

Olha... não é por anda não... mas acho que meu inferno astral é preamaturo que nem eu... o mês de julho sempre é uma bomba com alguns dias especiais (como hoje!). Que venham os outros círculos deste inferno!

terça-feira, 7 de julho de 2009

70 anos de Batman

Não é meu personagem preferido (confesso!). Nem preciso ficar aqui contando uma historinha explicando quem é o personagem. Mas vale o registro que em maio deste ano, o Batman completou 70 anos de existência!

Sua editora – a DC Comics – não reservou um futuro brilhante para Bruce Wayne. Na verdade, ela mudou completamente o status do herói: agora Dick Grayson, seu primeiro Robin (isso mesmo... Batman teve quatro Robins!), assumiu o manto do morcego, e Damien Wayne, seu filho (isso mesmo, o Batman tem um filho!), é o novo Robin. História longa e complicada que – ainda acredito – terá reviravoltas mercadológicas... e muitas!

Como designer, homenageio o herói com um vídeo que fizeram da evolução da marca do herói pelas mídias do cinema, da TV e, é claro, dos quadrinhos.


E lembro com saudosismo a estética do seriado das décadas de 60 e 70! Na minha opinião, esse programa televisivo é o responsável por transformar o Batman em um ícone pop! Salve Adam West! SOCK! ZOW! SPLAFT!


E salve Heath Ledger, o melhor Coringa de todos (foi mal, Jack Nicholson e Cesar Romero...)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Frase pra mim

Da Revista de Domingo do jornal O Globo:
Eu sou um doce de pessoa, mas com recheio de limão.
Essa vai para o meu hall pessoal de frases feitas pra mim, como, por exemplo:
Nós gatos, já nascemos pobres, porém, já nascemos livres. (Os Saltimbancos)

sábado, 4 de julho de 2009

Além dos limites

Hoje vi no blog Vida Ordinária dois clipes musicais bem legais. Em ambos, os limites da tela (seja da TV ou, nesse caso, do YouTube e da webcam) são importantes.

Este primeiro clipe é da banda escocesa Franz Ferdinand com a música "Can't stop feeling". Eles gostam de fazer coisas diferentes. Alguns podem não gostar da música. Outros vão criticar as atuações canastronas e os efeitos "de segunda". Mas é divertida a utilização do efeito "foto-segurando-o-sol" ou "foto-empurrando-a-torre-de-pisa" como partido.


E este clipe é da banda japonesa Sour com a música "Hibi no neiro". Eles utilizam os limites da webcam em uma rede social para ultrapassar as barreiras espaço-visuais. Novamente, peço para vocês não se aterem ao gosto musical apenas. Isto é uma experiência visual dos novos tempos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

De onde vêm os bebês?

Quando eu era menor, li o livro "De onde vem os bebês", de Steven Schepp e Andrew Andry. O livro explica bem direitinho como se dão os "procedimentos" entre homens, cachorros, galinhas e por aí vai. O livro já está em sua 31ª edição! Eu recomendo. E muito!

Mas o mundo muda, né? A gente sabe disso. Uma das "culpadas" é a tecnologia. Tô falando isso porque a Pixar Animation Studio extrapolou! Essa empresa de animações é responsável por (segura essa): Toy Story 1 e 2, Vida de Inseto, Monstros S. A., Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille e Wall-E... quer mais? Este ano eles estão lançando Up, a história de um velhinho que viaja com balões. Nada referente ao tal padre que sumiu...

E o que isso tem a ver com bebês? Pois então... a Pixar costuma fazer curtas animados que acompanham suas produções cinematográficas e acabam sendo responsáveis por outras inúmeras pérolas. Dessa vez eles mandaram muito bem. Junto com Up, virá Partly Cloudy (algo como "Parcialmente Nublado"), uma animação que foge do convencional para dar uma aula de amizade. A idéia é a seguinte: todo mundo sabe que cegonhas entregam bebês (ahã...). Mas de onde vê os bebês afinal? A resposta está nas nuvens... e no vídeo abaixo. Espera carregar porque vale muito a pena.
Continuo recomendando o livro, mas vai dizer que essa não é a melhor maneira de explicar para o seus filhos pequenos de onde vêm os bebês? Inclusive aqueles meio perigosos... Sensacional! E eu agora já sei como pombos se multiplicam!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Impressoras no ritmo

Se você pensa que sua impressora só serve para imprimir documentos ou outras coisinhas bonitinhas que você acha que sabe fazer no computador, reveja seus conceitos:

Os estudantes Matt Robinson e Tom Wrigglesworth da Universidade de Kingston na Inglaterra resolveram inovar em um concurso para promover os novos Workstations da HP com esse filme em stop motion. Muito legal.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Mensagens de emergência!

Direto do i can e do EuQueru! (compre no Spoon Sisters).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dia Mundial do Desenho Industrial... comemoremos?

Bom... então... hoje é Dia Mundial do Desenho Industrial de acordo com o Icsid (International Council of Societies of Industrial Design). "A data pretende reconhecer a profissão e seu impacto econômico, social e cultural na qualidade de vida do público em geral. Ao longo deste segundo semestre, as instituições participantes do Icsid irão desenvolver um programa detalhado de atividades baseadas nas necessidades de suas comunidades e que apóiem iniciativas de aumento da conscientização da importância do design".

Tá... muito bonito isso. Agora me explica uma coisa: como pode uma entidade internacional fazer um concurso de programação visual com o tema "Desenho Industrial: uma produção da criatividade humana" e dar como vencedor esse cartaz aí em cima? Não estou discutindo a beleza plástica ou funcional do cartaz, estou querendo dizer que ele é uma cópia escarrada das técnicas utilizadas pela designer russa Yulia Bordskaya que já postei aqui! PLÁGIO! CRIATIVIDADE ZERO! E no site ainda tem o nome da aluna chilena responsável com um textinho explicando! Ai... pois é... e vejam os outros cartazes... bem fracos com explicações insossas.

Instituições sem critério, sem força, sem projeção. Profissionais antigos não atualizados e sem vontade. Profissionais novos sem ética, sem base argumentativa e dependentes de tecnologia. Plágio. Pirataria. Como posso esperar algo de minha profissão que está cada vez mais sem referências? Será que dá pra comemorar o dia de hoje?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Luto na música

Esqueçam as bizarrices. Pensem na música. Dessa maneira poderemos lembrar de Michael Jackson da maneira correta. Um cara que transformou a indústria mundial do entretenimento. Seu legado musical é absolutamente incrível: Thriller, Billie Jean, I'll be there, ABC, Beat it, Bad, Remember the time, Black or White, Rock with you, Heal the world, entre outras dezenas!Teve uma carreira brilhante, iniciada com os irmãos no grupo Jackson 5, que foi abreviada em meio a problemas particulares. Clique na música que estourou o ícone pop em carreira solo mundial: Don't stop 'till you get enough (mais conhecida por aqui como "a música do VideoShow"):

Descanse em paz.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Brinquedos líquidos?

Em agosto de 2009, a LEGO irá inovar: é a linha BYOG (Build-Your-Own-Games)! Serão dez jogos diferentes onde o usuário constrói o tabuleiro, os dados e as peças (!!!) podendo variar o jogo a cada montagem.
Regras? Invente! Objetivos? Crie! Você não será mais o "pininho verde" ou o "chapeuzinho amarelo". Agora você será o astronauta! O gladiador! A múmia!Um conceito totalmente novo que corrobora com as tendências mundiais que tanto falo aqui e estudo por aí. Direto do Blog de Brinquedo.

Com isso, me lembro do sensacional (e visionário?) Calvinbola...

domingo, 21 de junho de 2009

Coloque-se no lugar do outro... JÁ!

Já estou com esse post na cabeça a vários dias e comecei a escrevê-lo no fim de semana. As coisas se estenderam bem mais do que eu poderia imaginar...

Como designer, me formei com a preocupação de fazer o que o meu cliente desejava e não o que eu gostaria de fazer. E isso é uma questão complicada porque muitas vezes o resultado ficava péssimo e eu tinha que avalizar... afinal é "o cliente que paga e é dele o produto".

Com o tempo e o início do amadurecimento profissional, comecei a ganhar argumentos e experiência para fazer o cliente mudar de idéia para que o meu trabalho ficasse de acordo com o que eu achava correto (e queria) e não com as viagens de leigos inexperientes que acham design "bonitinho porém desnecessário" (dá-lhe pretensão!). E quando eu digo "correto", eu digo de acordo com as pessoas que irão se relacionar com o meu trabalho, não somente com o cliente. E quando eu digo "pessoas que irão se relacionar com o meu trabalho" eu NÃO estou falando "público-alvo do cliente", porque eu não quero matar ninguém.

Ótimo pra minha lábia, péssimo para o meu estômago (que aguenta as minhas somatizações).

Após o mestrado, meus argumentos de conscientização para clientes e para "as pessoas que se relacionam com o meu trabalho" ganharam força. Pra mim, hoje, designer tem que ser ético (sempre teve, mas não é e nunca foi). Designer tem que pensar no outro, entender que outras pessoas interagirão com seu trabalho e a partir daí construirão novos significados para suas vidas, para sociedade e para o mundo. E o cliente deve ter isso em mente também. Respeito e bom senso estão ausentes, mas precisam voltar. E ainda vou além: os designers de hoje se esquecem que também são usuários e espectadores de trabalhos de outros designers, ou seja, também são pessoas que irão se relacionar com os trabalhos de outros. Então, ao fazer um produto qualquer, o designer deve pensar que ele também irá se relacionar com a própria criação. Quem sabe se essa mentalidade não faz os designers pensarem em melhores materiais, no descarte do produto, na poluição visual e na ergonomia não como questões técnicas, mas como questões vitais? É preciso que os designers coloquem-se no lugar dos outros para que seus trabalhos apresentem relevância.

Perfeito pra minha lábia, excelente para o meu estômago. Melhor ainda para a minha consciência.

Aí eu leio os jornais. Navego pela internet. Converso com as pessoas. Vejo o mundo ao meu redor e me dou conta do óbvio: nao é só designer que precisa disso (ou seja... meu estômago tá ferrado!)

Será que nas batalhas da Faixa de Gaza algum dos lados pensa em como deve ser estar no lugar do oponente? Será que Osama Bin Laden pensou em como seria estar no WTC no dia do atentado? Será que os líderes americanos pensaram e pensam em como é ser Vietnã, Hiroshima, Oriente Médio, Cuba, África e por aí vai? Ou até mesmo se pensaram em como é ter seus filhos envolvidos nessas guerras (vide Fahrenheit 11/9, de Michael Moore)? Será que os governantes brasileiros se colocam na posição dos eleitores e telespectadores da vergonha que é ter um mordomo ganhando 12 mil do dinheiro público? Será que os machões que espancaram e mataram um rapaz na Parada Gay de São Paulo se colocaram na situação inversa: de gostar de algo e ser morto por isso? Vai que um deles gosta de jiló? Eu odeio jiló, então eu posso matá-lo de pancada? Ou quem sabe jogar uma bomba e ter o apoio da imprensa? Será que uma babá se coloca na pele dos pais da criança que ela tentou afogar? Será que quando alguém fuma, se coloca no lugar dos não-fumantes/fumantes passivos? Ou até mesmo no lugar das pessoas que se relacionam diretamente com elas e tem que aturar seu cheiro e seu gosto? Será que os brancos se colocaram no lugar dos negros ao longo da História? Da escravidão à discriminação?

Eu posso ficar horas dando exemplos. E tenho certeza que outros muitos passaram na cabeça de vocês. Poderia também pirar de tanto tentar entender o porquê disso. Mas não dá. Não sou perfeito. Também tenho que exercitar o meu "coloque-se no lugar dos outros". Mas te garanto que um mínimo de compreensão poderia mudar o mundo.

Faça o exercício. É válido. Coloque-se no lugar do outro... JÁ!

PS.: Resolvi não botar nenhum tag neste post, porque todos os tags servem.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Campanha

Confesso que meu medo de agulha me impede de seguir a campanha... mas... eu dou uma força!

sábado, 13 de junho de 2009

Amor perfeito

"O verdadeiro amor não vem ao encontrar a pessoa perfeita, mas ao aprender a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita".

Não me acho muito indicado, mas eu sou cheio de frases para o amor.... é... esse mesmo que todo mundo passa a vida inteira procurando, esse que dizem que nos define, que sem ele não existe razão para viver, etc etc etc. Eu discordo de algumas coisas, porque acho que o amor é muito maior. Essa é apenas uma das vertentes do que o amor é capaz de proporcionar.

Essa frase aí eu encontrei no blog Follow the Colours (que catou em outro). É muito boa e vai para o meu hall "cheio de sabedorias"!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Um guarda-chuva educado?

Já falei bastante sobre guarda-chuvas aqui, e creio que não vou sossegar o assunto tão cedo... André do blog Bem Legaus publicou recentemente que também odeia guarda-chuvas, mas que, ao ver soluções para o problema, tem tentado ser menos cético. Eu não. Continuo achando tudo uma merda. Bom... ele apresentou o Polite Umbrella do designer coreano JooYoun Paek. Um guarda-chuva que abaixa as laterais dessa arma branca para permitir que você ande na rua sem esbarrar (perfurar) ninguém.


Minha opinião? Tá... é interessante e tal... mas por que o teste não foi feito na chuva? Eu queria ver como ia se comportar a água, se ela cai nos ombros ou se ela espirra pra todo o lado quando o guarda-chuva volta para seu formato "normal". E as fotos de divulgação? Elas mostram que a pessoa fica cega! Ou seja... ela não perfura ninguém, mas dá de cara no poste! Então, reitero: continuo achando guarda-chuvas uma merda! rs

terça-feira, 9 de junho de 2009

Batalha na Vala!

— F2...
— Bala perdida.
— G2...
— Acertou o dono da boca!
— G3...
— Acertou de novo!
Mais uma sensacional do Fabio: depois do War in Rio...
BATALHA NA VALA!
Espalhe os personagens do cotidiano carioca na área cercada por muros de contenção e... mande bala! Se errar o alvo, é "bala perdida" – vence quem eliminar primeiro o exército de adolescente da outra facção. Mas não deixe de computar no B.O. marginais e inocentes abatidos, afinal o Estado precisa continuar contando carneirinhos.
Polêmico? Claro! Esse textinho básico apresenta o jogo que dessa vez pode ser impresso em qualquer lugar e usado por qualquer um! Tem o Dono da Boca, os Aviõezinhos, Soldados, Vapores e até Inocentes! Te segura Beltrame!

sábado, 6 de junho de 2009

Positividade apocalíptica

Comemorações pelo Dia D (precisa?), lançamento do filme Exterminador do Futuro 4, Brasil sem ganhar do Uruguai a 33 anos em Montevidéu, aviões desaparecendo sem deixar vestígios (LOST!)... tudo me parece bem apocalíptico, não?

Li hoje uma frase sensacional no blog da Lígia Fascioni – que também tirou de outro blog e na verdade é de autoria de Charles M. Schulz, o criador do Snoopy, que era depressivo como sua criação, Charlie Brown (e dá-lhe corrente hiperconectada!)... A frase tem aquele tom brasileiro... tipo "relaxa que tudo tem jeito":
Não há perigo do mundo acabar hoje, porque já é amanhã na Austrália.
Bom, né? Claro que para um depressivo como o autor da frase, isso deveria ser mortal! Que venha a Copa de 2014 (se o mundo não acabar em 2012 como já previram os incas... mas tem que ser a partir da Austrália!)!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Chocolaaaaaaaaaate!

Depois daquele anúncio maluco do Twix com o louco falando "carameeeelo" em momentos chave de sua vida até que encontra loucos que fazem o mesmo e tem um doido que grita "chocolaaaaaaate", eu tive a real certeza que os chocólatras são realmente loucos. Tem até o papo de chocolovers da Nestlé e aquelas filas intermináveis e surreais na frente da Cacau Show durante a Páscoa.

E a Nestlé quer mais... quer deixar a gente louco de vontade de comer toneladas de chocolate ao vê-lo ganhando vida...


Detalhe: não é chocolate... é um tal de "ferro fluido" altamente magnetizável. Bom... eu fiquei com vontade de comer ferro fluido...

Ah... e pra quem não se lembra do vídeo do Twix...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ainda sobre o mesmo tema...

Continuando as últimas reflexões em torno do filme Anjos e Demônios, vai uma frase excelente do livro O Vendedor de Sonhos (best-seller de Augusto Cury) que tende a ser meu novo mote:
Eu começava a desconfiar que não era um ateu convicto como imaginava. No fundo, eu tinha asco da religiosidade atroz.

Anjos e Demônios, Religião e Ciência, Livro e Cinema

Outro dia coloquei aqui um belo discurso do livro Anjos e Demônios de Dan Brown. Ao terminar o livro, percebi que o texto não foi dito pelo personagem certo e, muito menos, com a intenção certa. Mas foi bem reflexivo. Então, tirei o domingo para ver o filme.

Como leitor de quadrinhos há anos, sempre fui defensor das adaptações cinematográficas, mas sei que tem limite. Algumas pequenas mudanças são feitas para que a passagem seja "verossímel", mas grandes mudanças podem mudar tanto que o filme passa a ser outro (vide o primeiro Hulk e Elektra).

Acho que Anjos e Demônios fica no meio termo. O filme segue toda a linha de raciocínio do livro, mas tem muitas diferenças. Algumas questionáveis, pois tiram a essência de alguns personagens fundamentais. Outros personagens importantes nem aparecem. Pra mim, ficou parecendo que Tom Hanks é "o cara", então, só ele importa. Ewan MacGregor e Stellan Skarsgârd são excelentes atores e personagens-chave no livro/filme, mas nem aparecem nos cartazes e são coadjuvantes nos trailers. A longa-porém-intrigante-explicativa-e-necessária seqüência inicial do livro, transforma-se em corridos-míseros 5/10 minutos que chegam a atordoar e superficializar informações preciosas.

Comparando com o filme anterior (O Código DaVinci), esse tem mais ação. Ainda mantém aquele clima de gincana que precisa decifrar enigmas passo a passo para chegar ao prêmio final, mas dessa vez é para salvar vidas. Meu amigo Otávio diz em seu blog Hollywoodiano que é isso mesmo: cinema não deve ser uma aula de história, e sim entretenimento. Por isso que dá vontade de viajar pela Itália e pelo Vaticano e beber cultura e arte em litros, assim como a viagem francesa do Código. Tanto que o turismo francês faz caravanas para visitar a linha real e o Louvre, além dos inúmeros documentários "desvendando" o tema. Com certeza já estão preparando o mesmo na Itália com os Illuminati.

Sobre o tema do filme, volto a dizer que vale a reflexão. Quando no fim ouvi a frase "a religião é falha, porque o homem é falho", entendi o porquê da censura do Vaticano. No início achei que fosse por abrir ao mundo os rituais e locais mais sagrados da Igreja Católica. Mas me dei conta que é muito mais... em sua força, a Igreja encontra sua vulnerabilidade. A Igreja e as religiões foram feitas pelos homens e, portanto, são falhas também. O mais difícil é admitir os erros e aIgreja costuma demorar séculos para fazer isso.

Por tudo isso (e um pouco mais), eu acho que todos devem ler o livro, antes ou depois de ver o filme. A reviravolta no final é muito boa no filme, mas é MUITO MELHOR NO LIVRO! E preparem-se: o terceiro livro de Dan Brown, The Lost Symbol ("O símbolo perdido"), lançado em abril deste ano, já foi comprado por Hollywood!

PS.: Um pequeno spoiler de um designer indignado... umas das coisas mais legais do livro é a solução tipográfica dos ambigramas góticos dos Illuminati. Pô... tirando o primeiro ambigrama "Illuminati", os outros cinco passam quase despercebidos no filme! Tá... eles aparecem "bem marcados", mas não dá tempo de ver a arte do ambigrama. E ainda mudaram o Diamante Illuminati dos quatro elementos pelas chaves do brasão papal! Achei um gafe... uma gafe bem amarrada no filme... mas uma gafe! Por isso, coloco aqui os ambigramas!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Reboot / Restart

Você já parou e percebeu que você poderia (gostaria de) ser diferente do que você é hoje, mas para isso teria que nascer de novo? Não são apenas arrependimentos por decisões tomadas no passado ou questinamentos estético-genéticos. São abatidos desejos de um futuro pessoal melhor.

Melhor? Ou apenas diferente? Essas respostas ninguém pode dar. Mas podemos nos responder o que queremos de nossas vidas. Afinal:
  1. Você sabe o que você quer?
  2. Se você sabe, você já conseguiu?
  3. Se conseguiu, está satisfeito? Quer algo mais?
  4. Se não conseguiu, como irá conseguir?
  5. Irá desisitir e viver dos arrependimentos, questionamentos e desejos? Ou vai pensar numa forma de conseguir?
Hoje li uma frase que remete a isso:
Embora ninguém possa voltar a atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Questiono minhas decisões ininterruptamente e em muitas vezes chego a solução que só voltando atrás. Mas, logo em seguida, penso que obstáculos e caminhos tortuosos podem ser maneiras difíceis porém mais enriquecedoras de se chegar ao fim. Portanto, – como dizia meu mestre de capoeira, Tubarão – cada tropeço que dou, caio pra frente. Vivo numa eterna busca dos meus reais e próprios desejos. Tudo que observo, interfere. Tudo que vivo, transforma. Sou líquido, mas todo líquido possui uma constituição. É nessa essência que me silencio e trago à tona o melhor para desejar o melhor.

Descubram seus desejos, mas não os chame de sonhos. Sonhos são intangíveis e, muitas vezes, inatingíveis. Desejos são saciáveis. Lembremos de nossa finitude sem amargura, considerando que nosso tempo é o presente. É nele que construímos nossa identidade e deixamos nossa marca.